Cena, consciência corporal e história na dança contemporânea
De 15 a 18 de novembro
Galeria Olido - grátis
A Secretaria Municipal de Cultura promove, na Galeria Olido, a apresentação
do espetáculo Improvisações: solos e duo com as coreografias Aqui é lá de
Zélia Monteiro e Seu Acelino de Lu Favoreto, de 15 a 18 de novembro.
De quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h, na Sala Paissandu, com entrada
franca.
Os solos foram construídos a partir de pesquisas de linguagem distintas, mas
que trabalham com o ambiente sonoro como estímulo para a construção da
poética da obra.
No duo, improvisado, a poética é criada a partir das relações de tempo e
espaço que ambas estabelecem no instante cênico.
Após a apresentação dos solos, as duas intérpretes apresentam juntas uma
improvisação. No dia 18 (última apresentação) haverá um bate papo sobre
trabalho de base, processo de criação e escolhas estéticas mediado por
Valéria Cano Bravi.
Release:
Aqui é lá
Neste solo Zélia Monteiro dá continuidade à sua pesquisa de linguagem.
Pautada na improvisação, investiga modos de criar e de compor textos
coreográficos a partir de relações entre corpo dançante, espaço e música.
De que modo este corpo, se organiza hoje? Como expressa as intenções, a
memória?
Nessa performance Zélia, apoiada nas musculaturas antigravitacionais,
inspira-se nos recantos habitados de seu cotidiano. A partir dos estímulos
gerados por diferentes paisagens sonoras explora potenciais dramatúrgicos
que aparecem no momento, na sua dança do aqui e agora.
Ficha técnica:
Criação e interpretação: Zélia Monteiro
Iluminação: Hernandes de Oliveira
Figurino: Angélica Chaves (realização: Casa Romilda)
Trilha sonora: captação e organização sonora: Alain Michon
Intervenções sonoras: Daniel Fagundes
Orientação dramatúrgica: Valéria Cano Bravi
Produção: Mônica Bammann
Fotos: Gil Grossi
Agradecimentos: Paulo Schuartz, Paulo Monteiro, Sílvia Geraldi.
Duração: 30 min.
Seu Acelino
A dança tem como material de investigação o diálogo entre Seu Acelino,
habitante de uma reserva ecológica, e os integrantes da Cia. Oito Nova Dança
- São Paulo. O significado e a musicalidade da palavra, e a espontaneidade
e simplicidade da conversa, são referências sonoras e imagéticas, e provocam
a improvisação na dança.
Ficha técnica:
Direção e Interpretação: Lu Favoreto
Orientação dramatúrgica: Valéria Cano Bravi
Figurino: Anie Welper
Trilha sonora:
Depoimento em áudio - Seu Acelino
Abismo de rosas - Dilermando Reis
Criação de luz: André Boll
Operação de luz: José Romero
Fotos: Gil Grossi
Duração: 10 min.
Direção:
Currículo:
Zélia Monteiro
Bailarina e professora desde 1977, Zélia Monteiro estudou dança clássica com
Maria Melô (Scalla de Milão) e tornou-se sua assistente em 1985.
Dançou com Célia Gouvêa e fez parte do grupo Marzipan.
Trabalhou por oito anos com Klauss Vianna, de quem também foi assistente.
Participou de seu grupo de pesquisa e criação e a partir dessa experiência
intensificou seu trabalho no sistema didático criado por ele, realizando
trabalhos pelos quais foi premiada em 1987 (APCA), 1988 (Lei Sarney) e 1992
(APCA).
Em 1993 recebeu a Bolsa Vitae de Artes para pesquisa coreográfica realizada
em Paris, onde residiu e trabalhou por quatro anos.
Trabalhou com Mme. Marie Madelaine Béziers (coordenação motora), Mathilde
Monnier (dança contemporânea), Peter Goss (dança contemporânea/Feldenkrais),
Yvonne Berge (improvisação para crianças), Dariá Faïn (Mathias Alexander)
entre outros.
