Ataulfo 100 anos marca a inauguração das Paradas Sonoras no CCSP/grátis

O evento ATAULFO 100 ANOS marca

 a inauguração das Paradas Sonoras no CCSP

A Secretaria Municipal de Cultura promove, no Centro Cultural São Paulo, por meio da curadoria de música e em parceria com a Gravadora Lua Music, eventos comemorativos dos 100 anos do compositor Ataulfo Alves (1909-1969). Para dar enfâse a este momento especial, será lançada a obra "100 anos Ataufo Alves", desmembrada em dois CDs, que estarão à venda no final de cada show realizado no CCSP.   

 

 

As comemorações incluem  seis shows de artistas renomados e novos talentos que participaram das gravações do CD "100 anos Ataulfo Alves": Elza Soares e Milena, Maria Alcina e 2ois, Alaíde Costa e Verônica Ferriani, Fabiana Cozza e Mateus Sartori, Ataulfo Alves Junior e Anelis Assumpção, Zezé Mota e Graziela Medori. Grátis.

 

Em meio às festividades, o projeto conta, a partir de 5 de setembro, com a abertura das Paradas Sonoras, um novo circuito de audição, em vários horários, distribuído em alguns pontos do CCSP para a audição do acervo da Discoteca Oneyda Alvarenga composto por mais de 70 mil discos e cerca de 60 mil partituras. O acervo reúne mais da metade dos discos gravados em 78rpm no Brasil. Dos cerca de 28 mil de que se tem registro (no catálogo publicado pela FUNARTE), a Discoteca possui 15 mil.

 

O objetivo do projeto é  tornar mais democrático ao público o acesso a todo o material de áudio da Discoteca, que apresenta algumas raridades como o disco mais antigo do local, gravado entre 1902 e 1904, pelo cantor Baiano. A suíte sinfônica André de Leão e o Demônio encarnado (1941), de Heckel Tavares, com dedicatória do autor no libreto ao prefeito Prestes Maia também é um dos destaques.A Discoteca dispõe do maior acervo de discos das gravadoras brasileiras (1950 e 1960) Sinter, Elite Special, Star, Mocambo, Todamérica e Sertanejo (primeiro selo especializado em música regional).

 

Curiosidade: as primeiras gravações, feitas na década de 1950, de Roberto Carlos e João Gilberto (cantando como crooner do Grupo Garotos da Lua), quando eles ainda eram desconhecidos do público estão à disposição do público para audição in loco na Discoteca Oneyda Alvarenga.

 

Visite o site das comemorações Ataulfo 100 anos:

<http://www.ataulfoalves100anos.com.br/>

 

Sobre Ataulfo Alves   

(...) "Autor de verdadeiros clássicos da música popular brasileira, Ataulfo teve suas músicas gravadas por quase todos os grandes músicos, num misto de renovação e tradição. "Que saudade da Amélia", "Laranja madura", "Meus tempos de criança" e tantas outras são referências do que de melhor produziu o cancioneiro popular brasileiro. Nascido na Fazenda Cachoeira no município de Miraí no interior de Minas Gerais em 1909, filho do Capitão Severino, violeiro, sanfoneiro e repentista da Zona da Mata, Ataulfo trabalhou como condutor de bois, leiteiro e lavrador até transferir-se para o Rio de Janeiro para trabalhar como entregador de receitas do médico Dr. Afrânio Moreira Resende. Em pouco tempo tornou-se um prático em farmácia dada a sua facilidade em lidar com as drogas na feitura de receitas. À noite porém frequentava as rodas de samba no bairro do Rio Comprido, mostrando as suas composições que fazia muitas vezes na hora da cantoria. Tornou-se diretor de harmonia da Escola de Samba do bairro Fale quem quiser. Uma cantora popular da época chamada Bide gostou de suas músicas e apresentou Ataulfo a Mr Evans, diretor americano da Victor. Foi quando Carmem Miranda gravou a sua música Tempo perdido. A partir de então passou a ser gravado por grandes nomes da música brasileira como Sílvio Caldas e Jacó do Bandolim e a compor com importantes parceiros como Wilson Batista e Mário Lago. No auge de sua carreira foi convidado por Humberto Teixeira, em 1961 a participar de uma caravana de divulgação da música brasileira na Europa, para onde levou Mulata assanhada e Na cadência bonita do samba. Ataulfo Alves morreu no RJ em 1969 deixando mais de 200 composições.Para homenagear esse grande compositor o CCSP apresenta seis shows na linha da renovação e da tradição, nos quais um artista consagrado divide o palco com artistas da nova geração sob a égide da qualidade e da valorização da música e dos músicos brasileiros."

