Secretaria de Cultura de SP/SP abre inscrições para novos editais de cinema

A Secretaria de Cultura abre a partir do dia 24 de março as inscrições para quatro editais de cinema: História dos Bairros de São Paulo, Crônicas da Cidade, Filmes de Curta-Metragem e Filmes de Longa-metragem.

Quatro editais da Secretaria Municipal de Cultura estão com as inscrições abertas a partir de 24 de março. A série que registra os bairros de São Paulo chega a sua 5ª edição, contemplando as seguintes regiões: Cangaíba, Cidade Ademar, Ipiranga, Jardim Ângela, Vila Guilherme, Vila Formosa, São Mateus, Lajeado, Tremembé, Campo Limpo, Cidade Dutra, Limão, Sapopemba, Vila Curuçá, Ponte Rasa e Arthur Alvim. Os filmes devem ter duração de 26 minutos. Para este edital, estão reservados R$ 900 mil, sendo, no máximo, R$ 100 mil para cada produção.
O Concurso de Copatrocínio à Produção de Documentários – Crônicas da Cidade irá selecionar 10 propostas de documentários tendo São Paulo como tema e locação. Entre os pré-requisitos para aprovação da proposta está abordagem de um tema característico da cidade: local, logradouro, estabelecimento, evento, personagem, etc.; filmagem e produção na cidade de São Paulo; ter até no máximo 5 (cinco) minutos de duração e ser captado em câmera digital. Para este edital estão reservados R$ 300 mil, sendo que cada projeto poderá receber, no máximo, R$ 30 mil.
Também recebe inscrições o Concurso de Copatrocínio à Produção de Filmes de Curta-metragem. Serão selecionados dez projetos, que deverão ter, necessariamente, cenas externas na cidade de São Paulo (mínimo de 50% de todas as cenas externas do filme); no máximo 15 minutos de duração; captação em digital ou em 16/35mm e cópia final em formato Betacam Analógica. Serão destinados para este edital R$ 800 mil, sendo que cada projeto receberá, no máximo, R$ 80 mil.
Para produção de filmes em longa-metragem, os pré-requisitos são: conter cenas externas na cidade de São Paulo (mínimo de 50% de todas as cenas externas do filme); ter até no mínimo 75 (setenta e cinco) minutos de duração; ser captado em digital ou em 16/35mm e ter cópia final em 35mm. Serão aplicados neste edital R$ 4,5 milhões.
Os projetos deverão ser entregues pessoalmente ao Escritório de Cinema de São Paulo (Ecine), situado na Avenida São João, 473, 7º andar. O escritório funciona de segunda a sexta-feira das 10h às 12h e das 14h às 17h.
Confira os editais completos

A Falsa Democracia Cultural

image O artigo de Odilon Wagner (Apresentado em Cultura e Mercado) é lúcido por nos fazer notar o embrião de como estamos sendo manipulados ate mesmo com o uso de algumas verdades como o adensamento de projetos na região sudeste (verdade), mas que traduz a quantidade esmagadora de artistas de todas as regiões que buscam seu lugar ao sol no cenário nacional e se deslocam para o Sudeste do Brasil, se alguém acha isso indevido não deve atacar as leis de incentivo e os programas de fomento ou qualquer iniciativa que não tente fingir ser democráticas (fazendo uma divisão por estado das verbas ou vagas) quando na verdade não trata todos de modo igual e sim os regionaliza de modo equivocado, pois tais regionalismos não atendem a realidade da distribuição populacional... Se as preocupação fosse seria deveriam atacar outras leis; como aquela que fala que artistas de teatro e cinema para ser considerados profissionais são obrigados a abandonarem os locais onde moram e já atuam e se dirigirem aos grandes centros, principalmente na região sudeste onde conseguem obter ou comprarem os carimbos que os considera profissionais; carimbo estes que às vezes são provisórios (ou seja, provisoriamente alguém é considerado profissional depois de pagar uma taxa e um ano depois se desejar ser considerado novamente profissional paga outra taxa ou segue outros ritos da alegada profissionalização) um verdadeiro escândalo, mas por atender certos cartórios culturais ligados a políticos ninguém comenta ou combate tais desvios.

