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Iris Fernandes
O Feminino/Masculino na dança no CCSP
28 de maio a 21 de junho de 2009
Grátis
No dia 28, das 18h às 20h, os criadores-intérpretes que compõem a mostra participam de uma conversa com o público.
Resistindo às muitas marés, por dezessete anos O feminino na dança e O masculino na dança se estabeleceram como mostras que ajudaram a manter o Centro Cultural São Paulo como um dos principais palcos da dança de São Paulo. Fazendo fluir diversos conceitos artísticos, o palco da sala Paulo Emilio Salles Gomes acolheu os mais variados cenários de uma dança que se configura pela sua diversidade: a dança paulista.
Ao longo desses anos, muito se experimentou acerca das diferenças entre os sexos na dança, pretendendo-se também problematizar a questão dos gêneros. Em 2009, percebemos a necessidade de uma atualização no discurso conceitual dos projetos da área da dança em uníssono com as reformulações gerais iniciadas com a nova gestão do CCSP desde 2005. Nos atualizamos, também, em relação à atual paisagem da dança nacional (e internacional) que vem sendo povoada por jovens criadores, que colocam seus corpos como mediação de uma arte que se pretende sem cânones e que solicita permanentemente a manutenção da pluralidade em todos os sentidos apesar e além da irredutível diferença entre homens e mulheres, feminino e masculino.
Agora, para homenagear e celebrar estas que foram mostras emblemáticas no cenário da dança de São Paulo, que revelaram e incentivaram criadores de danças de diversas vertentes, propiciando um espaço permanente de reflexão, realizamos esta Mostra O Feminino/Masculino na dança. Os artistas aqui reunidos foram convidados a remontar trabalhos que já apresentaram nas mostras Feminino e Masculino em anos anteriores com o olhar de hoje. O que foi apresentado lá, passa agora por uma revisão conceitual, esgarçando a discussão a cerca das peculiaridades de remontagens de repertório de grupos e artistas contemporâneos, propiciando olhar para essas diferentes trajetórias enquanto processos.
Rever espetáculos de décadas passadas remontados em 2009 acende ainda uma luz sobre uma geração de artistas em constante reinvenção, que insiste e permanece evoluindo. A responsabilidade por esta empreitada, vale ressaltar, recai sobre um pensamento crítico, tendo sempre como foco a aproximação entre a arte, a reflexão, a gestão cultural e o público.
10 Programa
de 28 de maio a 07 de junho
Buscando Lilith
Direção e coreografia: Holly Cravell
Outro Lugar
Direção: Angela Nolf Pequisa
Pressa
Revisão e direção: Cristian Duarte
20 Programa
de 11 a 21 de junho de 2009
Parabéns Alexandre Tripiciano
Querida Senhora M Juliana Moraes
Película da Retina de João Andreazzi com João Pirahy, Ricardo Silva, Tiago Telles e João Andreazzi
10 Programa
Buscando Lilith, 1996
Elenco: Daniela Calichio, Gica Alioto e Paula Salles
Coreografia: Holly Cavrell
Fotógrafa: Sônia Parma
Lilith representa o lado obscuro da alma feminina. Controla os segredos da magia, o sexto sentido, o poder de sedução e o erotismo. Lenda ou verdade, Lilith foi considerada a primeira mulher de Adão e, em virtude de suas características, foi rejeitada por ele.
(...) Suas emanações podem se manifestar em qualquer mulher, pois fazem parte da natureza feminina. (Dadah Ruthra)
Buscando Lilith, 2009
Cia. Domínio Público
Direção e coreografia, adaptada de 1996: Holly Cavrell
Elenco: Claudia Millás, Mariza Virgolino e Sara Mazon
Assistente de direção e remontagem: Alexandre Ferreira
Operadora de som: Natália Alleoni
Operadora de luz: Drika Matheus
Cenário e figurino: Zell
Músicas: Bach, Brent Lewis e René Aubry
Textos: Vivian Kahtalian e adaptação do texto Festa de Aniversário, de Maria da Cruz N. Leme (texto integrante do livro Erótica - Contos Eróticos Escritos por Mulheres, sob organização de Bebeti Amaral Gurgel)
Sobre a remontagem:
Buscando Lilith é um trabalho que possui um caráter um pouco diferente do que venho desenvolvendo atualmente, minhas obras mais recentes possuem uma natureza mais abstrata e repleta de espaços para improvisação.
Apesar de ser um espetáculo bastante intimista e criado a partir das reflexões de cada intérprete, Buscando Lilith apresenta coreografias e textos bem definidos, o que facilitou o processo de remontagem. Uma dificuldade que encontrei foi desenvolver as personagens a partir da história pessoal de cada uma e sua identificação com os textos e simbolismos da lenda de Lilith. Como o antigo elenco escreveu dois textos que constaram no trabalho original, decidi que as novas intérpretes também deveriam escrever seu próprio texto, baseado no mesmo material temático.
