O Cantil Teatro de Bonecos em São Paulo

Dirigido por Fran Teixeira, O CANTIL é uma viagem sem espaço nem tempo definidos de duas pessoas à procura de algo. Entre os dois se estabelece uma relação de desconfiança e submissão, relação essa transfigurada pela presença do cantil. O espetáculo é inspirado em A EXCEÇÃO E A REGRA, de Bertolt Brecht e traz bonecos manipulados por atores em um espetáculo de experimentação e descoberta gestual, onde a curiosidade predomina.
 
SERVIÇO

 
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14 de novembro a 21 de dezembro de 2008

sextas e sábados às 21h
e domingos às 20h
Centro Cultural São Paulo | Sala Jardel Filho

(r. Vergueiro,1.000, tel. 11/3383-3402)

 
Censura livre
Ingressos: R$6,00 e R$12,00


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Teatro Máquina, em atividade em Fortaleza(CE) desde 2003, tem desenvolvido processos criativos coletivamente, sabendo da responsabilidade de uma ação em conjunto e do compromisso que está implicado ao assumir a pesquisa como maior interesse e não a produção finalizada. O teatro épico de Bertolt Brecht tem sido a principal linha de investigação do grupo, que vem trabalhando os conceitos de estranhamento, literalização da cena e refuncionalização dos elementos do teatro, através das idéias de jogo e repetição. Preocupado em pensar novas estratégias para a relação palco-platéia, o grupo se interessa por descobrir e testar novos modelos de composição (vocal e corporal) e assim ir pesquisando a recepção através da surpresa e do espanto. Em sua trajetória se destacam os espetáculos "Quanto custa o ferro?" (2003), "Leonce + Lena" (2005) e "Répéter" (2007).


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INFORMAÇÕES ADICIONAIS

 

+ sobre "O Cantil" e o grupo Teatro Máquina (Fortaleza-CE):

www.teatromaquina.com

 

Veja também:

 

- Matéria de estréia da Folha de São Paulo:

 

Folha de São Paulo, 14 de novembro de 2008

 

Grupo encena Brecht com bonecos "de carne e osso"

 

Cia. do CE monta "A Exceção e a Regra" com manipuladores guiando atores

 

Adaptação sem palavras da obra do dramaturgo alemão estréia em SP hoje, após passagem bem-sucedida por festival da BA

 

LUCAS NEVES

DA REPORTAGEM LOCAL

 

Um empresário cruza o deserto para acertar um contrato de exploração de petróleo. Em sua companhia, seguem um guia (logo dispensado) e um carregador, este peão solitário dos jogos de dominação e

humilhação caros ao patrão.

A esse quadro, desenhado por Bertolt Brecht (1898-1956) na peça "AExceção e a Regra", a companhia cearense Teatro Máquina sobrepõe uma outra camada de manipulação (literal): a dos intérpretes dos personagens por colegas vestidos de preto, como bonequeiros. O "manuseio" se dá por alças localizadas na cintura, nos punhos e na

cabeça do homem de negócios e de seu subordinado. Sem palavras, essa interpretação livre do texto alemão se chama "O Cantil" e estréia em São Paulo hoje, depois de ser um dos destaques do recém-encerrado Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia. "O estudo do texto revelou a viabilidade dessa forma não-falada, da expressividade através do gestual. Tirando as falas, deixa-se a situação mais forte para exame", diz a diretora Fran Teixeira, à frente do grupo desde sua criação, em 2003. Ela acha que seria impossível manter o silêncio se o segundo momento do texto original -o julgamento do executivo pela morte do carregador- também fosse levado à cena. Daí a opção por encerrar o espetáculo no instante em que o primeiro atira no outro, ao tomar por pedra o cantil que lhe é oferecido."Esse fim em aberto é também, de alguma forma, o que o Brecht faz, ao falar de uma situação específica que precisa ser refletida por quem está assistindo", afirma Fran.

Conversa silenciosa

Em cena, os personagens surgem totalmente cobertos, à moda de beduínos (veja foto ao lado). Não se vêem sequer seus olhos. Todo e qualquer movimento depende de um gesto do respectivo manipulador. "É difícil se deixar guiar. Por mais que você saiba a ação seguinte, tem de se entregar ao outro", afirma Edivaldo Batista, que vive o carregador -e é "manipulado" por Aline Silva. "A ação está gravada no corpo. Por isso, às vezes, involuntariamente, o movimento vai antes [do toque do manipulador]. É uma conversa silenciosa entre os dois, algo que eu vou descobrir quando ele [Levy Mota] der aquele pequeno impulso", completa Márcio Medeiros, intérprete do patrão. O entrosamento e a cumplicidade entre ator-personagem e ator-manipulador são, portanto, elementos-chave aqui. Mas não sem certa dose de desconfiança mútua, deseja Fran. "Essa tensão do "será que ele [o manipulador] está no lugar certo?", "será que vai me conduzir para a posição correta?" é interessante porque espelha a relação de incerteza do patrão e seu empregado no texto", diz ela.

 

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O CANTIL

Quando: estréia hoje; sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; até 21/12

Onde: Centro Cultural São Paulo - sala Jardel Filho (r. Vergueiro,

1.000, tel. 0/ xx/11/3383-3402)

Quanto: R$ 12 (R$ 2 no dia 14/12)

Classificação: livre

 

   - Fotos de Lenise Pinheiro:

   http://cacilda.folha.blog.uol.com.br/arch2008-11-09_2008-11-15.html#2008_11-15_11_27_55-11668060-

 

   - Vídeo sobre "O Cantil" no site do Centro Cultural São Paulo:

   http://www.centrocultural.sp.gov.br/webtv/cantil.htm

 

 

   - Crítica Aplauso Brasil, por Afonso Gentil:

   http://igbandalarga.ig.com.br/materias/503501-504000/503613/503613_1.html

 

 

   - Crítica Revista Bacante, por Paulo Bio Toledo:

   http://www.bacante.com.br/revista/critica/o-cantil

 

 

 

 



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