Dança - Regina Miranda traz a SP 500 anos de Brasil

 

Ateliê Coreográfico, do Rio de janeiro, vem a SP mostrar o trabalho de Regina Miranda

 

"(...) A dança de Regina Miranda estende afeições para a literatura, para a música, para o teatro, para a arquitetura. Mas tem sido especialmente para as artes visuais o encontro de uma parceria para seus trânsitos mais freqüentes. Voz da modernidade, pratica deslocamentos como quem anuncia um modo de estar".

 Helena Katz – Pesquisadora e Crítica de Dança – 1995.


Regina Miranda cultiva "... um modo de expressão situado no cruzamento entre a literatura, a música, o teatro... e a dança.  Uma imbricação de tal forma integrada que se constitui num estilo autônomo"

 J. Durand, Le Progres -- Lyon, 1996.

 

 

Nos dias 09,10 e 11 o Ateliê Coreográfico Cia de Dança do Rio de Janeiro, com direção geral de Regina Miranda, apresenta no TD – Teatro Itália/Teatro de Dança - programa da Secretaria de Estado da Cultura, gerenciado pela APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte) – a coreografia Nós, os 'Outros'.

O espetáculo trata das questões prementes nos dias atuais: Como nos vemos enquanto brasileiros? Como fomos e somos vistos pelo olhar estrangeiro? Nós, os 'outros', espetáculo de estréia da Ateliê Coreográfico, partiu dessas perguntas para investigar o conceito de nós e de brasileiro e seus significados em nossa corporalidade.

Nascida e criada no Brasil, Regina Miranda, artista de renome internacional, cuja carreira inclui dança, coreografia, dramaturgia e direção teatral, tem vivido e trabalhado em NYC e no Rio de Janeiro desde 1999. Regina é coreógrafa e Analista de Movimento formada pelo Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies - LIMS NYC  (1975), com especialização em Bartenieff Fundamentals com Irmgard Bartenieff.

 

A PESQUISA, por Regina Miranda

"Somos como nos vemos? Quando dizemos que somos brasileiros, referimo-nos apenas a termos nascido no Brasil, ou percebemos características que nos identificam como tal? Quais são elas? Que características o olhar de fora percebe em nós e com as quais não conseguimos nos identificar, forjando o trabalho e a Companhia e informando uma maneira de trabalhar que se apóia mais na vitalidade das perguntas do que na estabilidade das respostas.

O olhar, que não cessa de construir realidades a partir de suas percepções, tornou-se guia para a in-corpo(r)-ação de maneiras de ser diversas, percebidas tanto por nós como pelo olhar estrangeiro como 'brasileiras', instigando exercícios de desdobramentos de outros em nós e confrontando-nos com a imensa variedade de respostas para a questão de nossas identidades.

Sem desejar chegar a definições, nos interessou pesquisar desde os primeiros olhares estrangeiros que retrataram os brasileiros. Nos debruçamos então sobre as obras dos artistas que chegaram ao Brasil a convite da corte portuguesa e que, na primeira metade do século XIX, registraram suas experiências e impressões sobre o país e seu povo através da elaboração de um extraordinário número de imagens e textos literário-científicos, que se constituem como discursos duplamente articulados sobre a questão de nossa identidade.

Dentre os chamados artistas–viajantes, nos dedicamos especialmente às obras do francês Jean-Baptiste Debret, que, por 15 anos, observou um território desconhecido, registrando e ajudando a construir uma 'realidade brasileira' através de sua refinada sensibilidade de pintor. Uma estadia tão longa no país acabou por fazer conviver nele o viajante e o morador local. Seu olhar tornou-se assim portador de uma origem e vivência européia e também de uma vasta experiência vivida no Brasil. Confrontamos suas imagens e textos a outros mais recentes, como os de Oswald de Andrade, Roberto da Matta e Darcy Ribeiro, e os articulamos com nossas próprias visões e experiências, tentando aprender com Oswald a não extrair dessa mistura 'nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres'".

