Teatro - Cala Boca Já Morreu, de Luís Alberto de Abreu - 13/10 - Teatro Commune



 

Cia. Das Artes estreia

“Cala Boca já Morreu”

de Luís Alberto de Abreu

Texto retrata a realidade da migração em SP

“Cala Boca Já Morreu” estreia no Teatro Commune

 

João é um jovem interiorano e chegou recentemente a São Paulo. Atílio, mais velho e experiente, está há um bom tempo por aqui. Juntos, vivenciam as histórias de migrantes que chegam a São Paulo com as malas cheias de sonhos e ilusões, mas logo descobrem que a realidade é bem outra.  Estreia no dia 13 de outubro de 2011, no Teatro Commune (Rua da Consolação, 1218 – São Paulo/SP), “CALA BOCA JÁ MORREU”, texto de Luís Alberto de Abreu e direção de Antonio Netto, da Cia das Artes.

Apesar de ser comédia em dois atos, “Cala boca já morreu” faz humor a partir de um tema sério: brasileiros migrantes que chegam a São Paulo. Por intermédio da trajetória dos personagens João e Atílio, o espectador depara-se com diversas situações que ilustram o quanto esses migrantes se tornam presas fáceis para a exploração, desemprego, desrespeito, violência e miséria.

Viaduto do Chá, bairro do Bexiga, Cracolância, as ruas do centro velho da cidade. A essência e a verve destes lugares são os cenários por onde caminham os personagens criados por Luís Alberto de Abreu - especialista em teatro popular - e que pontuam este texto escrito por ele durante os anos de repressão política no Brasil. Artistas das casas noturnas, prostitutas, travestis, malandros, homens e mulheres de bem, porém, assolados pela falta de condição, pela moradia precária, pela falta de grana.

Os personagens

Atílio (Jair Aguiar), personagem de 56 anos, nasceu em São Paulo, vive no bairro do Bexiga e conhece a cidade como a palma de sua mão. É um grande reivindicador, tem grande experiência e vivência na época da ditadura, período em que o texto foi escrito. Após e conhecer João (Rafael Dib), inicia uma forte amizade com o recém chegado à cidade e passa a apresentar vários lugares da metrópole.

No decorrer da trama, João acaba influenciando-se fortemente pelas ideias políticas de Atílio. “Os dois personagens costuram toda a história dramatúrgica do texto”, pontua Antonio Netto, que, a partir de um tema que aborda um grande problema social, conseguiu montar um espetáculo recheado com o bom humor tipicamente brasileiro.

Apesar da situação difícil em que os personagens se encontram, fizemos uma montagem em ritmo de comédia. Daquelas comédias que encaram nossos problemas com muito bom humor. Rir da própria miséria é uma das melhores soluções”, pondera o diretor Antonio Netto. No elenco, Jair Aguiar como Atílio Rocheto, além dos atores convidados Will Damas, Camilla Flores, Rafael Dib e Michelle Gabriel.

Sobre Luis Alberto de Abreu                                                   

Luís Alberto de Abreu (São Bernardo do Campo, 5 de março de 1952) é um dramaturgo brasileiro.

O premiado Luis Alberto de Abreu começou a carreira como dramaturgo e, depois, passou a escrever roteiros para cinema e TV. A partir dos anos 80, destacou-se como autor ligado ao grupo Mambembe, com as peças Foi Bom, Meu Bem? e Cala a Boca já morreu. Em seus 28 anos de carreira, já conta com mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica Bella Ciao, as premiadas Borandá e Auto da paixão e da alegria, ambas encenadas pela Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes; e O Livro de Jó, montada pelo Teatro da Vertigem. Como roteirista se destacou no cinema com os filmes Maria (1985); Lila Rapper (1997), juntamente com Jean Claude-Bernardet; e os premiados Kenoma (1998) e Narradores do Vale de Javé (2000); além de Andar às Vozes (2005), juntamente com Eliane Caffé. Já para TV, escreveu os roteiros de duas minisséries globais recentemente: Hoje é Dia de Maria (2005) e A Pedra do Reino (2006). Foi, ainda, professor de dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo André por oito anos e dramaturgo residente no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), sendo o autor de peças levadas à cena por Antunes Filho, como Rosa de Cabriúna e Xica da Silva. O autor recebeu prêmios, como quatro prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA – 1980, 1982, 1985, 1996), Prêmio Mambembe do Instituto Nacional de Artes Cênicas (1982), Prêmio Molière da Companhia Air France (1982), Prêmio Estímulo de dramaturgia para desenvolver o projeto de pesquisa sobre Comédia Popular Brasileira (1994), Prêmio Mambembe (1995), Prêmio Apetesp (1995), Prêmio Panamco (2002) e Prêmio Shell (2004).

Ficha Técnica

 

Texto: Luis Alberto de Abreu Direção Geral/Adaptação: Antônio Netto Preparação de ator: Niveo Diegues Preparação Voz/Canto: Luiza Albuquerques Iluminação: Will Damas Produção: Cia. das Artes Cenários/figurinos: Márcio Tadeu Fotos: Sergio Massa Atore especialmente convidado: Jair Aguiar como Atílio Roncheto Atores convidados:  Will Damas, Camilla Flores, Rafael Dib e Michelle Gabriel.

Serviço

CALA BOCA JÁ MORREU

Temporada: 13 de Outubro a 25 de Novembro de 2011

Horários: Quintas e Sextas Feiras às 21h.

Local: Teatro Commune – Rua da Consolação 1218 (11) 3807-0792

Lotação: 85 lugares

Duração: 70 minutos

Recomendação: 16 anos

Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia entrada)

A bilheteria será aberta uma hora antes do espetáculo.  

                 

Informações para imprensa: Canal Aberto Assessoria de Imprensa

Márcia Marques - (11) 3798 9510 / 2914 0770/ 9126 0425 www.canalaberto.com.br

 

 

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