Francisco Coelho

Curador de Música

Projeto Paradas Sonoras

 

O projeto Paradas Sonoras, a partir da digitalização do acervo da Discoteca Oneyda Alvarenga e sua disponibilização na rede de computadores da Prefeitura, visa tornar mais acessível ao público a coleção da Discoteca - um acervo de mais de 70 mil discos e mais de 60 mil partituras -, levando em conta o crescente interesse de especialistas e visitantes do Centro Cultural São Paulo e demais equipamentos culturais do Município de São Paulo.

Dando continuidade à estratégia iniciada com o projeto Paradas em Movimento, que criou uma plataforma descentralizada para a exibição de obras audiovisuais em diferentes pontos do Centro Cultural, Paradas Sonoras criará um novo circuito de audição para o acervo da Discoteca, que se estenderá para além dos limites do Centro Cultural, e um laboratório de digitalização de fonogramas.
Paradas Sonoras atenderá às necessidades dos diversos públicos da Discoteca. Nesse sentido, foram pensados quatro formatos de mobiliário e equipamento para esses pontos de audição:

Estações de pesquisa

Estes equipamentos estarão localizados na área da Discoteca e são dirigidos a pesquisadores, que terão acesso a um sistema de busca informatizado que lhes permitirá selecionar músicas por autor, intérprete, título, gênero, data, etc. Cada uma das três unidades será composta de uma poltrona, especialmente desenhada para este fim, e um computador. Há previsão de instalação de softwares de acessibilidade.

Estações de audição de LP's

Também estarão localizados na área da Discoteca e servirão ao público que queira ouvir material ainda não digitalizado. Serão quatro unidades, cada uma delas consiste em duas poltronas que seguirão um padrão adotado para o novo mobiliário da Discoteca e terão um fone de ouvido ligado aos toca-discos operados pelos atendentes do setor.

Estações de audição para duplas

Estarão localizados em pontos estratégicos do Centro Cultural em que haja grande circulação de público, privilegiando espaços com vista para os jardins. Cada uma das três unidades consiste em duas cadeiras com encosto móvel, que permitem que os dois ocupantes se sentem olhando para o mesmo lado ou para lados opostos, além de um computador com acesso às seleções especiais do acervo digitalizado e dois fones de ouvido. Os dois ocupantes ouvirão a mesma seleção musical.

Estação de audição coletiva

Este equipamento estará localizado em uma área central do CCSP, em que haja grande circulação de público, próximo à Sala Adoniran Barbosa, usada principalmente para espetáculos musicais. A unidade consiste em um banco circular que acomoda até seis pessoas, além de um computador que permite acesso a seleções especiais do acervo digitalizado e seis fones de ouvido. Os ocupantes ouvirão a mesma seleção musical.

Todos os equipamentos contarão com tela de LCD, nas quais serão exibidas informações completas a respeito da música que está sendo ouvida, além do número de tombo, que permite localizar o álbum de origem na Discoteca, possibilitando ao público aprofundar o contato com a produção de seu interesse.


Canais Paradas Sonoras

As estações de audição terão três temas/canais específicos de músicas: ópera, jazz e especial - este último irá variar a cada mês. Porém, além dos canais de músicas, apenas na Estação de pesquisa o interessado poderá ter acesso a informações mais detalhadas do acervo.


1. Ópera 78rpm - acervo do pesquisador Scivoletto

2. Jazz 78rpm - acervo de Eduardo Baptista da Costa

3. Especial Ataulfo - coleção de fonogramas sobre o cantor carioca


Discoteca Oneyda Alvarenga

Idealizada por Mário de Andrade enquanto esteve à frente do Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo, a Discoteca Oneyda Alvarenga foi criada em 1935, com o nome de Discoteca Pública Municipal. Em 1982, após passar por várias sedes, a Discoteca foi transferida para o Centro Cultural São Paulo e, a partir de 1987, passou a se chamar Oneyda Alvarenga, em homenagem a sua primeira diretora, que exerceu o cargo até 1968.

