Gerchman, Granato e Tozzi apresentam suas obras três livros

Considerados da linha dos mais ilustres da arte brasileira, Gerchman, Granato e Tozzi apresentam suas obras e performances em três livros publicados pela Editora J.J.Carol.

Os livros serão lançados no dia 28 de maio às 19hs em um evento na Livraria Cultura - Conjunto Nacional e seus autores estarão presentes para bate-papo informal.

O Portfolio Brasil é uma coleção inédita de livros da editora J.J.Carol que mostra o melhor dacriação de reconhecidos profissionais de artes plásticas, arquitetura, design e fotografia brasileiros.

A coleção é dirigida a estudantes e faculdades de design, arquitetura, publicidade e comunicação,bem como profissionais de mercado. A proposta da editora é a de aumentar a oferta de livros que valorizam nossos artistas e profissionais a preços acessíveis, material didático muito em falta ainda hoje. Os livros serão vendidos pela editora J.J.Carol, em livrarias, associações e faculdades em todo o país.

Cláudio Tozzi

Pintor pós-moderno, iniciou seu percurso de artista no começo da década de 60, através da apropriação de objetos, imagens de jornais, história em quadrinhos e fotografias associadas a conotações simbólicas de conteúdo social. Na década de 70, cria em sua pintura uma sintaxe através da construção de uma trama de retículas e granulações cromáticas, que resultam em estruturas e espaços de intensos significados simbólicos. É um processo mais cerebral e perceptivo, que emocional e expressivo, do qual a essência é o conceito, a estrutura e a construção do espaço da pintura. A partir da década de 80, até as obras mais recentes, intensifica sua preocupação formal e passa a trabalhar com elementos estruturais básicos: linhas, planos, cores, formas orgânicas, matérias; que criam analogias formais com imagens pré-existentes e ampliam seu caráter construtivo. Em seu processo metódico e objetivo, utiliza ícones visuais – parafusos, escadas, fragmentos de objetos, símbolos tropicais, espaços urbanos etc. –e os desconstrói, captando seus aspectos essenciais, revelando-se, desta forma, artista de elevado rigor formal, cuja obra transita por vertentes construtivas e conceituais. Claudio Tozzi participou de salas especiais em Bienais, inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, e ganhou vários prêmios.

 

Ivald Granato

É um artista com algumas décadas de trabalho e pesquisa permanente e contínua. Começou a pintar cedo, sob influência do cubismo. Ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1967. Ainda em 1970, viajou pela América Latina para estudar cores. Em 1976, realizou a performance "O Urubu Eletrônico" no Teatro Municipal e em 1978, coordenou o grande happening ''Mitos Vadios'' para contestar a 1a Bienal Latino-Americana e o seu tema ''Mitos e Magia''. Por duas vezes, em 1979 e em 1982, recebeu o prêmio "O Melhor Desenhista do Ano" da Associação de Críticos de Arte - APCA. Em 1991, foi premiado por sua tela "Atakem" na 1o trienal de Osaka no Japão. Ivald Granato desenvolveu uma obra com as mais variadas técnicas e procedimentos: desenho, pintura, gravura, objeto, sistemas de multimídia, cerâmica, escultura. Em todos estes campos, destacou-se através da originalidade das suas concepções, da expressividade da pintura, da qualidade do desenho, e de uma vitalidade a toda prova. Participou de exposições individuais e coletivas, de salas especiais em várias Bienais e de exposições internacionais. Desde a década de 70, apresenta diversas performances e intervenções recorrendo ao vídeo e à fotografia para documentá-las. É autor de vários livros.

Rubens Gerchman

O artista representa a primeira síntese de imaginação de imagens em Terras Tropicais - sua cena pertence ao Trópico de Capricórnio, ele é uma síntese, é o que ele produz de modo tão intenso - o calor da cor, seu peso, a imagem-palavra-mundo, a invenção da imagem brasileira, diferente da Pop Arte americana, energia-imagem feita em casa, que expressa seu conteúdo transformador, onde a imagem, a palavra, e os conceitos e poéticas são equivalentes entre si na construção da imagemtotal: o esplendor das necessidades plásticas - um espasmo de dispositivos sensóriais, que conduzem a um encantamento visual e sensorial. Rubens Gerchman iniciou sua aprendizagem artística (1957) no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Conquistando em 1967 o prêmio de viagem ao estrangeiro do Salão Nacional de Arte Moderna, parte para os Estados Unidos, vivendo até 1972 em Nova Iorque. Foi co-fundador e diretor da revista de vanguarda Malasartes (1975-1976) e dirigiu com sucesso a Escola de Artes Visuais - INEART do Parque Lage, Rio de Janeiro (1975-1978). Em 1978, com bolsa da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation, Gerchman mais uma vez visitou os Estados Unidos, passando também por México e Guatemala. Em 1982, a convite do DAAD - Deutsche Akademischer Austauschdienst Künstler Program -, permaneceu cerca de um ano em Berlim como artista residente. Premiado em Bienais no Brasil e no exterior, tem participado de inúmeras exposições individuais e coletivas, e possui obras em coleções e museus do mundo.

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