Seguindo o mês de Maio no Arena, Junho vêm com uma programação diversificada, que tem desde do infantil "As Aventuras do Gigante Prometeu" do Teatro da Conspiração, até o premiado "Mire Veja" da Companhia do Feijão.
Após a ocupação do projeto 3em1: um por (todos)² por hum!!!, o Teatro Funarte de Arena Eugênio Kusnet prepara-se para a reforma de seu espaço e posterior lançamento de um novo Edital de Ocupação.
A Coordenadoria Regional da Funarte estará, entre maio e junho, promovendo encontros entre quinze grupos teatrais da capital e de diferentes pontos do estado de São Paulo, visando estabelecer intercâmbio e uma reflexão sobre seus trabalhos.
Dias 1 e 2 de junho às 21hs
As Controvérsias de um Cotidiano - Cia Cortição de Teatro - Santos/SP.
De: Cia Cortição de Teatro
Direção: Cia Cortição de Teatro
Duração: 80min.
Censura: 12 anos
A Cia Teatral Cortição é um Projeto do grupo de jovens DJOW DJOW pertencente a Associação dos Cortiços de Santos, que foi formada por jovens moradores de Cortiços de Santos e jovens que fizeram parte do Filme Querô de Plínio Marcos ( Lançamento no segundo semestre ), jovens que nasceram com os dons de atuar, produzir, dirigir, planejar e escrever e que tem como objetivo profissionalizar esses jovens para que não entrem na criminalidade.
O primeiro espetáculo do grupo, As controvérsias de um cotidiano, já fez duas apresentações em Santos, totalizando um público de 1.400 pessoas.
De uma maneira ousada e bem engraçada, a peça As Controvérsias de Um Cotidiano, mostra algumas coisas que a sociedade sabe que existe e prefere ignorar, como preconceito, discriminação, negligência e a corrupção de todas as maneiras. Com personagens que vão desde prostitutas e traficantes até beatas e policiais corruptos, a peça garante divertimento e reflexão.
Dias 3 e 4 de junho às 16hs
As Aventuras do Gigante Prometeu - Teatro da Conspiração - Santo André/SP
De: Solange Dias
Direção: Cassio Castelan
Elenco: Alessandra Moreira, Emerson Santana e Márcio Ribeiro.
Duração: 45min.
Censura: Livre
Na mitologia grega, o Gigante Prometeu é o criador do Homem. É o responsável pela forma, pela vida, pela alma, pelos sentimentos e pela sabedoria do Homem. O texto trata do profundo amor de Prometeu pela Humanidade e sua evolução, abordando questões como solidariedade, vida em sociedade, a luta do bem contra o mal e dignidade.
Três atores contam a estória de Prometeu.
De forma despojada e lúdica, a encenação baseia-se nas formas assumidas pelos atores e nos objetos manipulados por eles, criando, a partir de brincadeiras que a criança conheça, o mundo mitológico de Prometeu. Assim, Prometeu voa aos céus em um patinete, bolinhas de malabares mostram o homem trabalhando na Terra.
Dia 3 de junho às 21hs, 4 de junho às 20hs
Cantos Periféricos - Teatro da Conspiração - Santo André/SP
Texto e Direção Geral: Solange Dias
Elenco: Alessandra Moreira, Emerson Santana, Ana Claudia Lima, Renata Bonadio, Cássio Castelan, Pitty Santana e Neusa Dessordi
Duração: 90min.
Censura: 12 anos.
Cantos Periféricos escrita e dirigida por Solange Dias, traz como discussão questões do cotidiano de uma grande cidade, principalmente daqueles que vivem à margem da sociedade, daqueles que não tem direito a vez, a voz e a viver dignamente. Fala-se dos que vivem nas periferias, das suas necessidades e angústias em uma cidade (país) que não olha para o ser e sim para o ter.
Os personagens de Cantos Periféricos são trabalhadores, assaltantes, desempregados, mulheres grávidas sem atendimento; pessoas que convivem com a violência sem saber como reagir, lutar e sobreviver.
Esses personagens anônimos transitam por situações em um dia de uma cidade. Na poesia da peça entrelaçam-se suas histórias buscando uma nova forma do contar/encenar.
A peça busca tratar com poesia e arte aquilo que é notícia no jornal e na Tv.
Dias 8 e 9 de junho às 21hs
A Porta de Poe - Grupo Caixas de Imagens - São Paulo/SP
Texto: Adaptação do texto "Coração Denunciador" de Edgar Allan Poe por Davi Taiu, Carlos Gaúcho e Mônica Simões.
Direção: Davi Taiu.
Elenco: Davi Taiu, Carlos Gaúcho, Mônica Simões e Evely Cristina.
Duração: 45min.
Censura: recomendado para maiores de 14 anos.
Observação: Apenas esse espetáculo será gratuito.
O conto narra o esforço de um personagem (narrador) em demonstrar que não pode ser considerado louco. Para tanto, argumenta, de forma minuciosa, como o assassinato que cometeu é prova de sua inteligência e astúcia.
Nessa adaptação livre, a tensão e o entusiasmo se conjugam e exacerbam o drama psicológico que nos conduz a uma viagem ao interior dos extremos da mente do narrador. Preservamos os elementos de terror que Poe oferece para provocar no espectador uma sensação mista de perplexidade e perturbação. Sensação que levará o espectador a um processo indagativo entre o que nos aterroriza no conto de Poe e o que nos aterroriza em nosso mundo contemporâneo.
Dia 10 de junho às 21hs e 11 de junho às 20hs.
Fratelo - Cia do Escândalo - Suzano/SP
Texto e Direção: Manoel Mesquita Junior
Elenco: Arthur Neto e Cleiton Pereira
Censura: 14 anos.