Em novembro de 1994 criou Marche com Duda Costilhes, apresentado no Théâtre
Dunois.
Em abril de 1995 dançou no Regard du Cygne a coreografia Le long de... de
Dariá Faïn.
Durante o período em que permaneceu em Paris prosseguiu, com Duda Costilhes,
pesquisa de linguagem focada no desenvolvimento da improvisação para a cena.
Continuou também dando aulas regulares de consciência corporal no Studio La
Fonderie, de dança clássica para crianças e adolescentes na Mairie du
20ème., além de workshop de dança contemporânea para bailarinos na
Ménagerie de Verre.
De volta ao Brasil em 1997 trabalhou com Ivaldo Bertazzo no espetáculo
Palco, academia e periferia.
Em 1998 recebeu o prêmio A.P.C.A. como melhor bailarina intérprete, ano em
que também criou o espetáculo Cê vai indo ou vem vindo? para o evento
Fantasia brasileira do SESC/SP.
Em abril de 2003 com o bailarino e coreógrafo Umberto da Silva criou A
figura e o fundo e em setembro do mesmo ano, uma intervenção para a obra
Sala de luz meia noite na exposição Luz e sombra de Marinellia Pirelli no
MAM de São Paulo.
Em 2005 criou o espetáculo E tudo movia à minha volta... para o evento Dança
em pauta no Centro Cultural Banco do Brasil (SP).
Desde 1998 coordena um grupo de pesquisa em improvisação.
Desde 1999 é professora do curso de Comunicação e Artes do Corpo na
Faculdade de Comunicação e Filosofia da PUC/SP.
Em 2005 recebeu o Prêmio Estímulo à Dança da Secretaria de Estado da
Cultura/SP espetáculo ASCESE juntamente com Wellington Duarte. Em abril de
2006 recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna da FUNARTE, para
realização de pesquisa. Em dezembro de 2006 recebeu o Prêmio PAC Circulação,
da Secretaria de Estado da Cultura - SP, para tournée de espetáculo.
Em fevereiro de 2007 criou o solo Improvisação para música e dança,
apresentado no Panorama SESI de Dança (SP).
Lu Favoreto
Bailarina, coreógrafa, professora de dança, fundadora e diretora do Estúdio
Nova Dança e diretora da Cia. Oito Nova Dança.
Em 1995, em parceria com Tica Lemos, Adriana Grechi e Thelma Bonavita,
fundou o Estúdio Nova Dança em São Paulo, espaço voltado ao ensino, pesquisa
e criação. Premiado com Mambembe/95 e APCA/96 pelo evento Terças de dança.
Recebeu o prêmio APCA/99 pelo conjunto de obras das Cia. Nova Dança.
Integrou até 1999 a Cia. Nova Dança, sob a direção de Adriana Grechi.
Em fevereiro de 2000 Lu Favoreto criou a Cia. Oito Nova Dança sob sua
direção e atuação como intérprete-criadora, a Cia. estreou Modos de ver
prêmio Estímulo de Dança/2000 de auxílio montagem da Secretaria Estadual de
Cultura/SP e merecedor do prêmio APCA, na categoria Pesquisa de Linguagem.
Em 2002 foi premiada com EnCena/Funarte para circulação do espetáculo pelo
Nordeste. Em 2003 com o Projeto Marujá recebeu patrocínio da Petrobrás S/A
com o qual concebeu, dirigiu e atuou o espetáculo Trapiche. Paralelamente
realizou solos Folhas secas, flores prateadas premiado pela Bolsa de
Pesquisa Rede Stagium e selecionado no projeto Rumos Dança - Itaú
Cultural/2000; Seu Acelino e, em 2004 compêndio para a velhice prêmio Braços
e pernas pela cidade/Centro Cultural São Paulo.
