De Caruaru para a Índia. A artesã Rosário de Fátima Carvalho, de Caruaru, capacitada pela Fundação CTI Nordeste dentro do Projeto de Produção Artesanal Associada ao Turismo, foi convidada pelo Ministério das Relações Exteriores, ao lado de outros quatro artesãos brasileiros, a mostrar eu trabalho na feira "Surajkund Crafts Mela", que aconteceu entre os dias 01 e 15 e fevereiro na cidade de Surajkund, na Índia.
Rosário, além de artesã, é presidente da Associação dos Artesãos do Alto do Moura, e desenvolve trabalhos em barro e cerâmica. O Alto do Moura é, segundo a Unesco, o maior centro de artesanato figurativo das Américas.
O convênio do MRE foi estabelecido através de sua Divisão de Operações de Difusão Cultural, e a artesã viajou para Nova Dehli - Surajkund fica a cerca de 8 km da capital indiana - no último dia 28 de janeiro.
Site sobre a feira em Surajkund: http://www.india-crafts.com/indian_heritage_products/surajkund.html
Outros trabalhos de artesanato de profissionais capacitados pelo projeto foram apresentados na Bolsa de Turismo de Lisboa, em janeiro último, e serão mostrados em feiras em Paris, Milão e Madrid, ao longo de 2008. Em abril, o projeto terá um espaço na BNTM (Brazil National Tourism Mart), feira anual do mercado de turismo que este ano acontece em Salvador, entre os dias 10 e 13, e que terá 18 artesãos selecionados para expor e vender seus trabalhos diretamente na feira.
O Projeto
O Projeto de Produção Artesanal Associada ao Turismo, investimento de cerca de R$ 3 milhões anuais do Ministério do Turismo e da CTI, com apoio do Sebrae, envolveu 38 arranjos produtivos locais (APL), em 38 municípios, capacitando mais de 800 artesãos desde 2004. "Para as feiras, eles foram selecionados inicialmente por uma pesquisa de gabinete, com indicações de prefeituras e Estados. Depois, a consultora Malba Aguiar foi a cada um dos municípios e elencou 29 deles, de acordo com o potencial. Ao final, incluímos as capitais nordestinas, por serem a porta de entrada dos turistas na região", explica Roberto Pereira, secretário-geral da Fundação CTI Nordeste. A partir daí foram realizadas oficinas de capacitação em cada localidade. O programa de aulas envolveu desde a produção da mercadoria até a melhor forma de sua comercialização, incluindo estudos sobre design para que os artesãos soubessem deixar seus trabalhos atraentes já na embalagem do produto. "A capacitação inclui desde a confecção de bonecos de barro a produtos como bolo de rolo (ou rocambole, no sul/sudeste do país). Em qualquer lugar, uma peça manufaturada tem um valor agregado maior do que uma industrializada", completa Oscar Gomes, diretor do Programa.
"A quinta etapa, de promoção e divulgação, segue até junho de 2008. Vamos participar de feiras do setor e fornecer certificados de qualidade. A partir daí, cada peça comercializada terá dados de identificação como material empregado, nome do artesão e do local onde foi produzida. E o turista, mais do que levar para casa uma peça de artesanato, terá uma história para contar sobre o produto", comenta a consultora. A capacitação inclui desde a confecção de bonecos de barro a produtos como bolo de rolo. "Em qualquer lugar, uma peça manufaturada tem um valor agregado maior do que uma industrializada", reforça o presidente da CTI Nordeste.
Facto Comunicação - (81) 3328-4350 / (81) 9949-0214
Rosário de Carvalho - artesã - (81) 9915-0904
Roberto Pereira, Oscar Gomes e Cecília Rabello - Fundação CTI Nordeste - (81) 3316-2865/3316-2866
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