Sem duvida alguma há algo atrás dos ataques constantes a Lei Rouanet... Aqui e ali vemos políticos querendo intervir nas leis de incentivo fiscal (exemplo parte da bancada evangélica de certos clubinhos de políticos querendo os recursos da cultura para seus pastores, fato este muito combatido pelo setor cultural)...

Mas sejamos realistas há sim uma concentração de projetos em certas regiões do Brasil, mas tal acompanha o percentual populacional de tais regiões e poucos se dão conta deste fato. Tomemos por exemplo a região sudeste que atraiu e atraem artistas de todo o Brasil para seus Teatros, empresas de TVs, galerias, museus, teatros de danças, empresas produtores, publico que prestigiam eventos... Verbas estaduais mais elevadas... Mas nada disso é dito ou avaliado por imperar o conceito pseudo democrático da divisão das verbas pelo numero de Estados que muitos desejam... Mas vejamos os resultados práticos disso: Alguns concursos nacionais que disponibilizam a mesma quantidade numérica de verbas (dividida igualmente entre os vários estados) para setores artísticos abrem inscrições e para digamos 10 vagas para cada estado e vemos na região sudeste mais de 600 inscrições concorrendo a 10 vagas , da região norte umas 2 inscrições para 10 vagas (há um remanejamento de verbas ou as verbas que seriam dedicadas a 8 vagas não são pagas e os recursos direcionados a outras coisas ou indivíduos), ou ... Ou seja, a crueldade que esta dita e aparente democracia gera para as artes e cultura é inadmissível e poderia gerar até os desvios das poucas verbas que possuímos para outras atividades, setores ou interesses.

O Brasil é grande e possui projetos, artistas e enfoques culturais fantásticos e detentores de qualidade em todas as regiões, mas a quantidade em cada região é proporcional a densidade populacional... ou seja, se um projeto é de qualidade ele será superior a outro independente da região na qual seja proposto e não há necessidade de protecionismos tolos como alguns pretendem , pois tais imbecis protecionismos gerar anormalidades nas quais o publico consumidor dos projetos culturais fiquem ainda mais desassistidos do que se encontram, quase sendo castigados por viverem em locais onde haja adensamentos populacionais. Isso não atende a democracia, atende sim interesses poliqueiros outros.

Wellington R Costa

Arrigo Barnabé "CAIXA DE ÓDIO" o universo de Lupicínio Rodrigues

Casa de Francisca

Mais informações

ARRIGO BARNABÉ
“Caixa de ódio” - o universo de Lupicínio Rodrigues
com Paulo Braga e Sergio Espíndola
Domingo_ [27/03] 21hs_ R$53
“Não acredito em nada que não tenha angústia, isso talvez é o que mais me atrai nas canções de Lupicínio, e também a raiva, gosto muito de trabalhar com a raiva, a revolta. Nele tudo é verdadeiro, e raiva e angústia é meio difícil fingir. Por essa observação penetrante do ser humano nas situações limites da dor amorosa, por esse humor que permeia as canções, um humor voltado para a ironia e o sarcasmo, por tudo isso estava atravessada a vontade de cantar Lupicínio”.
@Arrigo Barnabé
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Rua José Maria Lisboa 190, Jardim Paulista - São Paulo / SP
travessa da Brigadeiro Luís Antônio T 11 3052 0547_
RESERVAS SOMENTE ATRAVÉS DO SITE www.casadefrancisca.art.br
Não é servido durante as apresentações!

TERCEIRA VIA PARA O DIREITO AUTORAL

O debate sobre a reforma da Lei de Direitos Autorais tem cada vez mais se polarizado entre os que defendem a manutenção do sistema atual e aqueles que querem flexibilizar radicalmente as regras. Posições extremas que levam a um impasse incontornável e perigoso.