Graduada em educação artística com habilitação em artes cênicas, iniciou
seus estudos de dança em 1975 com o balé clássico em Londrina/PR. Em São
Paulo, desde 1985, estudou com Sônia Mota, Maria Melo, com Zélia Monteiro,
discípula de Klauss Vianna e com Neide Neves.
Em 1994 encontrou um aprofundamento nessas pesquisas no método da
fisioterapeuta francesa M. M. Béziers - A coordenação motora - participou
dos seis ciclos realizados em São Paulo na Escola de Reeducação do Movimento
Ivaldo Bertazzo e recebeu vários atendimentos individuais em Paris/França -
1994/96/98. A partir de então, investiu na aplicação das abordagens
somáticas tanto em suas criações cênicas, como em seus trabalhos didáticos
pedagógicos.
Seu trabalho didático propõe a reestruturação corporal por meio do
movimento, aplicado nos vocabulários da dança clássica, contemporânea e na
exploração de movimento.
Estudou ainda com, Steve Paxton, Lisa Nelson, Cristiane Paoli Quito, Tica
Lemos, Adriana Grechi, Sonia Mota, Katie Duck, Francis Savage, Osmar
Khelili, Marcelo Evelin e Nienki Reehorst.Recebeu Bolsa de Pesquisa do
Departamento de Semiótica/Puc/SP/1994, Bolsa de Estudo da Fundação
Vitae/Brasil e Antorchas/Argentina para participar do América em Danza -
Festival Internacional de Buenos Aires/Argentina/1997.
Valéria Cano Bravi
Integrante da Cia. Oito Nova Dança desde 2000, dirigida por Lu Favoreto como
assistente de direção e na orientação dramatúrgica. Profissional convidada
para a orientação dramatúrgica junto a Zélia Monteiro desde 2004.
Pós-graduada em antropologia/USP e mestra em artes cênicas - ECA/USP.
Docente do curso de dança da Universidade Anhembi Morumbi - Campus/Centro
desde sua criação em 1999, responsável pelas disciplinas que tratam sobre a
teoria da dança (Antropologia do corpo e História da dança) e das
disciplinas que tratam da articulação prática e teórica (Metodologia de
pesquisa em criação e dramaturgia na dança). Da mesma universidade foi
professora da disciplina Consciência corporal e exploração do movimento do
curso de Teatro de 1999 a 2002. No período entre fevereiro a dezembro de
2004 participou do corpo docente da primeira turma da Escola Livre de Dança
de Santo André/SP desenvolvendo a articulação prática-teórica na disciplina
História da dança.
Desde 2001 atende convites para desenvolver oficinas sobre dramaturgia na
dança articuladas à vivências práticas, ao estudo histórico e à abordagem
antropológica. Em parceria com Lu Favoreto ministrou oficina A dramaturgia
na dança: um olhar de dentro na III Bienal de Dança do Ceará/2001 e no
FID/2003 - Belo Horizonte/MG. Em 2002 coordenou curso Dramaturgia na dança
no Colégio de Dança do Ceará. Em 2003 na abertura Aquecendo o Em Cena/Porto
Alegre/RS coordenou oficina prática - teórica Mitopoéticas e dramaturgia na
dança". Em 2004 participou do curso de pós-graduação latu-sensu -
especialização em Corpo contemporâneo no Instituto de apoio e difusão da
cultura, ciência e arte/Curitiba/PR com o módulo Mitopoéticas e dramaturgia
na dança: um olhar antropológico sobre a dança cênica na contemporaneidade.
Integra o Núcleo de improvisação de Zélia Monteiro desde 2004.
Serviço:
Espetáculo - Improvisações: solos e duo
Galeria Olido - Sala Paissandu (136 lugares)
Av. São João, 473 - Centro
de 15 a 18 de novembro
Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
Gênero: dança contemporânea
Duração: 60 min.
Recomendação: livre
Bilheteria: grátis (retirar ingresso com 1 hora de antecedência)
Contatos: Mônica Bamman
Tel. 5549-7385 e 9661-2612
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