Microdanças que se desfazem ou episódios que não se repetem..., na Sala
Paissandu, de 24 a 27de maio, com entrada franca. O programa é composto por
3 partes: Modos invisíveis de fazer arte, Microdanças e Os Viajistas. Um
projeto artístico de dança, ativismo e colaboração em permanente
transformação.
1) Modos invisíveis de fazer arte
Uma série de estratégias que operam na contramão dos princípios que norteiam
a criação de uma obra de arte como objeto a ser contemplado. Estas
proposições efêmeras desejam transitar nos espaços cotidianos e alargar os
modos de olhar, subvertendo o estado habitual das coisas. Aqui o espaço de
experimentação é sobretudo a rua e os diálogos possíveis da prática
artística com a vida diária.
1- Assentamento de idéias
2- Mulata Exportação
3- Art-O-Meter
4- Refugo Humano
2) Microdanças
Partindo do pensamento de que a identidade é uma construção em confronto
entre o que se mostra e o que é observado e denominado, um espaço de
reflexão se instaura através de microdanças que evidenciam este "construir
confrontando" existente nas expectativas mútuas entre o performer e a
platéia. O que se espera do corpo de um profissional da dança? Qual é o
compromisso deste corpo que dança com a platéia? Qual é a dança que se
espera acontecer? Qual é a potência de denúncia existente nos corpos que
buscam reconfigurar o contrato dado por natural entre o movimento e o
entretenimento? O corpo cartão postal, o corpólatra, o corpo propaganda,
assim como outras identidades outdoor, também surgem neste jogo cênico. Mas
quando estas identidades são potencializadas ao máximo e recontextualizadas,
o que acontece com o olhar de quem as observa? O que se pode esperar deste
confronto?
1- Resistência
2- Cygnus spp
3- Defeito de fabricação
4- Comandos em ação
5- Lição de antropologia e comandos em ação - parte 2
6- Dança, não
7- Playgirl
8- Você decide
3) Os Viajistas
Da "arte" de cortar cana haveria uma longa história a ser escrita - história
da força braçal, da sobrevivência, da superação. E outra versão, bem menos
digna, a da exploração, controle político e dominação. A relação
docilidade-utilidade é escancarada tornando o homem quanto mais obediente,
mais útil, e inversamente; ela define como se pode ter domínio sobre o
corpo do outro para que operem como se quer e a eficácia que se determine.
Corpos submissos/corpos dóceis.
Ficha Técnica
Direção: Gilsamara Moura
Assistente de Direção: Kranya Díaz-Serrano
Ensaiadora: Érica Petroni
Concepção e criação: André Masseno (RJ), Cláudia Müller (RJ) e Mário
Nascimento (BH)
Trabalho criado em processo colaborativo com os intérpretes: Fábio Costa,
Gilsamara Moura, Luzinete Silva, Rafael Otony, Sabrina Kelly
Suporte intelectual: Marcel Duchamp, Marina Abramovic, Hélio Oiticica, Lygia
Clark, Bárbara Kruger, Minerva Cuevas, Julio Le Parc, Cildo Meireles,
Guerilla Girls, Dias & Riedweg, Jean Baudrillard e muitos outros
Intelectuais e ativistas (colaboradores indiretos): Hakim Bey, Zigmunt
Bauman, Zizek, Hardt, Negri e Homi Bhabha
Técnico de luz e som: Marco dos Anjos
Figurinos: Vosso Reino
Amigos colaboradores: Vanilton Lakka, Rita Micheluti, Ana Karla Marconato,
Leonice Moura
Produção: Grupo Gestus
Prêmio FUNARTE Klauss Vianna de Dança/2006
Curriculo Grupo Gestus
Araraquara - SP - Brasil
www.gestus.com.br
O Grupo Gestus foi criado em 1990 e é formado por bailarinos que,
insatisfeitos com os padrões tradicionais de ensino em academias de dança,
construíram um núcleo artístico de pesquisa e desenvolvimento criativo,
vislumbrando uma nova forma de organização para a dança em Araraquara. O
nome surgiu a partir do conceito brechtniano de 'gestus social', estudado na
primeira pesquisa teatral desenvolvida pelos integrantes do grupo, sob a
orientação do artista plástico e diretor teatral Lauro Monteiro. Os
primeiros trabalhos do Grupo Gestus buscaram contato com profissionais de
outras áreas (artes plásticas, teatro, música) e foram desenvolvidos em
espaços alternativos, geralmente cedidos por simpatizantes da filosofia do
grupo. Ao longo de sua existência, o grupo esteve presente nos principais
eventos de dança do país e possui em seu repertório vários trabalhos de
dança contemporânea. Dirigido desde a sua criação por Gilsamara Moura ainda
possui um trabalho que pretende divulgar e estabelecer novos contatos com
pessoas e entidades ligadas à pesquisa em dança. O Grupo tem se apresentado
por todo o Brasil e em vários festivais no exterior como Peru, Colômbia,
Alemanha, França, Argentina, Paraguai e EUA.