Nenhum desses pontos de vista nos parecem equilibrados ou conscientes dos problemas, desafios e possibilidades gerados pela nova ordem digital. Uma proposta conciliadora deverá preservar fundamentos conquistados durante anos de trabalho da classe autoral e também incluir a nova cultura de acesso e consumo de bens culturais. O futuro não deve aniquilar o passado. O passado não pode evitar a chegada do futuro.

A grande questão a ser respondida, como propôs o diretor geral da OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), Francis Gurry, é: Como a sociedade pode tornar as obras culturais disponíveis para o maior público possível, a preços acessíveis e, ao mesmo tempo, assegurar uma existência econômica digna aos criadores e intérpretes e aos parceiros de negócios que os ajudam a navegar no sistema econômico? Uma resposta adequada virá de “ uma combinação de leis, infraestrutura, mudança cultural, colaboração institucional e melhores modelos de negócio”, ou seja, será fruto de um pacto entre diversos setores da sociedade.

Diante deste cenário, propomos uma Terceira Via para o debate sobre Direitos Autorais que agrega ideias e expande a abordagem. Entre nossas demandas destacam-se:

1. Defesa do Direito Autoral
Entendemos ser fundamental a preservação do direito autoral – inclusive no ambiente digital. É urgente a criação de mecanismos para remuneração do autor na Internet com o estudo de novas possibilidades de arrecadação no meio digital. Nesse sentido, a meta é uma política que, sem criminalizar o usuário, garanta a remuneração dos criadores e seus parceiros de negócios. Defendemos igualmente maior rigor com rádios e TVs inadimplentes.

2. Associações de Titulares de Direitos Autorais democráticas e representativas
As Associações precisam aprimorar seus mecanismos de decisão, envolver todos os autores e titulares em um ambiente democrático para garantir sua legitimidade mediante representação real e efetiva. Através do uso da tecnologia, as Associações devem modernizar a comunicação com autores e titulares, mostrar transparência, simplicidade e eficiência.

3. Aprimoramento Tecnológico e Transparência do ECAD
Defendemos o fortalecimento e a evolução do ECAD através da modernização e informatização total do sistema de gestão coletiva tanto no mundo real quanto digital. É fundamental a simplificação dos critérios de arrecadação e distribuição com transparência total.

4. Criação de um Órgão Autônomo de Regulação do ECAD
Criação de um órgão – cuja composição precisa ser cuidadosamente estudada – que promova a mediação de interesses, a transparência na gestão coletiva, além da fiscalização e regulação do sistema de arrecadação e distribuição de Direitos Autorais no Brasil.

5. Um ente governamental de alto nível dedicado à Música
A Música precisa ser entendida como força econômica importantíssima – inclusive para exportação da imagem e dos valores de nosso país – que, por se encontrar dispersa, requer aglutinação. A criação de uma “Secretaria da Música”, ligada ao Ministério da Cultura, é essencial para que o governo tenha um ponto de contato com o setor em sua totalidade. Este órgão precisa de poder decisório e capacidade de articulação para agir tanto como ponto focal para que o setor se organize ao seu redor quanto ser o interlocutor dentro do próprio governo, pela transversalidade inerente ao campo de atuação da Música.

Diante da relevância do tema para as políticas culturais do país e do mundo, pelo potencial de geração de riquezas, pela sua importância simbólica, cultural, política e social, pedimos que a reforma do sistema de direitos autorais e a criação da Secretaria da Música sejam entendidas como prioridades para o Estado brasileiro.

Colocamo-nos à disposição do Ministério da Cultura para um dialogo aberto e equilibrado. Temos certeza que juntos podemos construir o mais avançado, moderno e transparente sistema de Direitos Autorais do planeta, e aprimorar nossa Música – cultural e economicamente – através de politicas democráticas.

