Em exposição no MAC USP Ibirapuera, obras de Waldo Bravo, Jonathas de Andrade e Hélcio Magalhães mostram a cidade além do visível.
Os espaços e as imagens das cidades sempre receberam atenção dos artistas na construção das mais variadas poéticas. O debate contemporâneo aprofunda essa relação ao apresentar a cidade não só pelo seu aspecto físico, suas arquiteturas e paisagens, mas muito mais pelo que ela representa para seus habitantes. A exposição Cidades Imaginadas oferece ao público o olhar de três artistas que exploram questões estéticas envolvendo a cidade. Waldo Bravo, Hélcio Magalhães e Jonathas de Andrade buscam mostrar a cidade além do que é visível, aproximando o público daquilo que pode ser percebido, sonhado, imaginado.
Para Lisbeth Rebollo Gonçalves, curadora da exposição, "o novo conceito de cidade vem abrindo espaço para o imaginário. Não é mais admissível que o traçado urbano limite-se a princípios econômicos ou funcionais. É imprescindível considerar o imaginário que move os habitantes e usuários das cidades". Em Cidades Imaginadas cada um dos artistas recolhe dados do cotidiano da metrópole e, de modo original, adiciona novo significado à realidade estimulando o envolvimento perceptivo do público.
Waldo Bravo circula entre o revelar e o esconder. A cidade se faz invisível justamente por ser tão visível, como a paisagem diária que desaparece entre a pressa para tomar o ônibus e o cansaço no final de mais um dia. Em outra série, os ícones da metrópole paulistana escondem-se em impressões distorcidas, decifradas quando o espectador se aproxima da imagem e a revela refletida em um espelho.
Jonathas de Andrade entrevistou moradores de Recife seguindo o roteiro de um formulário de 1981 sobre costumes morais e de convivência. O estranhamento dos entrevistados é acompanhado de imagens que remetem aos lugares visitados em uma escala mais íntima, da casa. "Esta tentativa de mapeamento moral extemporâneo coloca sobre a estrutura física da cidade uma outra possibilidade, ainda que frustrada, de classificação, que começa na menor célula urbana, a da família, e se multiplica para ocupar o território", observa Sylvia Werneck, curadora-adjunta da exposição.
Hélcio Magalhães monta um mosaico de personagens, lugares e registros oficiais. Para isso captura imagens da vida corrente do centro de São Paulo, usa fotografias de documentos, atemporais, que se pretendem despidas de significados, e retratos posados, de estúdio, em que o retratado cede espaço à fantasia de encarnar personagens. Apresentadas assim, em convívio simultâneo, as imagens tecem uma malha de relações que forma o tecido urbano da grande metrópole.
Exposição Cidade Imaginadas
Curadoria - Lisbeth Rebollo Gonçalves e Sylvia Werneck (curadora adjunta)
Abertura - 21 de janeiro de 2010
Encerramento - 31 de março de 2010
Funcionamento - Terça a domingo das 10 às 18 horas
Local - MAC USP Ibirapuera - Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso Parque Ibirapuera
Telefone - 11 5573.9932
Entrada franca
Exposição Cidade Imaginadas
Curadoria
Abertura - 21 de janeiro de 2010
Encerramento - 31 de março de 2010
Funcionamento - Terça a domingo das 10 às 18 horas
Local - MAC USP Ibirapuera - Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso Parque Ibirapuera
Telefone - 11 5573.9932
Entrada franca
Assessoria de Imprensa do MAC USP
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