A recessão abalou a maior comunidade de artes dos Estados Unidos – a do estado de Washington – e os artistas individuais do país perderam apoios financeiros importantes tanto do setor público quanto do privado.
Para tentar preencher a lacuna deixada por estes investimentos, a Doris Duke Charitable Foundation – instituição filantrópica criada a partir da herança da filha do magnata do fumo e da energia elétrica James Buchanan Duke, morta em 1993 – anunciou, no fim do mês passado, a doação de US$ 50 milhões de dólares a artistas performáticos nos próximos 10 anos.
Além do alto valor, o que chama atenção é sua destinação. Os primeiros 21 contemplados com uma parcela do montante – que pode chegar a US$ 275 mil – são artistas com carreiras consolidadas no jazz, na dança e no teatro contemporâneo, muitos deles surgidos nas décadas de 60 e 70. “Pense nisso como um voto radical de confiança na criatividade de mais de 200 artistas, que agora têm liberdade de fazer experimentos, refletir, tentar algo novo sem medo de falhar”, afirmou Ed Henry, presidente da Doris Duke foundation, ao jornal Washington Post.
O fundo também inclui o financiamento (superior a 20% da quantia) para o desenvolvimento do público. Como se sabe, é fácil encontrar pessoas nos EUA com vontade de criar obras de arte interessantes. O desafio é encontrar um público para o trabalho de tais artistas.
A maior aposta, no entanto, está na ideia de que, melhor do que criar alguns vencedores, é fomentar a tradição das artes nos Estados Unidos. Dando força a medalhões da cultura americana, a doação pretende garantir que mais pessoas vejam e apreciem estes trabalhos para serem inseridos neste mundo.
O novo programa começará em 2012, marcando o 100º aniversário de nascimento Doris Duke. O valor do legado de Duke para a fundação está agora estimado em US$1,6 bilhão.
Clique aqui para ler o artigo da revista inglesa e aqui para conferir o texto do jornal americano.
*Com informações da The Economist e do The Washington Post
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