As apresentações acontecem na mansão da Avenida Paulista, numero 37, no Paraíso,
A performance aborda os sete pecados, os sete incômodos, as sete vidas, sempre com o objetivo de buscar os segredos escondidos dentro de cada ser humano e interpretados pelo GRUPO SENSUS, que tem como principal característica, trabalhar poesias em conjunto com os sentidos. A direção é de Thereza Piffer, é inspirado nos 7 pecados capitais. Para isso, é utilizado poesias de Clarice Lispector (Nossa Truculência, Quero escrever o borrão vermelho de sangue e A não aceitação), Álvaro de Campos (Estou), Cintia Barreto (Cólera), Márcio Filgueiras de Amorim (Avareza), Paulo MontAlverne (Homenagem), Daizy Serena e Andre Soares (Dinheiro), entre outros.
A principal motivação da criação dessa encenação foi a constatação do ser humano como um ser tão contraditório e ambíguo, e que trava duelos consigo mesmo. A ilusão e a realidade, o desespero e a harmonia, a ação e a inércia, a vida e a morte, a riqueza e a pobreza reunidas e consumidas pela alma, ora racional, ora instintivamente. Emergir dos seus próprios sentidos é que dará o grande sentido ao espetáculo, nessa experiência poético-performática.
Os espectadores são divididos em grupos e acompanham a peça em sete cômodos diferentes. A direção é de Thereza Piffer e o elenco conta com Arnaldo Barone, Conrado Carmen, Dan Rosseto, Dênete Reis, Gabrielle Lopez, Fernanda Sophia, Flavio Cáceres, Gisele Porto, Marjorie Belanno, Ricardo Peres, Flavio Barolllo e Karina Yamamoto.
O Ritual dos Sete, sábados, às 23h49, R$ 14, 00 e R$ 7, 00 meio entrada, Casa das Rosas Espaço Haroldo de Campos de Literatura e Poesia, Avenida Paulista, 37 Paraíso, tel. (11) 3285-6986.
Os sete pecados capitais
São classificados como vícios e usados nos primeiros ensinamentos do cristianismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos. Assim, a igreja classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação.
A partir do início do século 14, houve uma popularização e uma mistura com a cultura humana no mundo inteiro, dos sete pecados capitais.
De acordo com o livro "Sacred Origins of Profound Things" ("Origens Sagradas de Coisas Profundas"), de Charles Panati, o teólogo e monge grego Evárius do Ponto escreveu uma lista de oito crimes e paixões humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade): a gula; a luxúria; a avareza; a melancolia; a ira; a acedia; a vaidade e o orgulho. Para Evárius, os pecados tornavam-se piores à medida que as pessoas ficavam mais egocêntricas, com o orgulho sendo o supra-sumo dessa fixação do ser humano em relação a si mesmo. No final do século VI, o Papa Gregório reduziu a lista a sete itens e juntou "vaidade" ao "orgulho", tirou "acedia" e adicionou "inveja". Para fazer seu próprio ranking, o pontífice colocou em ordem decrescente os pecados que mais ofendiam ao amor: o orgulho; a inveja; a ira; a melancolia; a avareza; a gula e a luxúria.
Mais tarde, outros teólogos, entre eles, Tomás de Aquino analisaram novamente a gravidade dos pecados e fizeram mais uma lista. No século XVII, a igreja substituiu "melancolia" considerada um pecado demasiado vago por "preguiça". Assim, atualmente se aceita a seguinte lista dos sete pecados capitais: arrogância (ou orgulho, extravagância, soberba); inveja (ou cobiça); ira; preguiça; avareza (ou ganância); gula e luxúria.
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