Trata-se da única instituição pública dessa natureza e abriga um acervo de mais de 70 mil discos e mais de 60 mil partituras, um rico material para pesquisadores e público em geral. Além do acervo sonoro e impresso (que inclui uma hemeroteca especializada), a Discoteca conta também com um acervo histórico.

Serviço:de terça a sexta, das 10h às 20h; sábados e feriados, das 10h às 17h. Informações ao público:3397-4002.

 

Acervo

Considerado um dos mais importantes acervos especializados em música do mundo, o acervo da Discoteca Oneyda Alvarenga é composto de música erudita, popular e folclórica, nacional e estrangeira, disponível para consulta e audição. Destacam-se, entre outras, as coleções de obras completas de Johann Sebastian Bach, obras de Cláudio Monteverdi, várias marchinhas de carnaval e algumas obras de música contemporânea.

Acervo sonoro: coleção de discos de música erudita, popular, nacional e estrangeira. Possui aproximadamente 45 mil discos de 78rpm, 30 mil discos de 33rpm e 2500 CDs.

Acervo impresso: cerca de 62 mil partituras de música erudita, popular, nacional e estrangeira, 10 mil livros de música, 400 títulos de revistas e hemeroteca musical (recortes de jornal) com 1700 assuntos.

O Acervo histórico guarda documentos, objetos, discos, mobiliários, filmes e fotografias provenientes dos projetos desenvolvidos nos primeiros anos de existência da Discoteca. Dentre os conjuntos preservados, encontram-se: a coleção da Missão de Pesquisas Folclóricas de 1938; o conjunto documental produzido pela Sociedade de Etnografia e Folclore, criada em 1936; a documentação histórico-administrativa da Discoteca Pública Municipal, de 1935 a 1983; os filmes produzidos pelo casal Dina e Claude Lévi-Strauss; os registros de Camargo Guarnieri sobre o II Congresso Afro-brasileiro, realizado em Salvador, Bahia, em 1937; as monografias que participaram dos Concursos de Monografia sobre Folclore, promovido pelo Departamento de Cultura; as gravações para o Arquivo da Palavra e os documentos do Congresso Nacional da Língua Cantada de 1937, cuja proposta foi subsidiar estudos no campo da fonética.

Acesso

A consulta de livros é aberta, o consulente retira diretamente o livro que pretende consultar. Tal critério estimula o interesse por outros exemplares dispostos nas prateleiras. Diferentemente dos livros, a consulta às partituras, discos e CD's é fechada, isto é, apenas os funcionários têm acesso ao espaço do acervo, pois requerem um manuseio mais cuidadoso quanto ao acondicionamento nos armários.

A consulta aos livros de música, partituras, discos e CD's pode ser feita em fichas nos arquivos de aço. Vale lembrar, que parte do acervo está em bases de dados disponíveis para acesso.

Laboratório de digitalização

Apenas uma parte do acervo da Discoteca Oneyda Alvarenga está digitalizada. Dentre as coleções digitalizadas estão o acervo de óperas Trivoleto, os shows e concertos realizados no CCSP nos anos de 2007 e 2008 e a coleção de jazz 78, com 1500 fonogramas. A implementação do laboratório de digitalização permitirá ao Centro Cultural São Paulo digitalizar, a cada ano, uma média de 7200 fonogramas e o acréscimo contínuo de material disponível para consulta e escuta no Paradas Sonoras, além de contribuir para a conservação do material original, especialmente as obras raras. A digitalização do material prioriza fonogramas históricos em 78rpm e LP's não lançados em CD. Além disso, também estarão disponíveis nas unidades de audição e pesquisa gravações de shows e concertos realizados no Centro Cultural São Paulo, assim como programas da Web Radio em alta qualidade.

Serviços

Empréstimo domiciliar de partituras e livros com mais de um exemplar (até três obras por usuário, com prazo de 15 dias para devolução, mediante cadastro do consulente);

Empréstimos especiais a instituições;

Atendimento a pesquisas pontuais via telefonema e e-mail;

Audição de discos e CD's;

Atendimento especial a pesquisadores com acesso à base de dados e audição.

