Cia Druw recria universo infantil de Tarsila do Amaral

 

no espetáculo de dança “VILA TARSILA”

 

"Minha força vem da lembrança da infância na fazenda, de correr e subir em árvores. E das histórias fantásticas que as empregadas negras me contavam." (Tarsila do Amaral)

Dia 29 de maio de 2010 estreia, com entrada franca, no Centro Cultural São Paulo – CCSP – o espetáculo de dança infanto-juvenil da Cia Druw VILA TARSILA, dirigido por Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito. Em um roteiro que valoriza o lúdico, “Vila Tarsila” joga luzes nas memórias de infância de Tarsila do Amaral, e remonta sua trajetória criativa, desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística.

Vila Tarsila net “Vila Tarsila” tem o apoio da 6ª edição da Lei do Fomento à Dança do Município de São Paulo e transporta o espectador ao mundo antropofágico da artista, demonstrando que sua obra nasceu das experiências visuais das inúmeras viagens realizadas e das brincadeiras que recheavam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, interior de São Paulo, onde podia correr livremente entre pedras, árvores, cactus e brincar com bonecas feitas de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais.  Certamente, o ápice desse aprendizado foi o “Manifesto Antropológico”, criado em parceria com Oswald de Andrade em 1928 e que propunha a “devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produtor de exportação”

Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito buscaram referências em algumas telas da pintora modernista para inspirar os seis bailarinos/intérpretes-criadores e a atriz Luciana Paes, que estarão em cena. Pinturas como O Abaporu, A Negra, Sol Poente, O Lago, A Lua, Manacá, A Cuca, O Sapo, O Ovo ou Urutu e A Floresta trouxeram elementos visuais fundamentais para munir a dança contemporânea pesquisada há anos pela Cia. Druw.  O cenário e o figurino de Marco Lima é a materialização dessas ideias e procura trazer a própria visão de Tarsila, retratando a década de 1920. A trilha sonora original de Natália Mallo, além de suas próprias criações, foi inspirada na obra de Villa-Lobos.

Para complementar a investigação artística iniciada em agosto de 2009, Druwe e Quito tomaram como suporte o livro Tarsila do Amaral - A Modernista, de Nádia Battella Gotlib, e a exposição Tarsila - A Viajante, que teve curadoria de Regina Teixeira, realizada na Pinacoteca do Estado. Dessas duas incursões persecutórias, Druwe e Quito descortinam os bastidores do movimento modernista, a vida cotidiana de Tarsila, seu processo criativo e sua relação com a arte.

Druwe considera cada quadro da artista “como se fosse uma ‘vila Tarsiliana’ por onde se passeia, com ponte, lago, povoado... Cada obra é um passeio artístico!”. Um dos pontos que mais interessou à dupla de criadoras foi a faceta viajante de Tarsila, que a cada viagem empreendida registrava seus caminhos em forma de desenhos. Daí foram criados os proto-humanos, criaturas da natureza recorrentes na obra de Tarsila, presentes no universo mágico de quase todas suas telas. Nem humanos, nem animais, mas seres mágicos.

Cia Druw

Miriam Druwe, bailarina e coreógrafa da Cia. Druw, tem uma trajetória ímpar na dança brasileira. Participou de importantes companhias como Balé da Cidade de SP e Cisne Negro e trabalhou com profissionais importantes como Luis Arrieta, Ana Mondini, Vitor Navarro, Gisela Rocha, Vasco Wellemcamp, Gigi Caciulenou, Phillip Tallard, Sandro Borelli, Ismael Guiser, Yoko Okada, Sacha Svertlof, Jane Blaut, Yellê, Penha de Souza, Isabel Marques.

Premiada pela APCA como melhor bailarina em 1993, Druwe trabalhou em diversos projetos e espetáculos com companhias e instituições como a Cia Nau de Ícaros, Escola Livre de Dança de Santo André, Cefac (Centro de Fomação em Artes Circences), Centro Cultural São Paulo, Sesc´s, Galpão do Circo e Festivais de Dança no Brasil.

A Cia. Druw, em Lúdico (2008), espetáculo anterior de dança infanto-juvenil inspirado nas obras do pintor russo Wassily Kandinsky, recebeu diversas críticas positivas e obteve sucesso junto ao público, percorrendo vários teatros da capital e interior, sempre com casa cheia.  Lúdico trata de forma poética um passeio pelo universo da criação de uma obra de arte.

Em 2007, Miriam Druwe coreografou o espetáculo De um Lugar para o Outro da Cia Cênica Nau de Ícaros, com direção de José Possi Neto. O espetáculo, considerado uma “festa brasileira”, misturava circo, dança e teatro.

Ficha Técnica

Direção Geral: Miriam Druwe

Roteiro e Direção Cênica: Cristiane Paoli Quito

Concepção: Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito

Cenário e figurino: Marco Lima

Desenho de luz: Marisa Bentivegna

Trilha sonora: Natália Mallo

Interpretes criadores - Adriana Guidotte, Bruno Rudolf, Tatiana Guimarães, Rodrigo Vieira, Miriam Druwe, Weidy Barbosa e a atriz Luciana Paes.

Estagiária: Bruna Petito

Gestão Cultural: Doble Cultura + Social

Serviço

CCSP – Centro Cultural São Paulo

Rua Vergueiro, 1000 – sala Jardel Filho – São Paulo, SP.

Fone: (11) 3397.4002

Lotação: 324 lugares

Duração: 60 minutos

Temporada:   29 e 30 de Maio de 2010, às 15h

03, 04, 05 e 06 de Junho às 15h

Recomendação: 5 anos

Entrada Franca: retirar ingresso 1 hora antes

Informações para a imprensa

Canal Aberto Assessoria de Imprensa

Márcia Marques

011 3798 9510 // 2914 0770 // 9126 0425

www.canalaberto.com.br

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