Museu da Voz 20 anos

O Museu da Voz comemora 20 anos

 

Foto do momento da inauguração do Museu da Voz: da esquerda para direita: Graciette (mulher de José Antonio da Silva, José Antonio da Silva (artista plástico), Leônidas da Silva, Carlito Maia (de paletó atrás de Leônidas), Jorge Narciso Caleiro Filho, Padre Godinho (falando), Julio do Amaral Oliveira (Julinho Boas Maneiras, ao fundo entre Padre Godinho e Tico-Tico), Tico-Tico, Rachel Manna de Moraes, Albertina (mulher de Leônidas e Luiz Ernesto Kawall)

 

No próximo sábado, dia 26 de setembro, haverá uma comemoração especial na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto, é os 20 anos do Museu da Voz, a Barraca foi inaugurada na Feira de Artes da Praça em junho de 1989. Os fundadores são o Administrador de Empresas Jorge Narciso Caleiro Filho e o jornalista Luiz Ernesto Kawall. Na inauguração em 1989, estiverem presentes alguns amigos e personalidades como o jogador de futebol Leônidas da Silva e sua companheira Albertina, o publicitário Carlito Maia, Padre Godinho, o radialista Tico-Tico, o artista plástico José Antonio da Silva e sua esposa Graciette, Julio Amaral de Oliveira (o "Julinho Boas maneiras"), a artista plástica e pioneira da Feira Rachel Manna de Moraes e o presidente da Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto, o Lobo. O Jorge cuida da Banca na Feira e o Kawall criou a Vozoteca LEK, um acervo que reúne mais 4.000 vozes e funciona em seu apartamento na Praça. A comemoração começa às 11h na Barraca do Museu da Voz e no Espaço Plínio Marcos a partir das 14h. Também haverá uma intervenção do artista Kobra e sua equipe Studio Kobra, eles estarão finalizando o painel/muro da Associação, na Praça, nº 112. Criado pelo cartunista Paulo Caruso, o painel no muro traz uma caricatura do pintor Benedito Calixto numa cena na Feira e será completado com a caricatura de algumas personalidades que tem uma história relacionada com a Feira.

 

20 anos do Museu da Voz na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto

Dia 26 de setembro, sábado, a partir das 11h.

Barraca do Museu da Voz (em frente ao Restaurante São Benedito).

Informações: Luiz Ernesto Kawall – 3062 0015  e Jorge Narciso Caleiro Filho – 5181 2259

Realização: Museu da Voz, Vozoteca LEK, AAPBC e O Autor na Praça.

Apoio: Jornal da Praça, TV da PRAÇA,

 

Sobre O Museu da Voz - é uma das barracas pioneiras da Feira de Artesanato, Lazer e Cultura da Praça Benedito Calixto, realizada, aos sábados. Foi inaugurada em junho de 1989, pelo administrador de empresas Jorge Narciso Caleiro Filho e o jornalista Luiz Ernesto Kawall. O Museu da Voz é especializado em Música Popular Brasileira e vozes célebres de personalidades. Paralelamente o Luiz Ernesto Kawall constituiu a Vozoteca Lek. No acervo com mais de 4.000 vozes, encontra-se depoimentos do pai da aviação Santos Dumont, do ex-presidente Juscelino Kubitschek, a poetisa Cora Coralina, o inventor americano Thomas Edison, a primeira-ministra indiana Indira Gandhi e uma pérola: a atriz Marlene Dietrich cantando "Luar do Sertão", de Catullo da Paixão, em português, numa gravação de 1946, no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro. A Vozoteca LEK pode ser visitada, mas é necessário agendar pelo Tel. 3062 0015, com o próprio Kawall. Saiba mais e ouça algumas das raridades.

 

Trechos de duas crônicas de Carlito Maia sobre a inauguração do Museu da Voz, publicada em junho de 1989 e sobre Leônidas, publicada em outubro de 1983:

 

Velho amigo & Neta nova (Junho 1989)

 

"Faz 70 anos hoje – e o conheci com menos de 30! – o príncipe de nascença Júlio Amaral de Oliveira, o "Julinho Boas Maneiras" falado (e respeitado). Trata-se da pessoa mais fina da cidade. E mora em Pinheiros. Meu companheiro (ideal) de boêmia – quando só havia voluntários na noite. Hoje, boêmio tem carro com motorista-segurança e paga as contas com o cartão de crédito. São os que não ligam o nome à pessoa.

 

Além de o maior boêmio de Poluicéia Desvirada, Julinho deita e rola em três campos: ciganos, ópera e circo, tendo doado seu rico acervo ao MIS. Adoro o Julinho e choro com ele a falta de Lígia, sua doce companheira de anos e anos.

 

Viva o Júlio, com quem estive domingo passado, quando foi inaugurado o Museu da Voz (barraca 63 da Feira da Benedito Calixto). Parecia mais moço do que eu, além de muito mais elegante e charmoso. Lá estava também o maior craque de todos os tempos, isto é, dos tempos em que havia futebol, Leônidas da Silva, o "Diamante Negro". Léo, meu ídolo, está enxutésimo, que inveja" Outra presença: padre Godinho, em ótima forma. E até o veterano repórter de tevê, "Tico-Tico". Coroa tinindo nos cascos. Não envelhecem, continuam meninos. Mas eu voltarei a falar aqui do Museu da Voz, bela iniciativa do Luiz Ernesto Kawall, escoteiro sempre alerta, e do Jorge Narciso Caleiro Filho. Pinheiros é um bairro inteligente. (...)

 

Diamante Negro (outubro de 1983)

 

(...) "Outro dia o Leônidas fez 70 anos, idade linda, e quem soube disso? Nem eu sabia, confesso. Não fosse o Luiz Ernesto Machado Kawall me acordar manhã dessas com a notícia e com o apelo: "Faz um pouco de justiça aí pro Leônidas, ele não pode ser esquecido por ninguém, logo o Diamante Negro!" Pois esse genial herói popular foi funcionário público por muitos anos, não sei se o governo sabe disso. E se o São Paulo F.C. está dando alguma cobertura a ele, também ignoro. Enfim, governo e clube que se mexam. Ô Luiz Ernesto: você não sabe que é sempre assim? A laranja passa pela centrífuga, extrai-se o suco e joga-se fora o bagaço, coisas da vida... Eu acho tudo isso uma tremenda duma sacanagem, mas fazer o quê? O máximo que posso fazer é isto: Leônidas da Silva foi simplesmente o maior de todos os centroavantes em todos os tempos. Meninos, eu vi! E é uma pena que, por causa da tevê, vocês não possam entender o que eu digo.

 

(As crônicas foram publicadas na imprensa da época e no livro "Vale o Escrito" de Carlito Mais)

 

 

Nenhum comentário: