Número de casas não acompanha crescimento de peças de teatro

Reportagem do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (14/5) mostra como o crescimento exponencial de peças tem criado gargalos em salas de teatro no Brasil.

Segundo produtores e donos de casas de espetáculos, o aquecimento fomentado por editais públicos e leis de dedução fiscal tem contribuído para o aumento da quantidade de peças, musicais ou não, gerando um gargalo no setor nos últimos anos. Apesar do crescimento ser um dado positivo para o setor cultural do país, falta espaço para dar vazão a essa programação.

As filas enfrentadas pelas produções para conseguir horários ultrapassam os seis meses de espera. Segundo a reportagem, são comuns os casos de peças que já encerraram a fase de captação de recursos, mas não iniciam o período de ensaios porque não têm onde estrear.

Não existe uma pesquisa que quantifique o crescimento no número de espetáculos teatrais em São Paulo. Mas foi essa percepção que influenciou, por exemplo, a decisão da GEO Eventos de locar o teatro instalado no complexo cultural Tomie Ohtake, onde está em cartaz a peça “Vermelho”, com Antônio Fagundes. Pelo contrato, a GEO adquire direito de comercialização do espaço.

Segundo o diretor da empresa, Leonardo Ganem, o gargalo atinge a própria empresa, que teve problemas para estrear o musical “Priscilla – A Rainha do Deserto”. “O único espaço aqui de São Paulo com condições técnicas para receber o espetáculo era o Teatro Bradesco. No Rio, não estamos encontrando espaço”, diz Ganem.

Outro problema é que, por conta da falta de teatros, os musicais que têm estreado em São Paulo não conseguem fazer ensaios nas salas onde vão estrear. “Priscilla”, por exemplo, foi inteiramente concebido em uma sala do complexo cultural Tomie Ohtake. E Marisa Orth e Daniel Boaventura ensaiaram “A Família Addams” em uma sala do Colégio Salesiano Liceu Coração de Jesus.

A íntegra da matéria está dispónível aqui.

*Com informações do jornal Valor Econômico e Cultura&Mercado

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