Trato a remontagem como uma continuação de um processo investigativo e não como uma coisa fechada, nela é possível criar e recriar as ações, os movimentos e as cenas, transformando o espetáculo sem perder sua essência.
Irregularidades coerentes, 2008
Elenco: Adriana Coldebella, Beatriz Sano e Larissa Ballarotti
Coreografia: Ângela Nolf
Fotógrafo: Carlos Rennó
Fluência de relações criadas e estabelecidas no decorrer do tempo. A trajetória a percorrer e as possíveis confluências no caminho.
Irregularidades coerentes/Outro lugar, 2009
Direção: Angela Nolf
Pequisa corporal e interpretação: Adriana Coldebella, Beatriz Sano e Larissa Ballarotti
Assistência: André Ricardo
Concepção/execução da trilha sonora: Thiago Liguori e Chico de Oliveira
Fotografia: Henrique Cartaxo e Paula Ramos
Sobre a remontagem:
Revendo o caminho já construído pelas intérpretes, surgiu a busca pela simplicidade como desafio atual.Texturas e imagens que trilharam esse percurso são revisitadas, auxiliando a procura de um outro lugar.
Pressa, 1998
Criador-intérprete: Cristian Duarte
Fotógrafa: Sônia Parma
Na física, uma das definições de frequência é o número de ciclos que um sistema com movimento periódico efetua na unidade de tempo. Em Pressa as frequências são os elementos em cena - o movimento, a iluminação, o som, as imagens - despregados, oscilantes...
O propósito é criar no observador uma urgência na percepção dos eventos a partir da justaposição de "frequências" diferentes, descoladas umas das outras, deslocadas no tempo, no espaço.
A velocidade não está no móvel. Ela se estabelece na sobreposição dessas frequências - na urgência de entendimento. O sentido se desloca do móvel para o observador, que urge pela associação dos fatos. Pressa!
Pressa, 2009
Revisão e direção: Cristian Duarte
Revisão e performance: Leandro Berton
Iluminação: André Boll
Pesquisa de som: Cristian Duarte
Criado originalmente com o apoio de: REDE Stagium, Estúdio e Cia. Nova Dança
Parcerias para a remontagem 2009: Centro Coreográfico do Rio de Janeiro e Colaboratório do Festival Panorama
Produção: DESABA.org
Sobre a remontagem:
Nessa remontagem tenho em mente a seguinte questão: até que ponto eu consigo me relacionar atualmente com a resolução estética e conceitual do solo Pressa?
Revisitá-lo significa estabelecer uma tensão entre um "original" e uma possível "tradução". E é dentro de muitas dúvidas que me lanço, em colaboração com Leandro Berton, no desafio dessa proposta.
20 Programa
Parabéns, 2006
Criação e interpretação: Alexandre Tripiciano
Fotógrafo: João Mussolin
A felicidade é a infelicidade. Sentir-se feliz é sentir-se infeliz. A infelicidade é um fato. O corpo aponta: mentes divididas, membros fantasmas, são felicidades de um infeliz. Conquistamos a felicidade (com a infelicidade).
Parabéns, 2009
Criação, interpretação, trilha incidental e vídeo: Alexandre Tripiciano
Figurino: Douglas Lee Harris
Fotos: Pedro Terra
A felicidade é a infelicidade. Sentir-se feliz é se sentir infeliz. A infelicidade é um fato. O corpo aponta: mentes divididas, membros fantasmas, são felicidades de um feliz. Conquistamos a felicidade (com a infelicidade).
A fonte vem da Capoeira Angola e anuncia a liberdade oferecida pela dança contemporânea. Revela o trânsito num corpo que dança e amplia as possibilidades de apurados vôos.
Esta remontagem traz outros indícios com uma experiência mais aprofundada com o Contato Improvisação. Os indícios corporais ampliaram a dubiedade - entre o estado de alegria e o desânimo - inicial. Alguma coisa como querer explodir sem poder realizar a explosão, de fato. E a percepção de quão crucial é a presença da mostra O Masculino na dança, dada a sua continuidade que nos permite a olhar para os muitos retrovisores.
A felicidade é a infelicidade. Sentir-se feliz é sentir-se infeliz. Paralisante.
O corpo aponta mentes divididas e membros fantasmas.
O silêncio revela o transe de um corpo que dança e amplia as possibilidades.
Querida Senhora M, 2002
Criação e interpretação: Juliana Moraes
Foto: Sonia Parma
Querida Senhora M é uma incursão no universo da loucura da personagem shakespeareana, Lady Macbeth. A ação contínua de relações com o mundo exterior se congela nas vezes em que mergulhamos no escuro do que há dentro da pele, como se adentrando pelos buracos do corpo. Por vezes, paira a sensação de que não somos nós que mergulhamos, mas os buracos que saltam. Busca do corpo em mutação, em desequilíbrio - corpo que escorre pelos poros, como se virando do avesso.
