Se o mercado que rege as relações culturais é de fato um aspecto cultural teriamos o direito de subverter suas regras?
Sim temos o direito de subverter a ordem do mercado e mesmo a natureza... isso terrivelmente faz parte da condição humana... No momento que optamos por usarmos nosso intelecto , armas para nos defendermos dos animais e ameaças a nossa sobrevivência, dominamos o fogo, a caça a agricultura a pecuária... ou seja, a totalidade do processo de humanização... temos o direito de subverter qualquer coisa que ameace nossa sobrevivência como espécie. Tudo o que temos culturalmente (que me perdoem os ufólogos) é uma criação humana objetivando potencializar nossa sobrevivência como espécie. Desde uma dança de jongo sociabilizante (não estou falando de socialismo) que gere nos seus integrantes uma identidade cultural que promova a conexão dos dançarinos; conexão social esta que promove a elevação do potencial de sobrevivência comunitária, a tudo o que possamos chamar de cultura tem uma função no processo que nos tirou do reino animal para sermos seres humanos e caminharmos para a próxima fase evolutiva. Nos todos somos agentes e pacientes de todo e qualquer processo cultural que estejamos inseridos e temos o dever de combater aquilo que ameaçar nossa sobrevivência como espécie. Na atualidade há certas dicotomias de leituras, exemplo: o que é mais importante para a sobrevivência de nossa espécie... uma hidroelétrica ou um bagre? R. Se o bagre acabar os que dependem dele vão poder mendigar sua sobrevivência alimentícia do Estado que receberá os altos impostos das industrias e dos trabalhadores que nelas atuarão, ou seja, para a espécie humana haverá a sobrevivência de um modo ou outro.. já para o bagre a historia é outra... mas bagre não tem manifestações culturais, não vota, não tem sindicato, não paga impostos e nem sabe nada de política cultural. Cabe àqueles de nos que atribuímos significados e significâncias culturais para o bagre lutarmos para combater que este desenvolvimentismo inconseqüente promova sua extinção ... nisso nasce um embate cultural... e assim sempre foi embates nascem... formas culturais são criadas e destruídas, leituras culturais diferenciadas entram em embate... sobrevivendo sempre aquela que é mais forte e melhor demonstre um maior potencial de sobrevivência para nossa espécie. Portanto não devemos temer o bom embate cultural, o poder de subverter a ordem, o status quo... seja do mercado cultural, seja das políticas culturais, seja dos valores ditos da direita, da esquerda ou qualquer outra forma de cultura política que possa surgir no futuro que esteja fora deste tolo maniqueísmo. Os puristas podem alegar que deveríamos preservar cada manifestação cultural humana... A lógica do Mercado seria uma delas... não podemos ter tal purismo, pois teríamos que preservar até os aspectos culturais funestos , exemplos: nazismo, fascismo, totalitarismo, ditatorialismo, populismos, expurgos, campos de concentração, etc. Sim podemos subverter o jogo para uma nova lógica de mercado, contanto que esta nova lógica seja mais adequada a potencialização da sobrevivência humana e seja uma demanda cultural de todos e não somente de uma pequena nova elite/politiburgo que alega falar por todos quando só pensa em seu umbigo... Se nos ativermos a valores, éticos e democráticos em nosso embate contra esta lógica de mercado, tal será uma guerra a qual valera a pena se lutar não havendo qualquer erro em tal demanda. Quando eu penso em política cultural, não penso em Gil e nos demais altos mandatários... eu penso no Seu Manoel , dono de uma padaria na esquina de minha casa... Seu Manoel a cada vernissage que eu elaborava para uma exposição coletiva, sem nada pedir em troca, fornecia torradas, patê, refrigerante, etc... o Seu Manuel sem se dar conta estava formulando uma ação de política cultural que fazia a diferença para muitos artistas... Eu acho que seja por ai o caminho, fazermos ações capazes de fazer a diferença não apenas pensando-se no macro cenário da política cultural... Se todos caminhamos, como o Seu Manuel; uma baguete aqui, um curso ali, um patê acolá, e um projeto pelo PAC ICM, uma passada pela Lei Rouanet, uma ação artística subvencionada pelo próprio artista, um fomento, um patrocínio, uma venda , etc... dia a dia fazendo pequenas diferenças que somadas podem mudar a totalidade de um cenário ou sistema cultural vigente e circunscrito a perversas lógicas de mercado.