 

PROJETO ATELIÊ COREOGRÁFICO

 

Projeto principal do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro foi criado com o intuito de oferecer acesso igualitário à educação de qualidade em dança para pessoas de todas as regiões e camadas sociais do Rio de Janeiro.

De 2003 até hoje, o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro beneficiou mais de 200 estudantes e artistas da dança. Dentre estes, em 2007, onze foram escolhidos para participar da companhia como bailarinos-criadores e mais dois foram escolhidos como professores/coreógrafos residentes.

Os profissionais de dança do Rio também tiveram no Ateliê um campo único de experimentação: nele podiam trabalhar com grande número de integrantes, se assim o desejassem, além de poder observar e encontrar bailarinos para suas companhias. Cerca de 40% dos participantes do Ateliê Coreográfico foram imediatamente convidados a integrar companhias de dança do Rio de Janeiro, outros formaram seus próprios grupos, entraram para faculdades de dança no Rio e em outros estados e todos se tornaram platéia assídua dos espetáculos de dança da cidade, renovando assim a face da dança carioca.

O Ateliê, como o grande incubador de talentos para a dança do Rio, vem sendo o lugar onde uma nova geografia da dança começa a se delinear: uma que se quer mais diversa e inclusiva de todas as regiões e camadas sociais da cidade.

Em 2005, 15 bailarinos profissionais do Ateliê Coreográfico apresentaram-se no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro com a OSB Jovem, atuando na obra As Quatro Estações de Antônio Vivaldi.

Em 2006, 40 bailarinos profissionais do Ateliê Coreográfico apresentaram-se nas ruas do bairro da Tijuca no evento Cena Urbana.

 

 

09, 10 e 11 de novembro, sex e sáb 21h, dom 18h – dur.: 60 min., com intervalo, livre

Nós, Os 'Outros' - Ateliê Coreográfico Cia De Dança/RJ

Direção Geral: Regina Miranda

Sinopse:

Somos como nos vemos?  Ou somos como o outro nos vê? Refletindo sobre a questão do olhar enquanto construtor de identidades, reconstruímos a nossa pela via cênica, de certa forma repetindo o trabalho dos artistas-viajantes, que nos definiram no início do século XIX.

 

 

 

Ficha Técnica

Bailarinos: Ana Figueiredo, Carla Guadalupe, Carla Stank, Claudia Horta, Cyro Figueiró, Diego Dantas, Fabio Honório, Fernanda Calomeni, Julio Rocha, Kaká Antunes, Lídia Laranjeira

 

Ficha Técnica do Atelier Coreográfico Cia. de Dança

Diretora Artística - Regina Miranda Produtora Executiva - Denise Escudero Assistente de Direção - Renata Diniz Orientação de Pesquisas Marina Martins e Regina Miranda Preparadores Corporais Duda Maia e Paulo Caldas Paulo Marques Designer Gráfico Karyn Mathuiy Assistente de Produção Taíla Borges

 

 

 

Teatro Itália, TD- Teatro de Dança - Secretaria de Estado da Cultura

APAA-Associação Paulista dos Amigos da Arte

Avenida Ipiranga, 344 - Subsolo, Edifício Itália - São Paulo, SP, Brasil - Metrô República

E-mail: info.teatrodedanca@apaa.org.br

Telefone da bilheteria: 2189 2555 / Informações: 2189 2557

Capacidade: 278 lugares / Ar-condicionado / Acessibilidade para pessoas com necessidades especiais / C.C. Visa e Visa-Eletron / Estacionamento R$ 12,00 com manobrista.

Bilheteria, abertura: Vendas para o dia do espetáculo - quarta a domingo: a partir das 14horas.

Ingressos: R$ 4,00 e meia-entrada.

www.teatrodedanca.org.br /// Vendas online www.ingresso.com

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Canal Aberto – 11 6914 0770/ 9126 0425 – Márcia Marques

www.canalaberto.com.br

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