MIS renovado celebra um ano
Comemoração que marca o reposicionamento conceitual e a readequação física do museu inclui shows, exposições, oficinas e sessão de cinema infantil; programação do fim de semana tem entrada franca
No dia 9 de agosto, o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS) completa um ano de atividades após reposicionamento conceitual, readequação física e reabertura ao público. Para celebrar a data, que trouxe o museu de volta à cena cultural de São Paulo com exposições, shows musicais, conferências, festivais de cinema e de arte móvel, além da produção de arte e workshops no LABMIS, primeiro laboratório público dedicado às novas tecnologias, o MIS traz ao público uma programação especial ao longo do mês de agosto.
Quem abre a festa é o grupo Cérebro Eletrônico, que sobe ao palco do Auditório MIS na quinta-feira, dia 6 de agosto, às 21h, acompanhado pela cantora Tulipa Ruiz para mostrar suas letras sarcásticas e sonoridade que mistura uma série de referências – música eletrônica, rock, pop e MPB. O repertório privilegia o mais recente CD do quinteto, Pareço Moderno, segundo da carreira.
Na noite de sexta, dia 7, às 21h, Wilson Sukorski lança novo trabalho, o DVD áudio code::name urubu, chamado também de surreal.br :: codinome urubu, definido pelo músico como uma viagem metafísica e sonora aos confins do surreal nacional e suas consequentes reverberações no abstrato, substrato temporal e composicional.
No final de semana de seu primeiro aniversário de reabertura, dias 8 e 9 de agosto, o MIS oferecerá ao público entrada gratuita para as exposições em cartaz: Staring Back, Solar, Singular/Plural e Frequências.
Na tarde de sábado, dia 8, os artistas Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, autores da instalação Solar, promovem visita orientada, às 16h30, dividindo com o público as características técnicas e as propostas estéticas da obra.
O Núcleo Educativo do museu também comemora o aniversário, com visitas orientadas especiais. Os visitantes serão convidados a não apenas conhecer as exposições, mas todos os espaços do MIS e poderão ainda praticar a fotografia experimentando a técnica do pinhole em oficinas que serão ministradas em dois horários, às 11h e às 15h.
Staring Back (Chris Marker)
Duzentas fotografias do diretor de cinema e escritor francês Chris Marker, produzidas durante seis décadas de carreira, são apresentadas na mostra, que fica em cartaz até 27 de setembro. Selecionadas pelo próprio Marker e por Bill Horrigan, curador da mostra, as quatro séries que compõem a exposição documentam protestos políticos testemunhados pelo fotógrafo, incluindo a marcha ao Pentágono em 1967 contra a guerra do Vietnã, os eventos de maio de 1968 em Paris e as demonstrações tumultuosas contra as políticas trabalhistas propostas pelo governo francês, além de pessoas famosas e desconhecidas, imagens de seus filmes clássicos (La Jetée; Sans Soleil; e Cuba Si!) e registros de animais.
Solar (Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti)
A instalação interativa simula a incidência do Sol sobre a Terra a partir de um sofisticado equipamento que integra projeção de dimensões cinematográficas, sistemas de luz e reconhecimento de voz e uma plataforma de posicionamento que permite o acionamento de todo o sistema. O visitante fornece coordenadas de uma cidade e de um momento no tempo e recebe como resposta a direção, a intensidade e a sensação de calor que a luz do sol irradia naquele espaço-tempo. Assim que o sistema é acionado, o corpo do visitante se transforma num "ponteiro" de relógio solar, tendo sua sombra projetada no piso no horário equivalente ao programado por ele.
Singular/Plural (Mauro Restiffe, Marcelo Arruda e A. Saggese)
O curador Rubens Fernandes Junior selecionou os artistas e as fotografias da exposição entre os principais ensaios selecionados pelo Prêmio Estímulo, projeto da Comissão de Fotografia da Secretaria de Estado da Cultura desenvolvido nos anos 1993 e 1994, que integra o acervo do Museu da Imagem e do Som. A exposição, dividida em três módulos, tem como objetivo valorizar esses artistas que, em sua maioria, iniciavam seu percurso naquele período. A segunda série, exibida no projeto Acervo Vivo, busca valorizar a fotografia ensaística, aquela em que o conjunto de imagens potencializa o conceito idealizado pelo artista.
Mauro Restiffe criou uma série de registros casuais de museus em Amsterdã e Nova York, que busca a banalidade no espaço sacralizado da arte convencional. Marcelo Arruda, em seu ensaio denominado Auto, passeia pela cidade dentro de veículos em movimento e registra uma paisagem que é enquadrada a partir de diferentes janelas, criando zonas negras que não só recortam o espaço, mas insinuam os deslocamentos e a profusão de imagens da metrópole. A. Saggese registra, em Sobras de Campanha, as várias camadas ruidosas de papel disponibilizadas em postes e paredes após um processo eleitoral.