Horário de funcionamento da Discoteca: Terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados (exceto Carnaval e Páscoa), das 10h às 17h. A consulta a audições só será permitida até 1 hora antes do término do expediente. A entrada de usuários é permitida até 30 minutos antes do fechamento. Informações: 3397 4071 ou pelo email discoteca@prefeitura.sp.gov.br

ONEYDA ALVARENGA (1911-1984)

A musicista, etnógrafa e folclorista Oneyda Paoliello de Alvarenga nasceu a 6 de dezembro de 1911, na cidade mineira de Varginha. De temperamento obstinado, objetivando continuar seus estudos, Oneyda, quando adulta, pleiteou junto aos pais sua mudança para outra cidade. Na ocasião, deixar a filha sair de casa antes do casamento e ir morar na chamada cidade grande era algo inimaginável. Mas, seus pais quebraram esse paradigma e autorizaram Oneyda a ir para São Paulo estudar música.

Decididos a investir no talento musical da filha, determinaram que a jovem estudasse em uma das principais escolas de música de seu tempo: o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Mas não era só isso, Oneyda deveria estudar com o maior e melhor professor de piano: Mário de Andrade, com quem teve aulas de piano, estética e história da música. Embora tenha encontrado Mário de Andrade somente em 1931, o nome do grande mestre já ecoava no seio de sua família desde os tempos de criança, em virtude da grande repercussão que teve a Semana de Arte Moderna de 1922.

Sensível e criativa, Oneyda despontou para a arte desde jovem. Em 1938, lançou seu primeiro livro de poemas, A menina boba, e recebeu o Prêmio Fábio Prado por sua obra Música Popular Brasileira.

A influência de Mário de Andrade foi decisiva para a formação cultural e para a orientação vocacional de Oneyda Alvarenga, que foi a principal e fiel assessora na maioria dos empreendimentos do mestre. A musicista chegou a São Paulo aos dezenove anos de idade e, já nos primeiros dias, encontrou-se com Mário de Andrade e, de imediato, travou-se mais do que uma relação entre professor e aluna. Construíram uma relação de intensa e sincera cumplicidade, comprometimento, profissionalismo e amizade. Oneyda e Mário se corresponderam intensamente de junho de 1932 a dezembro de 1940, mas este entrelaçamento de almas transcendeu a morte de Mário, ocorrida em 25 de fevereiro de 1945, vez que Oneyda assumiu o compromisso de coligir, compilar, sistematizar e publicar parte de sua obra, encargo que o amigo confiou-lhe em sua carta-testamento.

Organizar, sistematizar e preservar a memória de Mário de Andrade foi, para Oneyda, a razão de sua existência profissional, principalmente com o Acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, à qual dedicou grande parte de seu tempo, com a catalogação dos objetos, registro sonoro e as publicações das séries: Registro Sonoro do Folclore Musical Brasileiro e o Catálogo Ilustrado do Museu Folclórico.

Oneyda Alvarenga foi a primeira diretora da Discoteca Pública Municipal da Prefeitura de São Paulo, criada pelo então diretor do Departamento de Cultura Mário de Andrade, onde permaneceu de 1935 até sua aposentaria em 1968. Faleceu em São Paulo, em fevereiro de 1984.

 

 

Shows Ataulfo 100 anos

O repertório é o mesmo para todos os artistas. Confira a programação:    

 

Elza Soares e Milena

5 de setembro, sáb., às 19h.- Livre   80 min.

Sala Adoniran Barbosa - 631 lugares - Entrada Franca (Bilheteria abre duas horas antes)

Elza Soares nasceu no Rio de Janeiro numa família humilde sendo criada na favela de Água Santa Santa, subúrbio de Engenho de Dentro. Cantava, desde criança, com a voz rouca e o ritmo sincopado dos sambistas de morro. Aos 12 anos, já era mãe e aos 18, viúva. Trabalhava numa fabrica de sabão antes de ser descoberta aos 20 anos pela academia do professor Joaquim Negli, sendo contratada para cantar na Orquestra de Bailes Garan e a seguir no Teatro João Caetano. Em 1958, foi a Argentina com Mercedes Batista, para uma temporada de oito meses, cantando na peça Jou-jou frou-frou. Por intermédio de Moreira da Silva, que a ouviu num desses programas, foi para a Rádio Tupi e depois começou a trabalhar como crooner da boate carioca Texas, no bairro de Copacabana, onde conheceu Silvia Teles e Aluísio de Oliveira. Encantado com a sua voz e com a sua postura efervecente no palco Aluísio de Oliveira a convidou para gravar seu primeiro disco em 1960 pela Odeon Se acaso você chegasse de Lupcínio Rodrigues e Felisberto Martins que logo alcançou um grande sucesso. O segundo LP A bossa negra foi lançado num período em que fazia em São Paulo o show Primeiro festival nacional de bossa nova.