Recebeu os Prêmios Caravana FUNARTE, EnCena Brasil e Klauss Vianna.
Gilsamara Moura
Bailarina, coreógrafa, doutoranda em Comunicação e Semiótica/Artes na
PUC-SP, vice-presidente da FUNDART, gerente da Escola Municipal de Dança
Iracema Nogueira, diretora do Grupo Gestus e da Cia Shuffle Trips, membro da
Red Sudamericana de Danza, idealizadora e curadora do Festival de Dança de
Araraquara, coordenadora do curso superior Pedagogia das Artes do Corpo da
UNIARA, professora de dança contemporânea, trabalhou em vários projetos
sociais de dança e na FEBEM.
Sabrina Kelly Caetano
Bailarina do Grupo Gestus desde 1996 e educadora física, tem formação em
dança de rua e dança contemporânea. Monitora das Oficinas Culturais da
Prefeitura de Araraquara e participou do Circuito SESC, com o espetáculo
Perfil Transitório, em 1999 e O homem que odiava a segunda-feira em 2003.
Participou do espetáculo O homem que odiava a segunda-feira Prêmio EnCena
Brasil, do Ministério da Cultura (2002/2003) e Caravana FUNARTE
(2004-2005). Participou da gravação do espetáculo Fuxico e O homem que
odiava a segunda-feira para a TV SESC/SENAC para o programa STV na Dança.
Atualmente, se dedica à pesquisa entre dança contemporânea e dança de rua.
Fábio Augusto da Costa
Bailarino do Grupo Gestus desde 2002, tem formação em dança de rua e dança
contemporânea. Monitor das oficinas culturais da Prefeitura de Araraquara e
participou do espetáculo O homem que odiava a segunda-feira - Prêmio
EnCena Brasil, do Ministério da Cultura (2002/2003) e Caravana FUNARTE
(2004-2005). Participou da gravação do espetáculo O homem que odiava a
segunda-feira para a TV SESC/SENAC para o programa STV na Dança.
Atualmente, se dedica à pesquisa entre dança contemporânea e dança de rua.
Rafael Otoni
Bailarino do Grupo Gestus desde 2005, tem formação em dança de rua e dança
contemporânea. Foi aluno das oficinas culturais da Prefeitura de Araraquara
e bolsista do Centro de Dança Gilsamara Moura. Fez estágio por 2 anos no
Grupo Gestus e participou da Semana Luís Antonio Martinez Corrêa em 2005.
Luzinete da Silva
Bailarina do Grupo Gestus desde 2006, tem formação em dança de rua e dança
contemporânea. Professora de dança de rua em Araraquara, São Carlos e Ibaté.
Especialização em fisiologia do exercício na UFSCar.
Kranya Díaz-Serrano - Diretora artística
Bailarina venezuelana e doutora em odontopediatra, tem projetado seu
trabalho em Araraquara e região desde 1994, em parceria com a coreógrafa
Gilsamara Moura. Em Caracas, no Instituto Superior de Danza e na Escola de
Danzahoy, formou-se em música, dança e teatro. Participou do Festival de
Jovens Coreógrafos, Festival Internacional de Teatro e Festival Caonabo na
Venezuela, do projeto Terças de Dança no Brasil e do Festival Internacional
de Nova Dança na Colômbia. Participou do Circuito 1,2,3, patrocínio da
Petrobrás, entre 2002 e 2003, do Danza Nueva em Lima-Peru e
Assunción-Paraguai em junho de 2005 com o Grupo Gestus. Membro da Red
Sudamericana de Danza.
Marco Antonio Augusto dos Anjos
Iluminador renomado no interior paulista. Trabalha para o Grupo Gestus desde
1998. Elaborou e operou a luz de várias cias de teatro e dança. Exerceu a
profissão de ator e trabalhou com Plínio Marcos por 2 anos. Foi diretor
técnico do Teatro Municipal de Araraquara.
Serviço:
de 24 a 27/5
Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
Galeria Olido
Av. São João, 473 - Centro
Duração: 70 min.
Indicação idade: 12 anos
Grátis (retirada de ingressos uma hora antes do espetáculo)
Contato: Gilsamara Moura
Tel. (16) 8111-1376, (16) 9786-1215 e (16) 3335-2657
Galeria de fotos: <www.centrocultural.sp.gov.br/imprensa>
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