Exposição individual de Vitor César discute o conceito de esfera pública em práticas artísticas

Exposição individual de Vitor César discute o conceito de esfera pública em
práticas artísticas

Sobrepostas, permeáveis e intercambiáveis, exposição de Vitor César, com
curadoria de Jorge Menna Barreto, entra em cartaz no Centro Cultural
BNB-Fortaleza, nesta quinta-feira, 4 de junho, às 19 horas

FORTALEZA, 01.06.2009 - Artista, público e esfera pública. Esses três
conceitos - próximos e imbricados, cada vez mais atuais na arte
contemporânea - são o ponto de partida para a discussão que o artista Vitor
César intenta através da exposição "Sobrepostas, permeáveis e
intercambiáveis", a ser aberta nesta quinta-feira, 4 de junho, às 19h, no
Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 -
Centro - fone: (85) 3464.3108).

Gratuita ao público, a mostra individual de Vitor César ficará em cartaz até
31 de julho (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h;
domingo, de 10h às 18h).

A exposição apresenta - formalmente - a figura do curador, o também artista
Jorge Menna Barreto. Curador quase entre aspas: a relação que se procura
aqui é de horizontalidade. "O Jorge é um interlocutor com quem eu discuti
essas questões a partir do trabalho", explica Vitor. Os dois são orientandos
da mesma professora, Ana Maria Tavares, na Escola de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo (USP). Vitor no mestrado e Jorge no doutorado. As
afinidades intelectuais aproximaram os dois, e a troca de ideias ficou cada
vez mais profunda, até chegar aqui.

Vitor aponta outra característica da exposição. Mais que uma mostra de obras
de arte, o artista apresenta trabalhos que discutem, sob o viés da arte
contemporânea, o conceito de esfera pública. "A ideia de esfera pública que
tem me interessado no momento é a de um lugar que se cria - independente do
assunto - para se discutir e definir posições políticas em relação ao
mundo". Arte como postura política.

Os trabalhos refletem essa escolha. O primeiro deles está posto do lado de
fora do CCBNB e piscam em neon: Centro (é) Cultural. "Esse tem diferentes
camadas para se pensar. Eu sou artista; ele é, portanto, um trabalho de
arte, mas o espectador não precisa olhar como se fosse um trabalho de arte".
Dentro das salas, outros trabalhos acompanham não essa camada, mas outras,
no intuito de dar amplitude ao debate: "Artista é público", "Hoje grátis
fotocópias com a palavra público" e "Vocabulário de artista".

Currículos

Vitor César

Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará-UFC
(2003). Atualmente realiza pesquisa de mestrado em Poéticas Visuais na
ECA/USP, onde investiga diferentes noções de público em práticas artísticas,
sob orientação de Ana Maria Tavares. Membro da Transição Listrada,
desenvolve em colaboração com diferentes artistas o projeto BASEmóvel (desde
2002).

Co-organizou com Graziela Kunsch o projeto Arte e Esfera Pública -
http://vitorcesar.arte-esferapublica.org/, por meio do Edital Conexão Artes
Visuais da Funarte, São Paulo (2008). Realizou uma oficina no Museu de Arte
da Pampulha para os seus artistas-bolsistas sobre site-specificity e esfera
pública em parceria com Jorge Menna Barreto (2008).

Selecionado no Rumos Artes Visuais 2008/2009 do Itaú Cultural, realizou
mostras individuais no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza
(2005), Centro Cultural São Paulo (2004) e Fundação Joaquim Nabuco, em
Recife (2003).

Dentre as mostras coletivas que participou, destacam-se: Da rua: que pintura
é essa?, Funarte, São Paulo (2009); Cartas/Trajetos, Centro Cultural
Energisa, João Pessoa (2009); Campo Coletivo, Centro Cultural Maria Antonia,
São Paulo (2008); Not Sheep - New Urban enclosures and commons, ArtSpeak
gallery, Vancouver, Canadá (2006); e Bienal Ceará América - De ponta cabeça,
Fortaleza (2002).

Foi artista residente do MuseumsQuartier em Viena, Áustria (2006) e do
Branco do Olho, em Recife (2009). Participou do Taller de Proyectos com
Antoni Muntadas na Fundação Marcelino Botín em Santander, Espanha (2008) e
do In Between Zone Workshop. Impex: Contemporary Art Provider, Budapeste
(2007).

Tem realizado projetos gráficos colaborativos com diferentes parceiros como
o Centro Cultural São Paulo, Centro Cultural da Espanha em São Paulo e a
Revista Ars (Pós-graduação ECA/USP) e Revista Urbânia.

Jorge Menna Barreto

Formado em Artes Plásticas pela UFRGS e mestre em Poéticas Visuais pela USP.
Atualmente cursa o doutorado na mesma instituição, sob orientação de Ana
Maria Tavares.

Tem investigado, como artista e pesquisador, sobre a relação do trabalho de
arte com o seu contexto e os possíveis desdobramentos da prática do
site-specific na atualidade, além da utilização e absorção acrítica deste
termo e conceito no contexto brasileiro. Publica regularmente artigos e dá
palestras e cursos a este respeito.

Práticas visuais e discursivas se mesclam em sua trajetória, seja como
professor, artista, educador ou crítico. Coordenou o educativo do Paço das
Artes [SP], criando o Grupo de Educação Colaborativa [2007].

Entre suas exposições coletivas estão a Bienal de Havana [2000], a Bienal do
Mercosul [2001] e o Projeto Rumos Itaú Cultural [2002]. Entre as exposições
individuais, destacam-se a intervenção no Torreão em Porto Alegre [2000], na
Artspot Gallery em Atlanta, EUA [2003] e no Paço das Artes [2007]. É membro
do Linha Imaginária e dos coletivos Laranjas e Rejeitados. Também faz parte
do grupo de críticos do Centro Cultural São Paulo, exercendo curadoria e
crítica.

ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

* Vitor César - (11) 8264.3111 / ritin@uol.com.br /

* Assessoria de Imprensa - Júlia Lopes 8848.3227 /
julialopesss@gmail.com

* Jacqueline Medeiros (coordenadora de Artes Visuais do CCBNB) - (85)
3464.3184 / 8851.5548 - jacquerlm@bnb.gov.br

* Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do
Nordeste) - (85) 3464.3196 / 8736.9232 - lucianoms@bnb.gov.br

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