Durante a Copa do Mundo de 1962 foi artista convidada para representar o Brasil em Santiago, Chile, cantando ao lado do artista representante dos EUA, o norte-americano Louis Armstrong, que ficara surpreso pelo virtuosismo rítmico de Elza Soares e pela sua voz característica voz rouca. Muitos outros discos de sucesso permitiram a leitura diferenciada de Elza Soares em canções de Dorival Caymmi, Tom Jobim, Toquinho, Chico Buarque, Guinga e Ataulfo Alves.

Desde então, Elza Soares tem sico sinônimo da maior qualidade da música brasileira, samba, samba-canção e a música brasileira de viés jazzistico.

Milena nasceu em Juazeiro, Bahia, e foi revelada nos anos 70 no programa Flávio Cavalcanti. Gravou discos importantes, produzidos por João de Aquino, Rosinha de Valença e Hermínio Bello de Carvalho e retomou sua carreira ano passado com o projeto "Elas Cantam Paulinho da Viola", ao lado das cantoras Fabiana Cozza, Célia, Cida Moreira e Alaíde Costa, recém lançado em CD.Milena também participou do CD especial "Cartola - 100 anos", da Sony Music, ao lado de artistas como Gal Costa, Chico Buarque, Jair Rodrigues, Leny Andrade, Ney Matoghrosso e outros.No projeto "Ataulfo 100 Anos", Milena divide sua faixa com o veterano Germano Mathias e é acompanhada pelo extraordinário grupo de choro "Ó do Borogodó".

Ataulfo 100 anos

Maria Alcina e 2ois

6 de setembro, domingo, às18h -Livre- 80 minutos / Sala Adoniran Barbosa

Grátis (retirar ingressos duas horas antes)

Maria Alcina tem pautada sua carreira em buscas e desafios. Saiu de Cataguases (MG) quando viu remotas as possibilidades de uma vida artística. Foi para o Rio de Janeiro, onde conviveu com músicos diversos cantando em boates e casas de shows, apresentou-se em teatros de revista ao lado de Leila Diniz, por exemplo, até explodir em 1972 no FIC com Fio Maravilha de Jorge Bem. Lançou composições de Rita Lee (Tum-Tum), João Bosco & Aldir Blanc (Kid Cavaquinho), Eduardo Dusek (Folia no Matagal), sempre com seu jeito imprevisível e anárquico. Em 1995, a convite de Nelson Motta, participou de disco e show em homenagem a Carmen Miranda, sua influência sempre declarada, no Lincoln Center (Nova York), na companhia de Aurora Miranda e Marília Pera. O encontro com o Bojo, em 2003, ampliou sua faixa de público. Juntos apresentaram-se em importantes eventos para jovens como Com: tradição (São Paulo e Rio) e Abril Pro Rock. Desde a sua aparição explosiva no Festival Internacional da Canção (1972), Alcina é pródiga em conjugar compositores consagrados como o próprio Paulinho, Tom Zé, Lô Borges, Alzira e Sergio Sampaio, a outros tão competentes, "quase-inéditos" como Wado, Adalberto Rabelo (banda Numismata), Moisés Santana, Roseli Martins e Ronei Jorge.

