Aramyz encerra temporada no Espaço Cultural AmadodoDito dia 29 de março.

 
Aramyz encerra temporada no Espaço Cultural AmadodoDito dia 29 de março.
 
Espetáculo: "Minhas Mulheres"
 
Gênero: Stand Up Comedy com personagens.
 
Duração: 70 minutos
 
Não recomendado para menores de 16 anos.
 
Sinopse: "Minhas Mulheres" é uma comédia que joga com a comicidade na tragédia de cada um dos seus personagens.
No palco, Aramyz faz a transição entre as personagens por meio de figurinos, gestos e entonação; e critica tudo que passar pela frente: a saúde, a prostituição, a igreja, a família e todas as instituições corrompidas pelo moralismo.
Texto, direção e interpretação: Aramyz. Supervisão Cênica: Antônio Ginco. Produção e Assessoria de imprensa: Jardel Teixeira.
 
Release e críticas
 

"O que é comédia? Comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um espetáculo que recorre intensamente ao humor. De forma geral comédia é o que é engraçado, que faz rir." – Aramyz.

 

 

Minhas Mulheres

Stand Up Comedy com personagens.

 

Texto, direção e interpretação: Aramyz. Supervisão Cênica: Antônio Ginco. Assistente de direção: Jardel Teixeira. 70min. Não recomendado para menores de 16 anos. Sozinho em cena ele interpreta oito personagens femininos.

 

"Minhas Mulheres" é uma comédia que joga com a comicidade na tragédia de cada um de seus personagens. No palco, o ator faz a transição entre as personagens por meio de figurinos, gestos e entonação; e critica tudo o que passar pela sua frente: a saúde, a prostituição, a igreja, a família e todas as instituições corrompidas pelo moralismo.

Elas são doces, meigas, tirânicas, mães, amigas, irmãs, amantes, todas as figurinhas carimbadas do nosso cotidiano. Cheias de dor, amor e alegria elas se expõem. Entre uma troca e outra é gasto apenas 30 segundos, incluindo figurinos, adereços, perucas. Em comum, apenas o coturno, para não nos deixar esquecer que todas são vistas pelo olhar de um homem. "Não é humor para criança... É humor de adulto que não tem medo da verdade... É um pé na cara do politicamente correto... Em determinados momentos é escrachado, poético, em outros: cáustico, corrosivo", comenta Aramyz.

"Minhas Mulheres" faz rir, mas também faz a pizza dar indigestão. Faz o seu refrigerante desentupir suas artérias. As mulheres de ARAMYZ em cena são:

Adriana Tokagada – comissária de bordo de uma Cia. em fase de 
experiência fazendo seu primeiro vôo. 

Barbara Glória – uma ex-atriz pornô que virou evangélica e agora vende 
rifa para angariar dinheiro para igreja. 

Cleonice – trabalha na área da saúde, mas avisa não ser sexy. Também 
não está em hospital pra  bajular ninguém que quer ser bem tratado; 
faz plano de saúde. 

Dona Alzira – a mãe de um gay. É uma personagem que dramatiza e faz pensar em meio à comédia. Uma mulher que aborda os problemas que toda mãe com um filho homossexual enfrenta e ao mesmo tempo, os benefícios de ser mãe de um. Nesse momento, ela o valoriza e escreve uma música para homenageá-lo. É a hora que a plateia para e reflete. 

Edcarla Cristina - tem apenas 8 anos e quer ser famosa, então faz um 
vídeo para o BBB. Gularmina Guinle – uma gordinha feliz, que critica o 
perfil anoréxico das nossas modelos. 

Gularmina Guinle – uma gordinha feliz, que critica o perfil anoréxico das nossas modelos.

Mãe Bendita - uma mãe de santo especializada em fazer trabalhos para a 
classe pobre. 

Ozerina – feia e fértil. 

"Os moralistas e piadistas de plantão diriam ser um humor afro-descendente. Sim, porque não têm coragem de dar o nome que as coisas têm..." explica Aramyz. 

 

Confira os vídeos dos personagens: www.ataquederiso.com.br

 

ESPAÇO CULTURAL AMADOdoDITO

Rua Correia Dias, 161, Vila Mariana, a 50 metros da Estação de Metrô Paraíso, tel. (11) 5083-2218, 50 lugares, segundas-feiras às 21h, de 11/01/2010 até 29/03/2010. Ingressos: R$ 15,00. 

 

Contexto

 

A partir do primeiro momento da nossa concepção já entramos em contato com as mulheres, são elas que nos trazem ao mundo.

E com certeza é ela, a mulher, nosso primeiro e eterno amor. As defendemos, brigamos por elas, as quais serão sempre santas intocáveis. No mundo são nossas mães, eternizadas em Maria, mãe de nosso irmão mais nobre...

