Professora Luciana Pires*
*Psicóloga, mestre e doutoranda pelo Instituto de Psicologia da USP,
Especialista em psicanálise com crianças, adolescentes e famílias pela Tavistock Clinic (Londres), Vencedora do prêmio British Journal of Psychotherapy de melhor monografia do Reino Unido em 1999, na área de psicoterapia clínica,
Autora do livro finalista do Prêmio Jabuti 2008: Do Silêncio ao Eco: Autismo e Clínica Psicanalítica, Edusp, 2007
Eixos principais do curso
· Apresentação da vida de Françoise Dolto e seu percurso pela psicanálise;
· Dolto e sua época: a mulher e a constituição familiar;
· Temas de suas palestras, falas radiofônicas e artigos em revistas: escolas, agressividade, o papel constitutivo dos irmãos, a função do pai;
· Etapas do desenvolvimento: momentos do psiquismo em vias de constituição;
· A clínica: o caso da Boneca-Flor, Caso Dominique e Maison Verte;
· Conceitos teóricos: imagem inconsciente do corpo e castrações simboligênicas.
Horários: quintas-feiras quinzenalmente das 18h30 às 20h
Datas: 5 e 19 de março, 2, 16 e 30 de abril, 14 e 28 de maio, 4 e 18 de junho
Local: Rua João Moura, 647, mezanino ao lado da Artur de Azevedo
Inscrições: 3031 3082; 9151 1789; luciana.pires@uol.com.br
Valor: 160 reais mensais
Material de Apoio
"Para ela [Dolto], o conhecimento sempre foi uma experiência, e as crianças é que eram seus mestres." (Ledoux)
Em maio de 1988, alguns meses antes de sua morte, Françoise Dolto encontra-se com Alain Manier para uma longa conversa que foi transcrita e transformada no livro Auto-retrato de uma Psicanalista. Centrados principalmente nesse livro, o curso fará uma reflexão sobre a intricada costura entre a obra e a vida dessa renomada psicanalista infantil ou, como ela mesma preferia se definir, médica da educação.
Seguindo na programação, nos aprofundaremos um pouco mais nas contingências de sua obra: como era a família na época de Dolto? De que família e de que criança ela trata? Debateremos, assim, sobre o contexto histórico de sua obra, a partir da leitura de seus artigos Situação atual da família (1961) e Um ponto de vista inesperado sobre o asseio (1947). Esse último, escrito para uma revista feminina, inclui a carta-resposta de uma médica pediatra que se vê indignada com as conseqüências sociais - mais especificamente para a vida da mulher - das afirmações e descobertas de Dolto no terreno infantil. Vemos, assim, como os pensamentos sobre a infância têm desdobramentos importantes na estruturação e organização da sociedade.
Essas mesmas idéias foram publicadas por Dolto novamente, anos mais tarde, de forma bem mais eloquente, explicitando os desdobramentos éticos de seu posicionamento. É o que se vê no artigo Repensar a educação das crianças: a propósito do adestramento no asseio esfincteriano (1973).
A partir de Dolto, pensaremos sobre a família na atualidade, encontrando apoio nas idéias de Roudinesco (no livro A família em desordem), além das idéias de outros pensadores contemporâneos sobre nossa "sociedade do espetáculo".
Em seguida serão tratados alguns eixos temáticos presentes em suas palestras, artigos para revistas e programas de rádio, tais como problemas escolares e qual o papel da escola, o valor constitutivo da relação com os irmãos e quando o pai é necessário.
Postos um pouco mais próximos das idéias de Dolto acerca da infância, focaremos então sua prática e particular estilo clínico. Veremos o Caso Dominique, o Caso da Boneca-Flor e o funcionamento da Maison Verte, instituição para crianças pequenas e seus pais que ela concebeu e ajudou a manter.
Para encerrar, faremos uma aproximação de alguns de seus conceitos teóricos, como o de imagem inconsciente do corpo e das castrações simboligênicas.
Informações para imprensa:
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
Márcia Marques - (11) 3798 9510 / 2914 0770 / 9126 0425
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