2OIS

2ois traz o conceito de expressar em suas letras e melodia, o dia-a-dia, problemas e situações de seres humanos normais de forma irreverente, engraçada e muito estranha.O projeto traz Leonardo Ramos, cantor, produtor, compositor, músico e arranhador nas guitarras, violões, programações e arranjos numa forma conceitual e ao mesmo tempo muito diferente de tudo que é apresentado no Brasil em dupla com General Sih, cantora compositora, musicista, finalista do programa "Astros" do SBT, no qual possui uma forma diferente e inovadora de cantar e compor.Juntos formaram o projeto "2ois" no qual criam um estilo totalmente próprio e diferente de tudo, misturando alegria e tristeza, situações curiosas, teatro e musicais.Vencedores do mês de Setembro do programa "Astros", 2ois vem mostrando a cada dia um novo estilo musical, um conceito que com certeza está agradando a todo tipo de público.

Alaíde Costa e Verônica Ferriani

Data: 12 de setembro, sábado,às19h -Livre - 80 minutos.Sala Adoniran Barbosa

Grátis (retirar os ingressos duas horas antes)

Alaíde Costa nasceu no Rio de Janeiro-RJ. Começou a cantar em programas infantis do radio: com 13 anos vencendo um concurso de melhor cantora jovem, promovido por Paulo Gracindo, no seu programa Seqüência G3, da Tupi, do Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, participou do Arraia Miúda, apresentado por Renato Murce, na Radio Nacional. A partir de 1952, passou a freqüentar os programas de calouros A Hora do Pato e Pescando Estrelas, este apresentado por Ary Barroso na Radio Clube do Brasil, pe1a qual foi contratada. Em 1957 gravou seu primeiro 78 rpm, pela Odeon, Tarde demais (Hélio Costa e Anita Andrade), que !he valeu o prêmio de Revelação do Ano. Ainda em 1957, lançou outro 78 rpm com Conselhos (Hamilton Costa e Richard Frano) e Domingo de amor (Fernando César), também na Odeon. Ouvindo-a, João Gilberto procurou atrai-la para o movimento musical que estava sendo formado, conseguindo que, em 1959, gravasse músicas da bossa nova no seu primeiro LP na RCA, Alaíde canta suavemente, onde foram incluídas Estrada branca (Tom Jobim e Vinícius de Morais), Lobo bobo (Carlos Lira e Ronaldo Bôscoli), grande sucesso, e Minha saudade (João Donato e João Gilberto). A partir de então, Alaíde Costa cantou e gravou inúmeros compositores da música popular brasileira numa carreira reconhecida e consolidada.Em setembro de 1997, José Miguel Wisnik convidou-a para participar do evento Rumos Musicais, do Instituto Cultural Itaú, de São Paulo. Como compositora, fez letra e musica de Afinal, e parcerias com Vinícius de Morais, Geraldo Vandré, Johnny Alf, Paulo Alberto Ventura e Hayblan.

VERÔNICA FERRIANI

Álbum produzido por BiD, em co-produção com a cantora, mixa compositores de diferentes estilos como Cassiano, João Donato, Assis Valente e Marcos Valle O rosto é de uma menina, mas a voz e a determinação com que canta comprovam bagagem e conhecimento de causa. Assim é Verônica Ferrani, uma das gratas surpresas da temporada paulista. Lança seu primeiro CD, Verônica Ferriani, quase todo gravado ao vivo, com os músicos tocando juntos para preservar a interação e a espontaneidade do projeto.Apesar de apenas cinco anos de carreira, Verônica, que é formada em arquitetura pela FAU/USP, tem pique de veterana. Estreou em 2004, como vocalista da banda do compositor Chico Saraiva, vencedor do Prêmio Visa (2003). A partir daí não parou mais. Gravou em discos de Lúcio Maia (Nação Zumbi) e Flávio Henrique, dividiu palcos com Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Élton Medeiros, Moacir Luz, Martinho da Vila, Tom Zé, Moska e Marcelo D2 e participou, mesmo sem disco solo, do Som Brasil (TV Globo, 2007), cantando a obra de Ivan Lins.Fez temporada no Traço de União, reduto do samba de raiz em Sampa, abrindo para artistas como Nélson Sargento, Riachão, Walter Alfaiate, Wilson MEoreira, Luiz Carlos da Vila e Billy Blanco, o que lhe valeu convite para uma temporada de dois anos no bar Carioca da Gema (Lapa), reduto do melhor samba carioca, e onde conheceu artistas de diferentes gerações do samba. Também faz parte da banda Gafieira São Paulo.

