O ARLECCHINO, de DARIO FO em São Paulo

 

 

Estréia 07 de dezembro, às 21:30h,

inaugurando o Teatro Commune.

 

Dia 07 de dezembro estréia a comédia O Arlecchino de Dario Fo, direção de Augusto Marin e tradução de Neyde Veneziano e Augusto Marin. Projeto patrocinado pela PETROBRAS, que envolve atores profissionais e atores aprendizes selecionados pelo Projeto Arlecchino, do Coletivo Teatral Commune.

 

O Coletivo Teatral Commune é um grupo teatral e também uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que desenvolve projetos sociais e culturais em parceria com grupos, comunidades, empresas e o poder público, sob a coordenação de Augusto Marin e Michelle Gabriel.

 

O Arlecchino, escrita em 1985, dividida nos quadros O Prólogo, A Fechadura, O Asno, Os Coveiros e Gatus Mutantis, intercalados por gags cômicas e música ao vivo, resgata a forma ágil, cômica e alegórica das fábulas medievais e dos roteiros dos primórdios da Commedia dell'arte que deram origem ao circo-teatro e ao cinema mudo. O texto mostra as aventuras do personagem Arlecchino de maneira irreverente, patética, escatológica e auto-irônica em situações cotidianas.

Como exemplo, o quadro A Fechadura revela um jogo sexual alegórico de um Arlecchino que quer enfiar a sua "chave abençoada pelo Papa" na Fechadura santa de Francescchina. Os Coveiros, traz à cena uma divertida paródia da cena do enterro de Ofélia, da peça Hamlet de Shakespeare, com muito humor e escatologia. É a típica cena de um enterro à italiana, com uma viúva desconsolada, um padre sem vergonha, um irmão moralista, uma amante canalha e caveiras de mortos que saltam da tumba para reclamar e trair os vivos.  Os quadros serão acompanhados de música ao vivo.

A comédia Arlecchino foi criado por Dario Fo, em 1985, para o XXIII Festival de Teatro da Bienal de Veneza.

Segundo Augusto Marin, Arlecchino guarda várias semelhanças com Hamlet de Shakespeare. Arlecchino nasce em Paris, na mesma época que Hamlet surge em Londres. Um herói trágico, outro herói bufão. Pode-se dizer que Arlecchino é um Hamlet às avessas, uma paródia de Hamlet, uma versão popular do herói trágico da Dinamarca.

 

 

 

 

O Arlecchino

 

Teatro Commune

Rua da Consolação, 1218 - Telefone: 3476.0792 / 3807.0792.

Bilheteria: De quarta a domingo. Das 14:30h e 21:30h.  Aceita cheque

teatrocommune@commune.com.br

Quinta e Sexta às 21:30h; Sábado às 21:00h; Domingo às 19 h.

 

Ingressos: R$ 20

 

Duração: 100 min

Lugares: 110

Recomendado para maiores de 10 anos.

 

Ar condicionado, estacionamento ao lado com manobrista e seguro.

 

DE 08/02 A 31/03/2008

 

Ficha Técnica:

Autor: DARIO FO

Tradução: NEYDE VENEZIANO E AUGUSTO MARIN

Direção: AUGUSTO MARIN

Elenco: MICHELLE GABRIEL, SALETE FRACAROLLI, LETÍCIA OLIVARES, AUGUSTO MARIN, PAULO DANTAS e JOVENS DO PROJETO ARLECCHINO.

Cenografia e Figurinos: CYRO DEL NERO

Máscaras: HELOISA CARDOSO

Direção Musical: WANDERLEY MARTINS

 

 

 

 

Sobre o Projeto

 

 

 

O Projeto Arlecchino, patrocinado pela PETROBRAS, através da Lei Rouanet, consiste na montagem da comédia O Arlecchino de Dario Fo e na

formação de jovens de baixa renda, usando-se o teatro e a cultura digital como ferramentas para ampliação da comunicação, expressividade, trabalho em equipe e inserção no mercado de trabalho.

 

Durante 04 meses de oficinas, com aulas e ensaios de segunda a sexta-feira, com carga horária de 08 horas por dia, 25 jovens passaram pelas oficinas artísticas que compreendem aulas de Interpretação, Confecção de Máscaras, Dança, Canto, Percussão e Circo e outros 15 jovens participam das oficinas de Cultura Digital com aulas de vídeo, fotografia, design digital e produção.

 

Paralelo às oficinas, os jovens participam de aulas sobre ética e cidadania, mercado de trabalho na área artística e cultural, palestras, além de visitas a teatros, museus, exposições, etc.

 

Através deste projeto, o jovem descobre que o teatro e a cultura digital podem ser mais que simples ferramentas para a criação de uma cena ou de espetáculo e se vê sob nova perspectiva: a formação de um grupo teatral e a chance concreta de auto-sustentação no mercado artístico- cultural. 

 

Haverá no Teatro Commune uma Exposição de Máscaras, Bonecos, Moldes e Figurinos de Arlecchino e de personagens da Commedia dell´arte, criados pelo cenógrafo Cyro Del Nero, pela mascareira Heloisa Cardoso e pelos jovens do projeto.

Na galeria do teatro serão expostas Fotos, Cartazes, Desenhos, Esboços, Maquetes e Vídeos criados pelos alunos de cultura digital do projeto.

 

 

 

 

Dario Fo, o autor

 

Dario Fo é autor, diretor e protagonista em mais de cem farsas e comédias apresentadas em todo o mundo, criador de inúmeros textos publicitários, músicas e monólogos, além, é claro, de ser pintor, cenógrafo, figurinista, encenador, militante político e autor de aulas-espetáculos.

 

No Brasil, Fo passou a ser conhecido a partir de 1982, com a montagem de Morte Acidental de um Anarquista, dirigida por Antônio Abujamra e com Antônio Fagundes; de Brincando em cima Daquilo, que valeu o Prêmio Molière

 

 

 

 

à Marília Pêra, de Um Orgasmo Adulto escapa do Zoológico, por Denise Stocklos e A Maçã de Eva, com Clarisse Abujamra, entre outros.

 

 

Em 89, Fo e Rame apresentaram no Teatro Municipal de São Paulo a ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, e no extinto Teatro Mars, Mistério Bufo (monólogo de Dario Fo) e Partes da Mulher (com Franca Rame).

 

Em 97, Dario Fo foi agraciado com o Premio Nobel de Literatura por ter sido, como afirmaram os jurados, "um giullare (jogral) que fustigou o poder e restituiu a dignidade aos mais humildes".

 

Em 99, Augusto Marin, diretor da Commune, participou de atividades do CTFR (Companhia Teatral Fo-Rame), entrevistou Dario Fo e registrou, em vídeo, a

exposição Bonecos com Raiva e Sentimento na Universidade La Sapienza, em Roma, que reuniu cartazes, fotografias, quadros e figurinos dos últimos 50 anos das atividades do casal Fo e Rame. Também acompanhou a organização da passeata Contra as tragédias, pelas ruas de Milão, organizada pelo casal, com o apoio de sindicatos e universidades em protesto pelo não julgamento de policiais que cometeram crimes contra civis nos últimos anos. 

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