NOTA: Gostaríamos de registrar nosso repudio a todo e qualquer debate ofensivo e desrespeitoso. Apoiamos, acima de tudo, a troca de ideias inteligente e equilibrada.

Assinam esta Carta: ABMI, Alberto Rosenblit, Alessandra Leão, Alice Ruiz, Alvaro Socci, Ana Carolina, André Abujamra, Antonio Pinto, Antonio Vileroy, Bárbara Eugênia, Barbara Mendes, Béko Santanegra, Benjamim Taubkin, Bernardo Lobo, Blubell, Braulio Tavares, Bruno Morais, Cacá Machado, Cacala Carvalho, Carlinhos Antunes, Carlos Café, Carlos Careqa, Carlos de Andrade, Carlos Mills, Carol Ribeiro, Celia Vaz, César Lacerda, Charles Gavin, Chico Chagas, Clarice Grova, Claudio Lins, Claudio Valente, Cooperativa Cultural Brasileira, Cris Delanno, Cristina Saraiva, Dado Villa-Lobos, Daisy Cordeiro, Dalmo Medeiros, Daniel Campello Queiroz, Daniel Ganjaman, Daniel Gonzaga, Daniel Musy, Daniel Takara, Daniel Taubkin, Daniela Colla, David Mcloughlin, Dé Palmeira, Deborah Cheyne, Dengue (Nação Zumbi), Denilson Santos, Dudu Falcão, Dudu Tsuda, Dulce Quental, Eduardo Araújo, Eduardo Souto Neto, Érico Theobaldo, Estrela Leminski, Evandro Mesquita, Fábio Calazans, Fabio Góes, Felipe Radicetti, Fernanda Abreu, Flavio Henrique, Fórum Nacional da Música, Francis Hime, Geovanni Andrade, Glad Azevedo, Guilherme Kastrup, Guilherme Rondon, Gustavo Ruiz, Hamilton de Holanda, Helio Flanders, Iuri Cunha, Ivan Lins, Ivetty Souza, Jair Oliveira, Jair Rodrigues, Jay Vaquer, James Lima, Jesus Sanches, João Paulo Mendonça, João Sabiá, Jonas Sá, Jorge Vercilo, José Lourenço, Juca Filho, Juliana Perdigão, Juliano Polimeno, Kleiton Ramil, Kristoff Silva, Lea Freire, Leo Cavalcanti, Leo Jaime, Leoni, Luca Raele, Lucas Santtana, Luciana Fregolente, Luciana Mello, Luciana Pegorer, Luísa Maita, Luiz Brasil, Luiz Ayrão, Luiz Chagas, Lula Barbosa, Lydio Roberto, Maestro Billy, Makely Ka, Marcelo Cabral, Marcelo Callado, Marcelo Lima, Marcelo Martins, Marcio Lomiranda, Marcio Pereira, Marco Vasconcellos, Marcos Quinam, Marianna Leporace, Marilia de Lima, Mario Gil, Mauricio Gaetani, Mauricio Tagliari, Max Viana, Michel Freideison, Miltinho (MPB4), Moska, Mu Carvalho, Ná Ozzetti, Nei Lisboa, Nico Rezende, Nina Becker, Olivia Hime, Paulo Lepetit, Pedro Luis, Pedro Milman, Pena Schmidt, Pepeu Gomes, Pierre Aderne, Pio Lobato, Plinio Profeta, Reinaldo Arias, Reynaldo Bessa, Rica Amabis, Ricardo Ottoboni, Ritchie, Roberto Frejat, Rodolpho Rebuzzi, Rodrigo Santos, Romulo Fróes, Sergio Serraceni, Silvio Pellacani Jr (Tratore), Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro, Socorro Lira, Swami Jr., Tatá Aeroplano, Tejo Damasceno, Téo Ruiz, Thalma de Freitas, Thiago Cury, Thiago Pethit, Thedy Corrêa, Tico Santa Cruz, Tim Rescala, Tulipa Ruiz, Veronica Sabino, Zé Renato, Zélia Duncan.

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