Frequências (Marcos Chaves)
Filmado no quintal da casa do artista, a instalação emparelha natureza e ciência em um belo ensaio sobre a curiosidade do homem pelo vôo. A câmera tenta seguir um besouro e fugir de um avião. No díptico digital realizado em 2008, Marcos Chaves atinge um ponto em que o espectador precisa decidir entre o incômodo e o prazer e expõe não só frequências de som ou frequentadores do espaço aéreo do artista, mas um exercício de pensamento constante na obra de Chaves: a integração de opostos.
No domingo, dia 9, os pequenos ficam com mais uma edição do Oficine, opção cultural gratuita, composta por sessão de cinema e oficina de arte. Às 15h, será exibido o filme O Milagre Veio do Espaço (Batteries not Included, de 1987), dirigido por Matthew Robbins, que traz um grupo de inquilinos pobres do sudoeste de Nova York, que não possuem nada mais do que sua determinação e a ajuda de robôs voadores para impedir a destruição das suas casas pela especulação imobiliária. Depois do cinema, pais e filhos podem participar da oficina de roteiro que aborda as diferenças entre esse formato e literatura por meio de curtas-metragens.
No dia 13 de agosto, o quarteto de música instrumental fortemente influenciado pelo rock e pelo experimental Fóssil, criado na cidade de Fortaleza em 2004, sobe ao palco do Auditório MIS, às 21h, para apresentar seu mais recente CD, lançado mundialmente pelo selo londrino Curve Music, com distribuição exclusiva na Europa, América do Norte e Ásia. Nesse show, os músicos contam com as projeções de Felipe Diaz & Miguel Bandeira.
O quinteto Mamma Cadela, que utiliza toca-discos, samplers e sintetizadores misturados com a boa e velha formação bateria-baixo-guitarra para criar um inesperado ponto de vista musical, mostra, no dia 14, às 21h, repertório formado por músicas do primeiro disco, Mamma Cadela em Busca da Verdade, e do álbum Mamma Cadela e a Geração Espontânea, que será lançado no Brasil e na Inglaterra. As projeções ficam a cargo de Marcos Kurtinaits.
O quarteto paulistano Seychelles, formado em 2002, cria uma espécie de crônica musical urbana, aliando elementos sonoros eletrônicos a um conceito estético que brinca com discrepâncias ao apresentar no dia 15, às 21h, músicas do disco Nananenen, com projeções de Ricardo Sêco.
Serviço: Programação de aniversário do MIS
Durante todo o mês de agosto
Show - Cérebro Eletrônico
Dia 6, às 21h
Auditório MIS – 177 lugares
Ingresso: R$ 10 (meia-entrada para estudantes portando carteira de identificação, menores de 12 anos e maiores de 65 anos)
Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre
Show - Wilson Sukorski
Dia 7, às 21h
Auditório MIS – 177 lugares
Ingresso: R$ 10 (meia-entrada para estudantes portando carteira de identificação, menores de 12 anos e maiores de 65 anos)
Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre
Oficina de pinhole
Dias 7 e 8, às 11h e às 15h
Entrada franca (inscrições com 1h de antecedência na recepção do MIS)
Sala do Núcleo Educativo – 20 vagas
Visita orientada com Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti
Dia 8 de agosto, às 16h30
Entrada franca
Inscrições com uma hora de antecedência na recepção do MIS
Exposições
Staring Back e Solar
Visitação até 27 de setembro, terça a sábado, das 12h às 19h; domingo e feriado, das 11h às 18h. Fecha segunda
Ingresso: R$ 4 (R$ 2, para estudantes portando carteira de
identificação, menores de 12 anos e maiores de 65 anos)
Nos dias 8 e 9 de agosto, as exposições têm entrada franca
Singular/Plural e Frequencias
Terça a sábado, das 12h às 22h; domingo e feriado, das 11h às 21h. Fecha segunda
Entrada franca
Show - Fóssil
Dia 13, às 21h
Ingressos: R$20 (meia-entrada para estudantes portando carteira de identificação, menores de 12 anos e maiores de 65 anos)
Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre
Show - Mamma Cadela
Dia 14, às 21h
Ingressos: R$20 (meia-entrada para estudantes portando carteira de identificação, menores de 12 anos e maiores de 65 anos)
Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre
Show - Seychelles
Dia 15, às 21h
Ingressos: R$20 (meia-entrada para estudantes portando carteira de identificação, menores de 12 anos e maiores de 65 anos)
Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre
Ar condicionado
Acesso para cadeirantes
Estacionamento cobrado: R$ 7
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa
Tel.: 11. 2117-4777
Informações para a imprensa: Conteúdo Comunicação
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