O economista Don Thompson, professor de marketing da Schulich School of Business, na Universidade York, em Toronto (Canadá), falou ao jornal Valor Econômico sobre o lançamento nacional de seu livro “O Tubarão de 12 Milhões de Dólares – A Curiosa Economia da Arte Contemporânea”, que tenta explicar a origem dos altos valores atribuídos a obras de arte.
“Comprar arte a preços altíssimos é um torneio jogado pelos supermilionários, no qual o prêmio é publicidade e prestígio cultural”, escreve ele. Thompson afirma que a arte contemporânea não é um bom investimento. ”Arte com qualidade de leilão como um todo valoriza cerca de 3,5% ao ano, enquanto o custo de manter uma obra como investimento, incluindo custos de transação, é perto de 15% ao ano. Algumas obras valorizam tremendamente, a maioria não”, explica.
“Essas obras com preços elevados representam apenas 1% do mercado. O valor é definido pela lei de oferta e procura: há menos obras icônicas chegando ao mercado, e mais colecionadores querendo comprar”. O grande mistério, e um dos fatores que levaram o autor a escrever o livro, é entender como artistas como Damien Hirst conseguem se inserir nesse seleto grupo visado pelos milionários.
“Meu livro não é uma crítica. O mercado é o que é, com ‘dealers’, casas de leilão, feiras de arte, críticos, museus e colecionadores interagindo entre si para estabelecer artistas de sucesso e os preços pelas suas obras”, afirma Thompson. “Pode parecer surreal para aqueles que têm problemas em entender o preço de US$ 10 milhões ou US$ 100 milhões por uma pintura. Eu sou uma dessas pessoas.”
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*Com informações do jornal Valor Econômico
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