Depois vêm nossas irmãs, avós, tias, namoradas, musas e inconfessáveis desejos. Elas nos perseguirão e nós as perseguiremos por toda vida.

Elas são comissárias, enfermeiras, a gordinha sexy do segundo andar, a mulher feia que mora em frente que suspira quando passa por nós, a negra da cor do pecado e preferência nacional... Elas são as mulheres que povoam nosso inconsciente consciente.

O espetáculo Minhas Mulheres é composto de histórias curtas e flashes que exploram o universo feminino e suas carências, anseios, decepções e também o quadro amoroso.

No palco, afetos, desafetos, carreira profissional, escolhas, vida e morte. Temas universais, que afetam todas as mulheres, se refletem nas alegrias e tristezas exploradas na peça.

Por meio de um humor ácido e escrachado que Aramyz vê essas mulheres. Esse olhar inusitado, delicado e bem humorado sobre o universo feminino contemporâneo começou com um trabalho de pesquisa iniciado no espetáculo "Deboshow", que ficou seis anos em cartaz em São Paulo.

 

"Humor tem que ser engajado, de ser quente.

O meu objetivo é a identificação.

Procuro dar o meu recado através do humor

Humor pelo humor é sofisticação, é frescura.

Meu negócio é pé na cara." – Henfil.

 

 

Minhas Mulheres

Por RICARDO ROCHA AGUIEIRAS

 

Teatro… tive ontem uma grata surpresa: "Minhas Mulheres".

 

 

Em cartaz todas as segundas-feiras, 21 horas no Espaço Cultural Amado do Dito, Rua Correia Dias, 161 – metrô Paraíso. Sabe quando você tem a rara felicidade de cruzar com aqueles "atores-furacão"; perfeitos e que intuem que Arte é, acima de tudo, revolução? Pois assim é Aramiz. Ele escreveu, dirigiu e atua nesse espetáculo de personagens que, dentro da tragédia revelam a comicidade extrema e onde o contrário também é verdadeiro, ou seja: você ri muito, mas tem uma dorzinha lá dentro, te cutucando como um alfinete de aço, de titânio. Aramiz está na profissão certa, não dá para imaginá-lo fazendo outra coisa, senão Teatro. Ele passa a impressão de que dispensa uma direção, de que basta você falar, ele faz!

 

 

E é Teatro com "T" maiúsculo! São 8 mulheres vistas sob uma visão masculina, interpretadas por um homem usando coturnos como um símbolo viril, mas também adereços e falas que remetem ao imaginário feminino. Aramiz sabe muito bem que, hoje, tais papéis e personas se confundem, socialmente, mas os usa para retratar muito do que vivemos atualmente, instituições falidas ou semi-falidas que vão se confundindo no mundo moderno e nos confundindo, idem.

 

Ao fugir do que é considerado "politicamente correto" – aliás, muito incorreto, mas sincero, ele vai jogando com seus engraçadíssimos personagens, em trocas rápidas, menos de 30 segundos e diálogos de metralhadora. Fora as situações de improviso, onde o ator consegue perceber sutilezas de cada um dos espectadores de sua platéia e brinca com isso, gerando ainda mais risos e divertimento. É um teatro puro, como não se vê faz tempo, puro até mesmo nas flores jogadas pelo palco, que acabam saindo das dimensões deste, para atingir a alma de quem vê: somos flores, somos artifícios, somos emoções muitas, algumas dilaceradas. Quase não temos tempo para o "sentir", movidos que estamos pelas gargalhadas, mas logo depois, antes mesmo de chegarmos a casa, vem o pensar. Sempre considerei o atuar a mais bela das profissões. Sim, por que permite todas as reflexões, todas as linguagens e todas as denúncias. Até mesmo a denúncia de amores corrompidos em cada uma das personagens de Aramiz, da comissária de bordo que se recusa a ser considerada uma mera garçonete a uma mãe de santo preocupada com os pobres ou até mesmo uma mãe que vai construindo dentro de si a dimensão de ter um filho gay. A ausência de saídas, senão pela ilusão.

 

 

Enfim, dá uma sensação de paz e de esperança quando a gente vê algo assim, tanta entrega e qualidade. E mexendo com coisas importantes para nós, que nem sempre são bem vindas; bem refletidas, como deveriam…

 

Recomendo.

 

Vejam um vídeo do espetáculo:

http://www.youtube.com/watch?v=kjg9ibLYUCA&feature=player_embedded

 

ESPAÇO CULTURAL AMADOdoDITO

Rua Correia Dias, 161, Vila Mariana, a 50 metros da Estação de Metrô Paraíso, tel. (11) 5083-2218, 50 lugares, segundas-feiras às 21h, de 11/01/2010 até 29/03/2010. Ingressos: R$ 15,00.

