OFICINA DE ANDARILHAGEM

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A OFICINA DE ANDARILHAGEM integra o projeto Poetas-de-estrada e reúne os processos de criação do NÚCLEO MACABÉA, grupo de estudo teatral com ênfase na tessitura dramatúrgica inédita e no trabalho do ator a partir de pesquisa da palavra poética e da memória. A ideia de andarilhar como mote da criação poético-cênica é o fio que conduz os movimentos que intersectam poesia e história oral. O ator-anda

rilho, o ator-oralista, é – sobretudo – aquele que cria mediatizado pela memória das pessoas, dos lugares e dos escombros.
A Oficina reúne tentativas (ensaios) que direcionam para a construção cênica em espaços outros como estradas, casas, destroços e terrenos abandonados. Neste sentido, o Núcleo Macabéa opta por coadunar oposições temporais, reunindo experimentos do subterrâneo (breu) e da insolação (luz).
A oficina de Andarilhagem parte do princípio anunciado pelo poeta Jorge de Lima: “Contra tudo que não for loucura e poesia”. Está alicerçada nas proposições da poesia de Roberto Piva: “seja devasso/seja vulcão/seja andrógino/cavalo de Dionysos/no diamante mais precioso”. E na provocação de Georges Bataille que “a verdadeira poesia se encontra fora das leis”. A leitura atenta dos poetas da deriva, aqueles que têm a estrada como morada, é ação que alimenta a inquietude dos experimentos da oficina.
A primeira criação da Oficina de Andarilhagem é o movimento cênico CHÃO E SILÊNCIO que reúne poemas-memórias de João Silher e Rudinei Borges. Em setembro de 2012, os poetas-de-estrada do Núcleo Macabéa partirão com candeeiros e poemas para a casa dos moradores da comunidade do Boqueirão, localizada no bairro Jardim da Saúde, zona sul da cidade de São Paulo.
(na foto o poeta paulo leminski)

contato: http://www.facebook.com/nucleomacabea e www.nucleomacabea.wordpress.com

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