Duração: 70 min.
Fratelo conta a história de dois seres humanos, aparentemente estranhos, que morrem num acidente, atropelados pelo mesmo caminhão, e se vêem a sós numa sala de necrotério. Através da imaginação coletiva ou, talvez, de um processos cataléptico, seus corpos e suas consciências voltam a se comportar como vivos. E, apesar de aparente ignorância mútua, os dois têm mais coisas em comum do que se pode imaginar. Nascidos no mesmo dia, na mesma maternidade, acolhidos no mesmo berçário, matriculados na mesma escola, moradores do mesmo bairro, um deles virou açougueiro, o outro transformou-se num abastado executivo de multinacional. Porém, apesar das diferentes formações dadas a eles por suas respectivas vidas, as semelhanças continuam perseguindo-os. Ambos, já na vida adulta, "trabalham" com o manuseio de "pedaços de carne".
Todas as diferenças e semelhanças afloram a partir da impotência com relação à situação de morte e à manutenção da situação desagradável de estarem juntos e se decompondo. Explica-se. Toda a história em comum (nascimento, infância, adolescência) fez com que nascesse neles um declarado ódio recíproco que dá o tom da trama, misturado ao cheiro da carne podre.
Dias 15 e 16 de junho às 21hs
Bocas que murmuram - Grupo Tríade Essencial - Jandira/SP
De: Paulo J. Dumaresq
Direção: Eusias Ribeiro
Elenco: Eusias Ribeiro, José Carrial e Éder dos Anjos.
Duração: 70min.
Censura: 12 anos.
"Bocas que murmuram" é uma tragicomédia ambientada em redação de jornal. A peça estabelece contraponto entre dois jornalistas de formação ideológicas distintas. No decorrer da trama, os jornalistas ora reafirma suas posições, ora se contradizem, num jogo psicológico que incluem ainda o Editor do jornal e o Deputado Chip Baccharat.
A intenção de "Bocas que murmuram" é questionar a luz do teatro, o problema da manipulação da informação, prática comum da imprensa mundial, independentemente do regime ou ideologia política. Em outras palavras, alertar aos que desejam uma imprensa livre sobre as armadilhas do poder econômico e/ou político, preocupado apenas em fazer valer seus intentos.
Dia 17 de junho às 21hs e 18 de junho às 20hs.
Mire Veja - Cia do Feijão - São Paulo/SP
Texto e Direção: Pedro Pires e Zernesto Pessoa
Elenco: Eric Nowinski, Fernanda Houcke, Guto Togniazzolo, Petronio Nascimento e Vera Lamy.
Censura: 12 anos.
Duração: 70min.
São 24 histórias curtas e entrelaçadas, que falam da vida na metrópole e de pessoas de diversas origens e classes sociais que nela habitam. Com cerca de 30 personagens que não se encontram, as histórias encadeiam-se como flashes no tempo impossível da grande cidade. Um mosaico a partir do qual é possível vislumbrar uma parte desse universo tão densamente povoado pela diversidade.
Prêmio APCA de Melhor Espetáculo e Prêmio Shell 2003 na Categoria Especial (por sua concepção e criação).
Dias 21 e 23 de junho às 21hs
Diário dum carroceiro - Grupo CAAC - São Paulo/SP
De: Tião Nicomedes
Direção: Yara Brasil
Elenco: André Secato
Duração: 60min.
Censura: 14 anos
A peça teatral "Diário dum carroceiro" foi escrita por Tião Nicomedes, pessoa em situação de rua. Muito mais do que personalizar este projeto é trazer à tona área a sociedade a cultura dessa população.
O conteúdo textual é inédito, pois revela uma metrópole não sob o olhar de algum observador, mas de quem vive na rua, muitas vezes, invisível à maioria da população e das políticas públicas. Só ele conseguiria descrever com humor essa triste realidade.
Dia 24 de junho às 21hs e dia 25 de junho às 20hs
Eles não sabem o que é Brasil - Teatro de Asfalto
Texto: Teatro de Asfalto
Direção: Antonio Rogério Toscano
Elenco: Bárbara Zampol, Camila Cristina, Carlos Michelon, Dadá Cordeiro, Felipe Gomes Moreira, Flávio Oliveira, Jorge Pezzolo, Márcia Araújo e Roberta Marcolin.
Espetáculo poético musical que busca (re) descobrir o Brasil, uma reflexão sobre o ser brasileiro. Eles não sabem o que é o Brasil, não nos dá respostas sobre quem somos ou o que fazemos, mas tenta (re) traduzir o que vemos através de nós mesmos.
Fomos em busca de nossas raízes... desde o Velho Continente até a nossa Terra de Santa Cruz procuramos através da musica e do silêncio, da tristeza e da alegria (re) encontrar o povo brasileiro, mas em cada gesto,em cada traço (como em um espelho) a nossa imagem ali se refletia.
A principio tentamos negar o que víamos, mas não podíamos fugir por muito tempo da nossa própria realidade, através de nossa face percebemos que no fundo não nos conhecemos.
Eles não sabem o que é o Brasil uma parcela ínfima, um corte desajeitado de uma realidade que não se mantém estática e sim dinamicamente.
Teatro Funarte de Arena Eugênio Kusnet
Rua Teodoro Baima, 84, Consolação
em frente à Igreka da Consolação
Próximo ao Metro República.
Qui, Sex e Sáb às 21hs
Valor: de R$ 5,00 a R$ 15,00 (exceto o espetáculo "A Porta de Poe" do grupo Caixa de Imagens, que será Gratuito)
Dom às 20hs
99 lugares
Sem ar condicionado
Acesso para deficientes
Tel da Bilheteria: 3256.9463
Tel para contato, horário comercial: 3259.6409
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