 

 

 

CULTURA & LAZER

domingo, 10 de janeiro de 2010

Elas têm mais humor

Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC

Se você, leitora, costuma andar de metrô com frequência, pode ter suas conversas refletidas nas falas do espetáculo Minhas Mulheres, que volta amanhã ao cartaz no Espaço Cultural AMADOdoDITO , em São Paulo. Isso porque o autor e intérprete do texto, Aramyz, está sempre de ouvidos ligados nas conversas femininas em todos os lugares possíveis. "Mulheres que conheci no dia a dia me deram de presente frases incríveis. Elas são extremamente cômicas o tempo todo. Com os homens, a piada acaba logo", explica o ator paranaense formado pela Fundação das Artes de São Caetano.

No espetáculo, que tem supervisão cênica de Antônio Ginco, Aramyz apresenta cinco personagens. Todas são uma mistura de tipos com os quais conviveu em 34 anos de vida. Da mãe, de tias, da irmã e até de uma vizinha, recolheu causos, expressões e intenções. "A Ozerina é baseada numa vizinha minha de mesmo nome, e numa tia. A Dona Ozerina acordava ouvindo Madame Butterfly quando estava feliz e quando estava triste. Já a minha tia chegou chorando na minha casa dizendo que o marido não a amava mais. Tudo porque o marido não batia mais nela. Mulheres são loucas", brinca.

Já Gularmina Guinle, uma gordinha de bem com a vida, tem frases da irmã. "O marido dela dizia que ela estava com estrias e ela só respondia: 'Deixa, se não tem marca, é porque é travesti''", lembra, às gargalhadas.

Completam o espetáculo Adriana Tokagada, comissária de bordo novata em seu primeiro voo; a enfermeira irritadiça Cleonice e finalmente Bárbara Glória, ex-atriz pornô que se dedica a vender rifas para arrecadar fundos para a igreja evangélica que frequenta.

Formado há mais de dez anos, o ator se especializou em tipos de humor. Integrou o Deboshow, trupe de humor da qual também fez parte o ator Evandro Santo, hoje famoso por seu Christian Pior, no Pânico na TV. Além da experiência em fazer rir, o ator credita sua carreira ao período de estudos. "Foi a Lélia Abramo que me aconselhou. Ela me indicou três escolas. Uma delas era a Fundação. Aprendi a falar como ator lá", lembra.

Minhas Mulheres Teatro. Reestreia amanhã, às 21h. No Espaço Cultural AMADOdoDITO - Rua Correia Dias, 161, S.Paulo. Tel.: 5083- 2218. Ingr.: R$ 10. Segundas, às 21h. Até 22 de fevereiro.

 

 

ARAMYS

Foto: João Valério

Por Adriana Del Ré

Aramyz está por toda parte. Integrante do Deboshow, do Confraria da Comédia e também dos Chutando o Balde, além de novelas na internet, ele se divide entre seus personagens e o stand up.
Formado pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, o ator paranaense sempre teve vontade de participar de um show de humor e, assim como aconteceu com outros atores, o Terça Insana foi uma inspiração.

Começou, então, a dar vida a seus personagens, como Pai Bingo e o polêmico enfermeiro Deodato, com o qual critica o sistema de saúde no País. "Adoro sentar perto das pessoas, porque é de onde saem as melhores coisas." Um dia, ele se aproximou de duas enfermeiras, porque tinha certeza que aquela conversa iria lhe render alguma boa idéia. Não deu outra: uma enfermeira virou para a outra e disse 'aí, eu falei... é UTI ou é necrotério'. O ator, claro, tratou de aproveitar aquela pérola.

Depois, foi a vez do stand up comedy cruzar seu caminho. Irriquieto, Aramyz passou a trabalhar em um texto dentro desse universo, só que não sabia o que faria na abertura. Marcelo Mansfield, expert em stand up, deu a dica: "Autoflagelo, fale de você". Ele seguiu o conselho. "O compromisso do comediante é com a verdade", ressalta o ator. "Todo stand up começa com autoflagelo." É nessas horas que o humorista escancara seus defeitos. Afinal, para rir do outro, deve-se começar rindo de si próprio.

Mas vida de stand up comedian não é das mais fáceis, admite Aramyz. É preciso estar antenado em tudo, como se o ator estivesse com uma lupa na mão. Toda atenção é importante, pois a notícia mais comentada da semana ou um escândalo envolvendo uma celebridade pode render a melhor tirada do espetáculo. Mas ele alerta para os riscos de se cair no mau gosto: uma vez perdida a platéia, ela nunca mais será recuperada.

Jardel Teixeira 

(11) 6409-7175

(11) 9382-2271

 

Nenhum comentário: