MinC recebe de representantes do setor musical proposta inovadora

MinC recebe de representantes do setor musical proposta inovadora


"Parabéns pela iniciativa, pois esse é o momento em que a economia do setor musical está em processo de reformulação." Estas foram as palavras de incentivo do ministro da Cultura interino, Alfredo Manevy, para o vice-presidente da Associação Brasileira de Festivais Independentes de Música (Abrafim), Pablo Capilé, e outros representantes da área, na tarde desta quinta-feira, 16 de julho, em Brasília.

Eles estiveram no Ministério da Cultura para apresentar a ideia de implementação da Rede Música Brasil, movimento que pretende reunir todas as entidades representativas dos diversos segmentos musicais no país. No âmbito desse processo de diálogo para a criação dessa organização também está sendo fomentado o discurso a ser apresentado pelo setor na II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), que será realizada no próximo ano, em Brasília.

"Nos últimos quatro anos, o segmento musical se organizou de uma forma impressionante. Houve muitos avanços na área, alguns nichos eliminaram vários gargalos. Precisamos aproveitar esse  momento e avançar no sentido de que a Rede Música Brasil funcione como esse grande guarda-chuva que proteja os diversos atores e os una em torno de uma agenda comum. E para isso é muito importante o reconhecimento, o apoio e a chancela do Ministério da Cultura. Por isso precisamos avançar muito nos próximos seis meses, precisamos definir processos, atores, temas e agendas", enfatizou Capilé.

Alfredo Manevy ouviu a proposta e ressaltou que é importante a construção dessa rede para que o segmento ganhe legitimidade. "Essa é uma área marcada pela fragmentação de nichos, de estilos e posicionamentos, portanto, essa proposta é bem vinda para que ganhe corpo, voz e suas reivindicações possam ser colocadas na Conferência."

Salientou, no entanto, que a proposta não pode ganhar um caratér puramente político, precisa agregar e ser criativo. Para o secretário executivo do MinC, a politização exacerbada da iniciativa pode esvaziá-la e assim todo o esforço se constituiria em tempo perdido, pois os erros cometidos no passado estariam se repetindo. "Não pode haver a politização no mau sentido, e sim no bom que é agregar vozes dissonantes em um discurso forte e comum", explicou.

Também participou da audiência o secretário de Políticas Cultura do MinC, José Luiz Herencia. Os idealizadores da Rede Música Brasil foram orientados a avançar com o projeto e sistematizá-lo em um documento para que possa ser apreciado e análisado pelos setores competentes dentro do ministério.
 
Fonte Minc/ Duo

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