de Wellington R Costa
Sim temos o direito de subverter a ordem do mercado e mesmo a natureza... isso terrivelmente faz parte da condição humana... No momento que optamos por usarmos nosso intelecto , armas para nos defendermos dos animais e ameaças a nossa sobrevivência, dominamos o fogo, a caça a agricultura a pecuária... ou seja, a totalidade do processo de humanização... temos o direito de subverter qualquer coisa que ameace nossa sobrevivência como espécie. Tudo o que temos culturalmente (que me perdoem os ufólogos) é uma criação humana objetivando potencializar nossa sobrevivência como espécie. Desde uma dança de jongo sociabilizante (não estou falando de socialismo) que gere nos seus integrantes uma identidade cultural que promova a conexão dos dançarinos; conexão social esta que promove a elevação do potencial de sobrevivência comunitária, a tudo o que possamos chamar de cultura tem uma função no processo que nos tirou do reino animal para sermos seres humanos e caminharmos para a próxima fase evolutiva. Nos todos somos agentes e pacientes de todo e qualquer processo cultural que estejamos inseridos e temos o dever de combater aquilo que ameaçar nossa sobrevivência como espécie. Na atualidade há certas dicotomias de leituras, exemplo: o que é mais importante para a sobrevivência de nossa espécie... uma hidroelétrica ou um bagre? R. Se o bagre acabar os que dependem dele vão poder mendigar sua sobrevivência alimentícia do Estado que receberá os altos impostos das industrias e dos trabalhadores que nelas atuarão, ou seja, para a espécie humana haverá a sobrevivência de um modo ou outro.. já para o bagre a historia é outra... mas bagre não tem manifestações culturais, não vota, não tem sindicato, não paga impostos e nem sabe nada de política cultural. Cabe àqueles de nos que atribuímos significados e significâncias culturais para o bagre lutarmos para combater que este desenvolvimentismo inconseqüente promova sua extinção ... nisso nasce um embate cultural... e assim sempre foi embates nascem... formas culturais são criadas e destruídas, leituras culturais diferenciadas entram em embate... sobrevivendo sempre aquela que é mais forte e melhor demonstre um maior potencial de sobrevivência para nossa espécie. Portanto não devemos temer o bom embate cultural, o poder de subverter a ordem, o status quo... seja do mercado cultural, seja das políticas culturais, seja dos valores ditos da direita, da esquerda ou qualquer outra forma de cultura política que possa surgir no futuro que esteja fora deste tolo maniqueísmo. Os puristas podem alegar que deveríamos preservar cada manifestação cultural humana... A lógica do Mercado seria uma delas... não podemos ter tal purismo, pois teríamos que preservar até os aspectos culturais funestos , exemplos: nazismo, fascismo, totalitarismo, ditatorialismo, populismos, expurgos, campos de concentração, etc. Sim podemos subverter o jogo para uma nova lógica de mercado, contanto que esta nova lógica seja mais adequada a potencialização da sobrevivência humana e seja uma demanda cultural de todos e não somente de uma pequena nova elite/politiburgo que alega falar por todos quando só pensa em seu umbigo... Se nos ativermos a valores, éticos e democráticos em nosso embate contra esta lógica de mercado, tal será uma guerra a qual valera a pena se lutar não havendo qualquer erro em tal demanda. Quando eu penso em política cultural, não penso em Gil e nos demais altos mandatários... eu penso no Seu Manoel , dono de uma padaria na esquina de minha casa... Seu Manoel a cada vernissage que eu elaborava para uma exposição coletiva, sem nada pedir em troca, fornecia torradas, patê, refrigerante, etc... o Seu Manuel sem se dar conta estava formulando uma ação de política cultural que fazia a diferença para muitos artistas... Eu acho que seja por ai o caminho, fazermos ações capazes de fazer a diferença não apenas pensando-se no macro cenário da política cultural... Se todos caminhamos, como o Seu Manuel; uma baguete aqui, um curso ali, um patê acolá, e um projeto pelo PAC ICM, uma passada pela Lei Rouanet, uma ação artística subvencionada pelo próprio artista, um fomento, um patrocínio, uma venda , etc... dia a dia fazendo pequenas diferenças que somadas podem mudar a totalidade de um cenário ou sistema cultural vigente e circunscrito a perversas lógicas de mercado.
de Wellington R Costa
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