COOPERATIVA CULTURAL BRASILEIRA CRIA A PRIMEIRA CENTRAL DE COOPERATIVAS DE CULTURA NO BRASIL

COOPERATIVA CULTURAL BRASILEIRA CRIA A PRIMEIRA CENTRAL DE COOPERATIVAS DE CULTURA NO BRASIL

A Cooperativa Cultural Brasileira, através de um modelo diferenciado cria a "INCUBADORA DE COOPERATIVAS CULTURAIS" que será uma "central de cooperativas", mas também uma incubadora das mesmas.

 

 

 

A INCUBADORA DE COOPERATIVAS CULTURAIS, projeto idealizado por Marília de Lima – atual presidente da Cooperativa Cultural Brasileira - nasceu de sua experiência com produção cultural, administração de empresas, observações de modelos de centrais cooperativas e pesquisa do setor cultural e cooperativo. O projeto, já em desenvolvimento, incentiva a criação de cooperativas regionais de cultura em todo o Brasil.

 

Como funciona?

São feitas palestras aos interessados explicando o formato do projeto, o setor cultural e os fundamentos do cooperativismo. Baseada na lei 5764 (Lei do Cooperativismo) Cria-se então a Cooperativa. Diferentemente dos formatos usados pelas Cooperativas, Unimed's e Uniodonto, entre tantas outras, que só fornecem sua marca e o know-how necessários, A Cooperativa Cultural Brasileira emprestará não somente a sua marca e todo o know-how necessários, como também acompanhará a recém-criada Cooperativa, durante dois anos. Tempo suficiente para que esta possa estabelecer-se e tornar-se independente no mercado cultural.

 

Como será este "acompanhamento"?

No primeiro ano a cooperativa funcionará em parceria com a central, que possivelmente emitirá a maioria das notas fiscais e fará toda a administração. Primeiro, porque o profissional da cultura tem maior dificuldade em administrar as partes fiscal, jurídica e burocrática. Segundo, porque ele não tem, na área da cultura, constância de trabalho, o que o impede de assumir compromissos financeiros imediatamente. De outra forma não haverá resultado positivo se simplesmente for criada e abandonada. Neste processo, uma porcentagem do rateio das despesas irá para um "fundo de reserva", criado pela nova cooperativa, que não poderá ser usado no primeiro ano, mas somente a partir do ano seguinte. Este fundo possibilitará a manutenção de pelo menos seis meses no segundo ano. Durante este primeiro ano, a intenção é estabelecer parcerias com a OCB e OCEs, SESCOOP e SEBRAE em todo o Brasil para assessoria e treinamentos sobre cooperativismo, empreendedorismo e cultura para o conselho gestor, conselho fiscal e sócios.

No segundo ano o conselho gestor já estará preparado para assumir a administração e também terá uma reserva de caixa para as primeiras despesas. Porém, como a maioria dos editais de cultura exige que as empresas tenham dois anos e a maioria dos projetos que gera recursos para o profissional da cultura vem destes editais, a nova cooperativa ainda terá que estar em parceria com a central para apresentar seus projetos.

Após estes dois anos, a nova cooperativa terá força e estará estruturada e preparada para "andar com as próprias pernas". A central ficará então com os projetos de grande porte que por necessidade ou mercado devem ser realizados em conjunto. A central continuará sua representação e fomento das singulares e cada cooperativa a partir destes dois anos pagará por sua associação como é o formato nas outras centrais. A cooperativa singular não perderá em momento algum o seu poder de decisão e gestão.
O acordo é somente para a administração e não para as decisões e direcionamento.

 

Sobre as cooperativas de cultura

As Cooperativas da área cultural são cooperativas mistas, pois, o trabalhador da cultura presta serviço, mas também vende livros, CDs, obras de arte, apostilas etc. Não estão na categoria nem das cooperativas de trabalho e nem das cooperativas de produção. Por isso, cada vez mais a necessidade do reconhecimento desta nova categoria que há pouco mais de cinco anos começou a crescer.

