Larguem tudo, vamos voar! - Teatro SP

Larguem tudo, vamos voar!

 

Cia. Fábula da Fíbula  apresenta peça  inédita sobre o desejo
humano de voar em homenagem especial a Santos Dumont

 

O Núcleo de Artes Cênicas da Estação Ciência e a Cia. Fábula da Fíbula da Cooperativa Paulista de Teatro  apresentam  "Larguem tudo, vamos voar!", escrito e dirigido por Darci Figueiredo  tem no elenco Cauê Matos e Luanna Gimenez. A equipe de  criação partiu das comemorações pelo centenário do vôo do 14 bis,  buscou enfoque diferenciado da efeméride e da comemoração,  concebendo  e  realizando no palco o espírito inquieto  do gênio inventor e seus mais instigantes sonhos e desejos de  ser humano, o que  convida o público para o exercício de  livre voar, em todos os momentos de nossas vidas.

 

Diferente das outras produções da Cia.Fábula da Fíbula, esta não é focada no público infantil, já que a temática e a linguagem adotadas são atraentes para os jovens e adultos, fazendo com que busquemos o Santos Dumont que há em cada um de nós.

 

Com sete peças no repertório, algumas  ainda em cartaz,  a Cia Fábula da Fíbula  associada ao Núcleo de Artes Cênicas  planejou a montagem de uma peça ( a de número 9*) que contasse a história de vida de Santos Dumont. Com o passar do tempo e o amadurecimento dos trabalhos, no entanto, a equipe acabou chegando a uma concepção mais abrangente e sensível a um Santos Dumont que pode ser também vários: Prometeu, Ícaro, contemporâneo, empreendedor, determinado, poeta, filósofo, amigo, inquieto, aflito, brasileiro e humano. "A idéia que se tem do Santos Dumont é de um homem sério, de bigode e chapéu Panamá na cabeça. Mas se desconhece o criador solitário, o homem que revolucionou o modo de vida francês no final do século 19 e início do século 20, o homem que tinha o controle de deslizar no ar, segurança e desprendimento para sair de situações limítrofes. Santos Dumont foi um homem que tinha uma vocação muito grande e seu desejo maior foi realizado: ele criou a máquina voadora, ele navegou no ar, mas também nos indicou que o limite da realização de nossos sonhos somos nós mesmo que determinamos" , diz Cauê Matos,  que interpreta Santos Dumont. O diretor Darci Figueiredo complementa: "O povo brasileiro não estereotipa Santos Dumont, o povo brasileiro não sabe quem é Santos Dumont".

 

A partir dessa visão, o texto volta-se então para a questão da criatividade, da inovação e da ousadia, e mais: do tão tênue limite entre os rótulos de louco e de gênio. Se o gênio Santos Dumont não tivesse conseguido concluir seu objetivo, seria tachado como louco? Para Figueiredo, "Santos Dumont, se tivesse ficado no Brasil, talvez tivesse sido internado num manicômio, mas soltou as amarras e foi para a Cidade Luz". Assim, outras questões abordadas no espetáculo serão a cultura brasileira e especialmente como ela está inserida no mundo, e como é vista pelos outros povos. Para isso, trabalhará também com muitos elementos vindos do mundo do samba e do futebol, ícones mundiais da cultura brasileira. Haverá, por exemplo, parte do texto narrada pelo locutor Oscar Ulisses, da Rádio Globo, entre outras narrações feitas em idiomas como o russo,

espanhol, hebraico, inglês e japonês. O figurino, branco, além de evocar a liberdade, o infinito, também destaca a elegância que marcou a figura de Santos Dumont. * os pioneiros da aerostação não creditavam o número oito em seus balões, por precaução, por superstição.

 

 

O título do espetáculo, "Larguem tudo, vamos voar!" tem sua origem no grito de guerra dos balonistas, no momento em que se preparam para soltar o balão das suas amarras. A simbologia, no entanto, vai além, e aponta também para a necessidade que temos de tomar iniciativas e atitudes na vida.

 

A preparação da equipe foi bastante intensa, o que incluiu  adaptações no texto e ensaios, até mesmo em lugares nada convencionais, como telhados, árvores e praças públicas.

 

Sinopse

Tudo começa quando Tereza chega ao local em que deve aguardar por um vôo de helicóptero, novidade para ela. Enquanto aguarda, Tereza nota uma caixa, que ao longo do espetáculo vai revelar muitas surpresas. E a primeira delas é o personagem que sai de dentro dela, o próprio Santos Dumont, que conta sobre sua vida, sobre suas invenções e sobre seus sonhos, em especial o desejo de voar, em uma referência direta ao conceito de liberdade. A relação entre os dois começa a mudar quando Santos Dumont convida Tereza para um passeio que vai opor as visões de um vôo físico, ligado à dependência externa e às convenções sociais (simbolizado no helicóptero) e de um vôo interno, que mexe com os desejos de todas as pessoas. Aos poucos, Tereza vai sendo conquistada pelo inventor e cedendo ao convite. A caixa, que aparece desde o início, acaba se revelando um completo laboratório, representando o próprio cérebro criativo de Santos Dumont. A partir de um personagem histórico, a história traz à tona o conceito de liberdade e atitude tendo como pano de fundo uma reflexão sobre a sociedade e a cultura brasileiras.

 

O Núcleo de Artes Cênicas da Estação Ciência

O Núcleo de Artes Cênicas da Estação Ciência foi criado em 1999 por artistas da Cooperativa Paulista de Teatro, técnicos e pesquisadores da Universidade de São Paulo com o objetivo de divulgar a ciência por meio de atividades como palestras, cursos, apresentações de espetáculos de dança, teatro, circo e música. A montagem de espetáculos teatrais é realizada pela Cia. Fábula da Fíbula (ex-Grupo de Teatro Estação Ciência) da Cooperativa Paulista de Teatro. "Larguem tudo, vamos voar!" chega  representando uma reviravolta na consciência do que é a criação de uma obra de arte e a reflexão sobre a interface ciência e arte.

 

 

Larguem tudo, vamos voar!

Temporada de 27 de maio  a  24 de junho de 2007

Sextas e Sábados, às 21h

Duração: 60 minutos

Teatro Estação Ciência (190 lugares)

Rua Guaicurus, 1394 – Lapa / (11) 3673-7022

Estacionamento gratuito (vagas limitadas)

Ingressos: R$ 20,00 (com meia entrada para estudantes e professores)

Recomendação etária: a partir de 11 anos

Grupos e escolas podem fazer agendamento pelo e-mail: teatrec@eciencia.usp.br

 

Um comentário:

Anônimo disse...

sera que era possivel plubicar algo sobre a actualidade du teatro??