Fabiana Cozza e Mateus Sartori

13 de setembro,domingo, às 18h. Sala Adoniran Barbosa.Livre -80 minutos

Grátis (retirar ingressos duas horas antes)

FABIANA COZZA

Fabiana Cozza nasceu em São Paulo-SP. Começou sua carreira em 1996 no grupo vocal Novella, coordenado pela cantora Jane Duboc. Em 1998 fez parceria com Eduardo Gudin, onde se apresentou em shows ao lado de Ivan Lins, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Leila Pinheiro, Hermeto Paschoal e Chico César.Além de cantora, atriz. No teatro, Fabiana participou das montagens dos musicais Os Lusíadas (1999 - direção de Iacov Hillel), A Luta Secreta de Maria da Encarnação (2001 - escrito por Guarnieri). Também atuou em Rainha Quelé - Tributo a Clementina de Jesus, O Canto da Guerreira e Do Guarani ao Guaraná - 100 anos de Lamartine Babo, dirigidos por Heron Coelho., e "Aquarelas de Ary Barroso", dirigido por Sérgio Lima.Participou em 2004 do Projeto Barracão dos Sonhos, no Tom Brasil, onde cantou com o cantor Ivan Lins. Nesse mesmo ano aconteceu o lançamento do CD O Samba É Meu Dom. Com este álbum Fabiana foi indicada ao Prêmio Tim 2005 nas categorias "Melhor Cantora de Samba" e "Artista Revelação" e ao Prêmio Rival-Petrobrás.Seu segundo CD foi lançado em setembro de 2007. Quando O Céu Clarear teve boa repercussão de público e crítica. O repertório do disco, com 15 faixas, foi produzido pelo baixista Marcos Paiva e tem ritmos afro-brasileiros. Atualmente, Fabiana prepara o lançamento do seu primeiro DVD.

MATEUS SARTORI

A música entrou cedo em sua vida. Nascido em Franca (SP), já nos saraus familiares recebeu influência do avô, multi-instrumentista que, embora tendo outra profissão, tocava na noite. Aos 13 anos, Mateus ingressou no Coral da Universidade de Mogi das Cruzes, cidade para onde a família se mudara. Depois estudou canto erudito, canto popular e regência coral nas duas principais escolas de ensino musical da capital paulista, a Escola Municipal de Música do Estado de São Paulo e a Universidade Livre de Música Maestro Tom Jobim. Participou também de cursos e workshops com profissionais de sua admiração, como Guinga, Mônica Salmaso, Jane Duboc, Regina Lucatto, Clara Sandroni e Consiglia La Torre. Em maio de 2006, Mateus lançou o CD "Todos os cantos", distribuído em todo o Brasil, Estados Unidos e Japão, com participações especiais de Guinga, Renato Braz e Naylor Proveta. Logo depois ele participou do Festival Internacional de La Canción de Lãs Islas Canarias, na Espanha, em que obteve menção honrosa como Melhor Intérprete Internacional. Mateus Sartori já dividiu o palco com grandes nomes da música popular brasileira, entre eles Guinga, Ivan Lins, Toquinho, Guilherme Arantes, Flávio Venturini e Renato Braz.

Ataulfo Alves Junior e Anelis Assumpção

19 de setembro,sábado, às 19h. Sala Adoniran Barbosa. Livre. 80 min.

Grátis.  retirar ingressos duas horas antes

ATAULFO ALVES JUNIOR

Filho do grande cantor e compositor da MPB, Ataulpho Alves Junior começou a cantar com a irmã Matilde e um amigo de infância, Aluízio, no trio "Os Herdeiros do Samba", nome dado pelo seu pai, o Mestre Ataulfo Alves que ensaiava o trio juntamente com outro amigo, Jayme Florence (o Meira do violão). O Trio acabou e Ataulpho Alves Junior seguiu sozinho e apresentou-se pela primeira vez em 1963, na TV Record - São Paulo, no programa "Bossaudade" apresentado por sua madrinha musical, a divina Elizeth Cardoso. No dia 05 de agosto de 1965, seu pai passou o seu tradicional "lenço branco" para Ataulpho Alves Junior dizendo: "toma o lenço meu filho, e vai defender o que é nosso de geração a geração." Gravou inicialmente pela RCA Victor participando de inúmeros shows por todo o Brasil, destacando sua participação no Projeto Pixinguinha. O show foi considerado um dos melhores de 84, que até virou LP pela gravadora Eldorado, e hoje CD: "Leva meu samba (Elizeth Cardoso e Ataulpho Alves Junior cantando os clássicos do Mestre Ataulfo Alves, distribuído pela Sony Music).Ataulfo Alves Junior apresenta-se em todo o Brasil principalmente no eixo Rio - São Paulo.