Querida Senhora M - assim se começa uma carta: assim tem início um encontro.
Querida Senhora M, 2009
Criação e interpretação: Juliana Moraes
Trilha sonora: colagem de trechos de composições da banda Godspeed Your Black Emperor - álbuns Slow Riot for New Zero Kanada e Lift Your Skinny Fists Like Antennas to Heaven
Figurino: Paulo Babboni
Iluminação: Bruno Natale
Produção: Stella Marini
A peça Querida Senhora M foi meu primeiro trabalho como coreógrafa. Resultado da pesquisa de mestrado sobre a função da repetição na construção narrativa em dança, quando me debrucei sobre a loucura da personagem shakespeareana Lady Macbeth (Laban Centre, Londres, 2000). Em 2002 o solo foi remontado com a Bolsa Rede Stagium e apresentado no evento O feminino na dança. Entre 2002 e 2004 apresentei esse solo muitas vezes, mas desde então esta é a primeira vez que o retomo na sua estrutura original. Muitas das minhas inquietações de hoje já se encontravam presentes nesse solo e algumas de suas cenas foram incorporadas em criações subsequentes - especialmente no solo 3 tempos num quarto sem lembrança, de 2005, no qual fiz uma fusão de três trabalhos anteriores.
Ao ser convidada para reapresentar esse solo no evento O feminino na dança deste ano, resolvi manter a ordem das cenas e a trilha sonora, porém me permitir explorar cada cena antiga com o corpo que tenho hoje, com todas as suas novas informações e inquietudes. Para vestir esse corpo de hoje, convidei o figurinista Paulo Babboni, que em 2007 vestiu-me de Ofélia, no solo Querida Senhorita O. e, em 2008, colaborou comigo na peça Antes da Queda.
Sinto-me sempre muito confortável ao retomar minhas peças antigas, acho até que essa seja uma característica do meu trabalho. Sendo assim, revivo Lady Macbeth e imprimo a ela o corpo que tenho hoje, quase dez anos depois de meu primeiro diálogo com ela.
Película da retina, 1993
Criador-intérprete: João Andreazzi
O corpo do intérprete expressando as imagens dinâmicas de um texto em off, conduzindo a mente para uma embriaguez de informações.
O movimento distribuído no espaço, a tinta na tela e as palavras no papel. A percepção do silêncio, uma reflexão imagística.
O verbo e um gesto, a gravura e o verbo, a natureza morta versus a vivacidade de um giro.
Película da retina, 2009
Concepção e direção: João Andreazzi
Elenco: João Pirahy, Ricardo Silva, Tiago Telles e João Andreazzi
Inspiração nos textos de Heiner Muller
Figurino: Cia. Corpos Nômades
Iluminação: Aldiane Dalla Costa
Trilha sonora: Vanderlei Lucentini
Foto: Danilo Borges
Releitura do solo criado e interpretado por João Andreazzi, em 1992, com inspiração no texto Descrição de Imagem, de Heiner Muller, que será encenado por Andreazzi e o elenco masculino da Cia. Corpos Nômades. Essa retomada de inspiratória servirá para desenvolver a investigação cênica que aborda a corporeidade e a vocalidade dos intérpretes na construção dramatúrgica, que a Companhia utiliza atualmente.
Serviço:
O Feminino/Masculino na Dança
de 28/05 a 21/06
quinta a sábado, às 21h e domingo, às 20h
Conversa com os participantes da Mostra O Feminino/Masculino na dança
Mediação: Christine Greiner
No dia 28 (quinta), das 18h às 20h - Sala de Debates
A conversa acompanha os espetáculos de O Feminino/Masculino com a participação dos criadores-intérpretes que compõem a mostra.
Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso
Sala Paulo Emílio Salles Gomes
Quinta a sábado, às 21h e domingo, às 20h
Lotação: 110 lugares
Sala Adoniran Barbosa
Lotação: 200 lugares
Duração: 60min.
Recomendação de faixa etária: 12 anos
Gênero: dança contemporânea
Tel. para informação: 3397-4002
Entrada franca (retirada de ingressos com duas horas de antecedência)
Assessoria de imprensa: 3397-4063/4064
Contatos:
Angela Nolf: (11) 9231-1803 e (11) 5072-3449 - angelanolf@iar.unicamp.br
Cristian Duarte: (11) 8229-3193 - crisduarte@desaba.org
Leandro Berton 8197-5346 - leandro.dança@gmail.com
Alexandre Tripiciano: (11) 9729-2647 - aletripi@gmail.com
Juliana Moraes: (11) 9386-2429 - jujudemoraes@uol.com.br
João Andreazzi: (11) 9231-4457 - lugarciacorposnomades325@gmail.com
Holly Cavrell: (19) 9601-0060 e Sara Mazon: (19) 9206-3992
Holly Cavrell/Sara Mazon saramt_danca@hotmail.com ou Holly hcavrell@uol.com.br
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