Dança/Teatro - Gratis - Mariana Muniz estreia Nucleares, no CCSP

 

Nucleares, de Mariana Muniz, estreia em temporada gratuita no CCSP

Espetáculo baseado em estudo do artista Helio Oiticica

De 9 a 13 de Setembro

 

 

                                                               Foto por Cláudio Gimenez                                                                      

 

Estreia dia 09 de setembro, às 21h, no Centro Cultural São Paulo, em temporada gratuita, o novo espetáculo concebido pela atriz e bailarina Mariana Muniz: NUCLEARES. O projeto é inspirado no trabalho Núcleos, do artista plástico tropicalista Hélio Oiticica. Na obra original, os núcleos consistem em estruturas de placas de madeira que pendem soltas, geralmente pintadas com cores quentes – laranja, amarelo, vermelho. Estas se prendem a um teto ripado, em posições marcadas e numeradas, como uma planta. Trata-se de uma construção arquitetônica, de diversos níveis. Labirínticos, os núcleos, são cavidades ambíguas, cabines que permitem a visão da obra no espaço e no tempo.

 Nucleares é um projeto de dança contemporânea que aborda, através do movimento e da palavra, questões fundamentais da existência humana. Nessa concepção, a trilha sonora inova na utilização da guitarra de Jimy Hendrix sobreposta a trechos dos textos de H.O., gravados na voz de Mariana Muniz. Aspectos inerentes ao ser humano, como o auto-questionamento, são tratados de forma bastante clara, tais como o medo e a necessidade de correr riscos ou de estar só, no meio da multidão. O rock , segundo o artista plástico Hélio Oiticica, foi a descoberta do corpo, já que é um tipo de música que se dança sozinho e da forma que se desejar.

O samba também foi inserido na trilha e, ainda de acordo com HO, é um ritmo que, diferente do rock, que dispensa apresentações, necessita de certa iniciação para ser corretamente compreendido e praticado, devido a sua influência religiosa. O espetáculo pode ser lido, ainda, como um retrato do homem moderno, vivendo em constante movimento, sofrendo com suas  limitações e tratando com descaso os demais, enquanto, paradoxalmente, precisa confiar no outro, o que gera um estado de co-dependência contínua.  

De acordo com Tânia Marcondes, figurinista do projeto, os textos falados, que revivem a fala de Hélio Oiticica, são reverberados pelos movimentos do grupo, não no sentido de redundá-los, mas atualizandos-os para o momento social que estamos vivendo, fazendo-nos refletir sobre a relação arte e sociedade.

Continuação do projeto iniciado pela Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança,  o trabalho é o passo seguinte ao espetáculo Parangolés (2007/08), que também trouxe para o universo da dança a relação entre palavra e movimento, porém, focalizando o samba como objeto de pesquisa.

Mariana Muniz

Nascida em Pernambuco, Mariana começou seus estudos de dança clássica aos sete anos de idade. Formou-se pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, e há 35 anos tem se dedicado ao trabalho com dança contemporânea, tendo participado do Grupo Experimental do Balé da Cidade de São Paulo, criado por Klauss Vianna, entre outras companhias e escolas internacionalmente renomadas, como a Sorbonne, na França. Nos dois últimos anos, a bailarina tem desenvolvido, junto à sua companhia, um trabalho fundamentado nas obras do artista plástico brasileiro, Hélio Oiticica, que visa trazer para o universo do movimento e da dança, uma reapresentação não só das palavras, mas também das cores e formas.

 

Hélio Oiticica (1939-1980)

Neto do anarquista, professor e filósofo brasileiro, José Oiticica, Hélio enveredou pelo mundo das artes, se tornando um dos artistas mais revolucionários de seu tempo, atuando como pintor, escultor e artista plástico. Nos anos 60, criou o Parangolé, que chamava de "antiarte por excelência".  A obra consistia numa espécie de capa que só apresentava plenamente seus tons, formas e texturas a partir do movimento de quem o vestia, o que foi considerada uma escultura móvel. Hélio Oiticica foi, também, o criador do termo Tropicália – nome que deu a uma de suas obras -, e ajudou a consolidar a estética do movimento tropicalista na música brasileira entre 1960 e 1970. 

 

Ficha Técnica

CIA. MARIANA MUNIZ DE TEATRO E DANÇA

Concepção, Direção e Coreografia: Mariana Muniz

Assistência de direção e cenografia: Cláudio Gimenez Criadores- intérpretes: Bárbara Faustino, Danielli Mendes, Thais Ushirobira, Thalita Souza,  Ronaldo Silva Participação especial: Mariana Muniz Trilha sonora: Ricardo Severo Iluminação: Celso Marques Figurinos: Tânia Marcondes Fotografia:  Cláudio Gimenez Design de Imagens: Osmar Zampieri Aprendizes: Murilo de Paula, Natacha Takahashi e, Vanessa Gomsant e Lisane Professores Convidados: Carlos Avelino de Arruda Camargo,  Toninho Macedo,  Frederico Santiago, Karen Müller Design Gráfico: Paula Viana Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Mídias Alternativas (cinemas): Massaini Cultural Produção Executiva: José Renato F. de Almeida

 

Centro Cultural São Paulo – CCSP

Rua Vergueiro, 1.000 - Estação Vergueiro do Metrô

Informações: 11 3397.4004

Temporada: de 09 a 13 de setembro de 2009

Duração: 1 hora / Classificação: 12 anos

Quarta a sábado às 21h, domingo às 20h

 Sala Jardel Filho / Lotação: 324 Lugares

Entrada Franca - Distribuição de  ingressos com duas horas de antecedência

 

Informações para imprensa:

Canal Aberto Assessoria de Imprensa

Márcia Marques - (11) 3798 9510 / 2914 0770 / 9126 0425

www.canalaberto.com.br email: canal.aberto@uol.com.br

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