ANELIS ASSUMPÇÃO

Compositora, percussionista e intérprete, atriz e apresentadora de TV, Anelis Assumpção convive desde sempre com a música, seja pelas participações em inúmeras apresentações ao lado da pai (o músico Itamar Assumpção, falecido em 12 de junho de 2003) ou como integrante da Banda DonaZica, forte referência da nova música paulistana atual. Participou do disco de Zélia Duncan, Pre Pos Tudo Bossa Band, fazendo vocais em Dor Elegante, poema de Paulo Leminski, musicado por Itamar Assumpção, e dividiu a faixa com Zélia em Milágrimas, parceria de Alice Ruiz e Itamar.

Em 2005, participou da trilha sonora do espetáculo Milágrimas, de Ivaldo Bertazzo, a convite do músico Benjamin Taubkin e do violonista Arthur Nestrovisk. Em 2001, Anelis Assumpção gravou, ao lado de Hermeto Pascoal e Itamar Assumpção, a leitura dos artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que integrou o espetáculo O Banquete dos Mendigos, ação promovida pelo Itaú Cultural e ONU - Organização das Nações Unidas.

Zezé Mota e Graziela Medori

20 de setembro,dom., às 18h.Livre.80 min. Sala Adoniran Barbosa

Grátis (retirar ingressos com duas horas de antecedência)

Zezé Motta

Cantora e atriz de talento inegável a carioca Zezé Motta iniciou a carreira artística estrelando a peça Roda-viva, em 1967, de Chico Buarque. Depois atuou em diversos outros espetáculos com destaque para Orfeu Negro, em 1974. Já como cantora despontou em 1971 em casas noturnas paulistas. Entre 1975 e 1979 lançou três Lps e na década seguinte gravou mais três álbuns. No cinema participou de inúmeros longas-metragens como Vai trabalhar vagabundo, de 1973 e Tieta do Agreste, em 1976. Seu maior sucesso cinematográfico foi Xica da Silva, que a consagrou internacionalmente. Na televisão, participou também das telenovelas Corpo a corpo, A próxima vítima, Porto dos Milagres, Renascer, Xica da Silva, entre outras e nas minisséries Memorial de Maria Moura e Chiquinha Gonzaga. É considerada uma das mais importantes atrizes negras do Brasil. Atualmente acabou de fazer a novela Luz do Sol, na Rede Record e se prepara para seu retorno a Rede Globo como a avó negra de Daisy, Maria Perpétua, em Malhação, no início de dezembro.

GRAZIELA MEDORI

Graziela Medori inicou encenando peças de teatro ainda no período escolar. Montou um grupo de meninas com 13 anos, chamado "New Girls" que foi apadrinhado por Cláudio Fontana. Mais tarde com 16 anos, gravou ao lado de sua mãe, a cantora Claudya uma participação especial para a Baby Brink numa campanha para o dia das mães, ao lado de Vanusa e Rafael Vanucci. Montou uma banda de Pop Rock de 2002 para 2003 e com esta banda apresentou-se no navio Blue Dream durante uma semana. Atualmente vem desenvolvendo um trabalho em disco, produzido por Claudya e seu pai o músico Chico Medori, com músicas autorais brasileiras com diversificação de ritmos e regravações de grandes compositores. Participou de vários programas e de rádio. Graziela Medori se apresenta em diversos espços culturais em apresentações solo e dividindo o palco com o seu pai o cantor Chico Medori.

 

O repertório é o mesmo para todos os artistas:   

 

PROGRAMA

 

Cadência do samba

Mulata assanhada

Errei sim

Meus tempos de criança

Leva meu samba

Laranja madura

Pois é

Que saudade da Amélia

Vai, mas vai mesmo

Lagoa serena

Você passa e eu acho graça

Atire a primeira pedra

Sei que é covardia

Cabe na palma da mão

Solitário

Errei erramos

 

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