Em Portugal já existe mais de 300 cooperativas no ramo da cultura. Leia-se cultura, no sentido amplo da palavra, não somente as belas artes: música, teatro, dança etc. Mas, também a culinária, o patrimônio, a criação em variados setores, o meio ambiente etc.

Segundo Helnon de Oliveira Crúzio em seu livro "Cooperativas em Rede e Autogestão do conhecimento"... nos últimos 14 anos, as cooperativas de trabalho, serviços e produção foram as que mais cresceram no país. Conforme estatísticas de 2002, do total de 7.549 cooperativas em todo o país, 2.109, ou  27,93%, pertencem a esses seguimentos com cerca de 5,3 milhões de profissionais associados...

O profissional da área cultural, ainda não se sabe se por falta de treinamento, informação ou por aptidão, ainda não consegue, em sua maioria, gerir empresas próprias ou mesmo projetos específicos com relação à parte administrativa financeira e fiscal. Este profissional muitas vezes utiliza-se de notas fiscais obtidas com empresas de produção indicadas por amigos ou pela própria instituição que o contrata para formalizar seu trabalho.

O grande problema desse procedimento é que este profissional ao receber o seu cachê, o recebe informalmente, tornando-se assim, inexistente perante o mercado, ou seja: não comprovando sua renda, não pagando seu INSS, inviabiliza-se de uma futura aponsentadoria. Numa fácil e rápida pesquisa no setor cultural, logo identificamos que a maioria dos trabalhadores da cultura não sobrevive dignamente de sua profissão e que na velhice acaba dependendo de favores de terceiros, justamente por negligenciar alguns procedimentos simples e legais que garantiriam um futuro digno.

As Cooperativas de Cultura vêm com uma solução para este problema, ou seja; Ela formaliza o trabalho, formaliza o profissional no mercado, comercializa produtos desses profissionais e gera muito mais benefícios que uma simples nota fiscal não conseguiria. E o melhor de tudo, esse profissional (cooperado) é o dono da empresa (Cooperativas), também participando de decisões.

A Cooperativa Cultural Brasileira existe há pouco mais de cinco anos e hoje é a maior Cooperativa de Cultura do Brasil. Tem grande experiência de gestão, por trabalhar  ao lado dos mais de 1.500 músicos (cooperados) do Projeto Guri (maior projeto social da América Latina através do ensino da música). O principal objetivo é formalizar o trabalhador da cultura e fomentar o seguimento. São mais de 6.000 associados em todo o território nacional e das mais diversas linguagens como; dança, música, teatro, patrimônio, culturas populares etc. A Cooperativa Cultural Brasileira está em mais de 300 cidades no estado de São Paulo, Minas Gerais, Nordeste, Bahia, Sul etc. Possui variados departamentos onde o cooperado tem gratuitamente consultoria. O departamento de projeto ajuda em quaisquer projetos culturais de lei de incentivo, edital etc. Este departamento também, junto com outros cooperados, auxilia na captação de verbas. O departamento comercial representa e apresenta os projetos dos sócios junto a prefeituras, SESCs, empresas etc. Outros departamentos assumem a orientação de notas fiscais e contratos, cadastramento, informações sobre INSS etc.

Marilia de Lima, produtora cultural, com mais dez anos de experiência no ramo, assumiu a presidência da Cooperativa Cultural Brasileira, também conhecida como CCB, que está em sua segunda gestão. A atual presidente é também a criadora do projeto Incubadora de Cooperativas Culturais, do fomento à criação do ramo "Cultura" no cooperativismo e outras discussões sobre a valorização do profissional e a estruturação do setor através do cooperativismo.

 

 

MAIS INFORMAÇÕES:

Giorgio Rocha – Assessoria de Imprensa - Cooperativa Cultural Brasileira

comunicacao@coopcultural.org.br – 11-3828-3447

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